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MARAISA:

— Eu não vou correr atrás dessa bola, eu não sou cachorro. — Digo cruzando meus braços. 

— Nunca disse que você era ou é um cachorro. Mas tudo bem, contudo pode ter certeza que ficará com zero em minha matéria, porque não serei boazinha com você e lhe dar um cinco de média. — Ignorando a mesma, ela saiu pisando duro. 

Olhando meus colegas correrem de um lado para o outro, chutando a bola e fazendo de vez em nunca alguns gols, eu sentia minha pele arder. 

— Não quer jogar conosco amiga? — Olhando para Naiara, a mesma estava com a respiração desregulada e suada, ela logo se sentou ao meu lado sem tirar sua atenção de mim. 

— Não obrigada, estou bem aqui, quietinha, no meu lugar, sendo queimada pelo sol — Digo sendo um pouco dramática e a mesma dá um breve riso. 

— Quem manda ser branca igual papel, já te convidei para pegar um solzinho, mas...

— E vou continuar negando sempre, não gosto do sol, prefiro o frio — Naiara balançou a cabeça em negação e tomou um gole de água. 

A aula transcorreu lentamente, as horas pareciam demorar uma eternidade, não passava nunca. Minha cabeça doía por conta do sol forte, e eu já começava derreter igual picolé naquela arquibancada. 

— Todos para o banho, já deu a hora, e vocês ainda têm mais uma aula para participarem — Suspirando aliviada, todos resmungaram ao sair da quadra. 

— Eu em, quem é gosta de Ed. Física? — Perguntei para mim mesma, vendo aquele bando de amantes de aulas esportivas resmungarem pela aula ter acabado. 

— Já que a mocinha não participou da aula, me ajuda a guardar as cordas e as bolas de vôlei e de futebol, por favor —  Revirando meus olhos, me levantei da arquibancada. 
Eu não arrumava nem meu quarto e tinha que ajudar ela a guardar os, matérias de esportes, que tipo de escola é essa? Eu em. 

— Não faça essa cara Dona Maraisa, saiba que não me importo com birra de pirralhos. E se precisar puxar a orelha, eu puxo, estou aqui para ensinar e não para ser babá. 

— Grande coisa — Resmungo baixinho sem olhar para a mesma. 

— E nada de resmungar, porque não sou sua mãe. 

— Ainda bem que não é — Digo pegando as cordas do chão e ignorando seu olhar de raiva, pegando algumas bolas saí andando na frente. 
A mesma logo vinha atrás com a chave do armário, assim que a mesma abriu, guardei as coisas e sai deixando a mesma para trás. 

— Mulher chata, eu em, pensa que é quem? A Lady Gaga? — Resmungo prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo. 

— Garota imatura, quem você pensa que é? Se quer dar showzinho, vai para o The Voice ou The X Factor que lá eles te aceitam rapidinho — Diz a mesma passando em minha frente, apenas revirei meus olhos e sai da quadra. 

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Sweet MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora