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Marília:


Aconversa que eu tive hoje mais cedo com Maraisa, não saía de minha cabeça. Ouvir ela me dizer que gostava de Carolina, que era apaixonada por essa mulher desde seus 13 anos, me deixou um pouco incomodada.
N

ão sei explicar, mais algo dentro de mim, me deixou incomodada em saber disso. Sem contar que Carolina já me irritava por si só, com aquele seu jeito de mulher certinha, de quem nunca pecou em sua vida.

— A Senhora  vai se casar com essa moça? — Carla perguntava olhando a foto ainda no papel de parede em meu celular, a qual eu estava com Lauana na casa de verão que ganhei de meus pais ainda quando eu tinha 18 anos.

— Sim, ela se chama Lauana, conheci ela em uma das trilhas de corridas que estava fazendo com meus amigos e estamos juntas já têm um 5 anos, me mudei para cá quando pedi ela em casamento. — Digo e Maraisa sorri me devolvendo meu celular.

— Ela é bonita, parece ser legal, cuidadosa, carinhosa e muito amável com você. — Comenta a mesma e eu sorrio de lado. Realmente Lauana era tudo isso e um pouco mais, as vezes ela conseguia ser mais insuportável que Carla.

— Sim, verdade, ela realmente é muito amorosa e carinhosa comigo. — Respondo guardando meu celular, Maraisa parecia querer me perguntar algo, mas apenas me deu um sorriso pequeno e ficou em silêncio.

Se me perguntassem se eu amo minha  noiva, eu diria que sim. Eu amo demais ela, só que acreditem, eu não sinto aquele amor que me incendeia, que faz meu corpo vibrar, meu coração bater de alegria ao vê-la, não fico pensando nela 24horas por dia, não conto as horas para vê-la novamente.

Nem sei se o que realmente sinto por ela é amor, até porque em todos esses anos de minha vida. Só tive ficantes de noites em que saia para encher a cara e assim como Maraisa já tive minhas paixões. A primeira mulher por que me apaixonei, foi minha professora da faculdade.

Morena, baixinha, toda delicada, engraçada, amorosa e super carinhosa. No começo foram apenas trocas de sorrisos, olhares. No dia da formatura, após toda aquela festança toda, a mesma veio até mim ao fim daquela noite.

Eu sempre fui uma mulher digamos que, mesmo que cuidasse de minha beleza. Nunca cheguei a ser totalmente feminina, sempre usando calças largas, camisas com estampa de bandas de rock e jordans, mais cuidava da pele, dos cabelos e das unhas.

Seja sapatão macho, mais vaidosa.

Aquela noite July estava linda, usava um vestido branco super justo em seu corpo, usava salto alto prateado todo aberto. Seus cabelos loiros que antes eram compridos, estavam cortados em um corte estilo chanel.

19 anos atrás

— Olá garotas — Sorrindo ao vê-la em minha frente, July me puxou para um abraço e deixou um beijo na bochecha de minha amiga.

— Como estão? Fico tão feliz que vocês se formaram juntas. — Maiara sorriu e se virou para pegar mais bebida.

— Sim, estamos feliz com isso também, amiga eu vou atrás da Michelle, fiquei de levar ela para casa. — Concordando com minha amiga, a mesma saiu após me dar um abraço. July se colocou ao meu lado e pegou um copo o enchendo de bebida.

— Michelle é namorada dela?

— Não, é amiga da família, moram perto uma outra e Maiara prometeu aos pais da Michelle que levaria ela para casa 0:00 sã em salva. — Comento e a mesma sorri, ficamos ali uma do lado da outra, sem trocar se quer uma palavra, apenas aproveitando uma a companhia da outra.

— Eu vou para casa também, estou cansada, espero que se divirta o resto da noite Marília — Tendo July beijar minha bochecha, senti seu doce cheiro de flores impregnar meu olfato.

— Ah não, que isso, logo logo eu também vou embora, até porque Maiara não irá mais voltar. — Digo me afastando da bela mulher a minha frente, a qual estava segurando em minha cintura.

— Se quiser ir agora, eu te dou uma carona. — Mordendo meu lábio inferior tomo um grande gole daquela bebida de cor rosa, colocando o copo sobre a mesa atrás de mim.

— Não precisa, eu vim de carro, então não precisa se preocupar com esse pequeno detalhe. — Digo colocando as mãos nos bolsos de minha calça.

Seus belos olhos azuis, tomaram uma cor sem brilho algum. July sorriu de lado se afastando de mim.

— Bom, tudo bem. Então eu vou indo se cuida espero vê-la algum dia novamente. — Vendo-a se afastar de mim, respirei profundamente.

Eu nunca mais veria ela novamente, e mesmo que minha paixão fosse platônica, eu não acho que seria ético me relacionar com minha ex-professora, quando acabo de me formar em uma. Mas no momento quem se importa com isso? Saindo do local em que estava rolando a festa, encontrei a mesma já parada ao lado de seu carro no estacionamento.

Vendo-a sorrir para mim, me aproximei da mesma lhe puxando para um beijo ardente e cheio de desejo.

— Vamos para minha casa?

Dias atuais

Talvez Maraisa perceba que nunca sentiu realmente algo tão verdadeiro por Carolina, quando conhecer outra pessoa.




E que outra pessoa em loirão 🤡

Sweet MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora