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Marília:

— Oi Professora, a Senhora está bem? — Respirando fundo, olhei para Sarah, a qual havia saído de sua casa a pouco.

— Estou ótima Sarah, mais eu preciso entrar — Digo pegando a chave para destrancar a porta.

Entrando em casa, notei que a mesma  continuava parada em frente a porta, com suas mãos enfiadas no bolso de seu moletom.

— A Senhora têm certeza que está bem?

— Sim Sarah, eu estou ótima, por que não vai para casa? Está frio ai fora — Perguntei para a mesma, a qual pela primeira vez levantou seu olhar para mim.

— Quando Maraisa volta para casa? Os bebês estão bem?

— Ela volta amanhã cedo, agora vai para casa Sarah, está tarde — Peço para a mesma, a qual concorda. Mordendo meu lábio inferior, respirei fundo.

— Entra Sarah, você pode esperar comigo, Carla vai gostar de vê-la amanhã quando chegar, você têm sido uma ótima amiga para ela — Digo e a mesma me olha por cima de seus ombros sorrindo, logo ela dá meia volta e entra em minha casa.

Fechando a porta, passei a chave na mesma. Olhando Sarah se sentar no sofá, fui até a cozinha aonde peguei um copo de suco de laranja.

— Se fosse você eu não tomava isso, ele está amargo — Sarah diz antes que eu leve o copo até minha boca.

— Que nada, é só colocar um pouco de açúcar, Maraisa deve ter colocado adoçante por causa dos bebês — Digo já pegando o pote de açúcar. Ouvindo um barulho de vidro se quebrar, olhei rapidamente a tempo de ver Sarah se abaixando para pegar o copo que havia derrubado.

— Sarah deixe isso aí, você vai se machucar
— Vendo a mesma tentar recolher tudo, vi o pouco sangue do corte de seu dedo se misturar com o suco de chão.

— Eu disse que você ia se machucar menina, levanta — Sarah não demorou a se levantar e sentar em cima do balcão de mármore com minha ajuda.

— Eu vou pegar o kit de primeiro socorros, não desça daqui de cima — Peço já saindo da cozinha, entrando no banheiro, peguei a pequena caixa, da onde de trás da mesma caiu mais duas caixinhas de remédio para aborto.

— Professora? — Saindo do transe momentâneo, saí do banheiro carregando o kit de primeiro socorro.

Indo até Sarah, ela estava balançando suas pernas, parando de frente a ela, comecei cuidar do pequeno ferimento  de seu dedo.

— Obrigada professora, a Senhora é um anjo — Sarah diz me fazendo dar um leve sorriso.

— Eu vou limpar a bagunça — Saindo de perto da mesma, fui pegar a vassoura e a pá para limpar aquilo.

Passando por último um pano úmido para limpar e outro para secar, guardei as coisas e olhei para Sarah, a qual estava olhando para o band-aid da Batgirl em seu dedo.

Me aproximando da mesma, ela sorriu para mim ao olhar dentro de meus olhos.

— Você sabia que a Maraisa andava tomando remédios para aborto? — Perguntei para a mesma, a qual me olhou de uma forma desesperada.

— Desculpa Professora, eu sabia, ela me fez prometer que eu não contaria para Senhora — Sarah diz abaixando sua cabeça.

— Tudo bem, você não têm culpa menina — Digo levantando sua cabeça e a puxando para um abraço.

Afagando seus cabelos, sorri ao sentir ela me apertar mais contra seu corpo. Balançando a cabeça em negação deixei um beijo no topo de sua cabeça.

Sweet MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora