Reencontro surpreendente...

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*Megan Sulivan*


Já se passou um mês desde que vim trabalhar na mesma empresa de contabilidade de Mark, acabamos nos tornando amigos, até nos esbarramos, às vezes, no fim do expediente e ele ocasionalmente me dá algumas caronas. Ele é muito agradável e concordamos em ser amigos. Durante esse tempo, Maxwell me mandou incontáveis mensagens, mas como sempre eu ignoro, afinal, isto faz parte do jogo.

Trabalhar aqui é ótimo, todos me elogiam, principalmente Sr. Brown, que me trata gentilmente, nunca é rude ou grosseiro, muito diferente de um certo alguém. Estou gostando muito e fazendo amizade com meus colegas. Mark me apresenta todos eles. Não quero admitir, mas acho que July estava certa, acho que Mark realmente deve estar com sentimentos por mim. Ele é ótimo, um cavalheiro e lindo, mas não sinto nenhuma conexão com ele, na verdade, pra ser sincera, nunca senti nenhuma conexão forte com ninguém além de Max, mas ele é um babaca e não merece meu tempo e esforço.

Quem sabe com o tempo, conhecendo Mark melhor, eu não acabe saindo com ele, pois ele não é meu chefe e disse que não gosta de apostar, então já um ponto positivo!

Hoje Mark passaria no apartamento, pois era noite de filmes trash, ideia de minha querida July. Ninguém sabe o motivo, mas ela ama aqueles filmes trash dos anos 90'. Então, hoje ela disse ter preparado tudo. Mark e eu vamos juntos para o apartamento e ao chegar, já me assusto, pois há um projetor apontado para parede branca, mas nem tínhamos um projetor antes. O cheiro de pipoca exala por todo apartamento e July já está em seu pijama de unicórnio, sentada no sofá com três baldes de pipoca ao lado.

- Vocês demoraram muito, quase comecei sem esperar por vocês. – Ela reclama e faz biquinho.

- Calma, calma, demoramos, mas chegamos, não é mesmo? Então não faça birra. – Mark diz e ri de sua expressão debochada.

- Vou só me trocar, tudo bem? Não vai levar nem dois minutos, você consegue esperar mais dois minutinhos? – Eu digo e ela sorri um pouco.

- Não posso desistir agora né? – Ela diz e Mark se senta no sofá, do lado dela.

Vou ao meu quarto e troco de roupa, voltando para sala, me sento finalmente e começamos a maratonar vários e vários filmes que eram horríveis do começo ao fim.

- Sinceramente, não sei como você gosta desses filmes, são horríveis desde o início até o fim! – Eu digo, indignada.

- Mas não é isso que os tornam ótimos? Já foram criados com o intuito de serem horríveis. – Ela simplesmente responde rindo.

Meu telefone toca e vou até a cozinha atender. Quando vejo o visor, já sinto até um arrepio nas costas e involuntariamente reviro os olhos incomodada.

- Agatha. – Eu respondo de forma seca assim que atendo.

- A quanto tempo, orfãzinha. Estou em Seattle a negócios, não vai se encontrar com sua querida irmã? Ah não, espera, não somos irmãs. – Ela debocha, mas eu nem ligo, já me acostumei com suas chacotas.

- Ótimo, aproveite sua estadia, tchau.

- Espere, não pense que pode se livrar assim facilmente. Só liguei porque tenho que conversar com você, ao contrário, não iria querer nem ver sua cara sem graça. Vou te passar o endereço do lugar por mensagem, esteja lá sábado as 4 da tarde, sem atrasos. – E desliga, não esperando nem eu ao menos responder, mas esse é o "estilo" de megera dela.

...

Passo o restante da semana desanimada, pois nem acredito que terei que me encontrar com a cobra peçonhenta. Deve ser algum assunto urgente para ela querer se encontrar pessoalmente, então nem se eu quisesse, não poderia cancelar.

Uma Grande ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora