O que eu não faço por um emprego...

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*Megan Sulivan*

- Limpe isto imediatamente, ou quer que eu faça isso? Você nem da família é, se enxerga! Essa sua cara de órfã coitadinha me dá nos nervos – Agatha me empurra e joga lama em meu vestido, único vestido que ganhei desde que cheguei...

- O que pensa que está fazendo? Quer que pensem que eu sou desleixada? Sua imagem e comportamento reflete em minha imagem, vá imediatamente limpar isso – Dona Mary fala e me puxa pelo braço fortemente, sinto lagrimas quentes escorrendo pelo meu rosto.

Acordo exasperada, mais um pesadelo de minha infância e esse barulho infernal. Espera, barulho? Percebo meu celular tocando e me assusto, são três da madrugada e meu chefe está ligando. Este homem não tem vida? Trabalhar até esta hora e ainda ligar para me importunar...

Atendo o celular com a voz menos raivosa e mais simpática possível:

- Pois não, Sr. O'Conell? Em que posso ser útil à esta hora da manhã?

Escuto uma risada do outro lado e murmúrios, até uma voz diferente da do meu chefe responder:

- Suponho que ainda não fomos devidamente apresentados, mas adoraria mudar isto, Megan.

Mas que diabos? Quem é este e qual o motivo de tamanha intimidade?

- Sou Richard, irmão mais novo de Max. Infelizmente, não posso lidar com ele no momento, certos assuntos apareceram. Então pensei, por que não ligar para a melhor secretaria que ele já teve? – Ele continua.

Inacreditável, três horas da manhã e ele farreando, pior ainda, hoje é segunda, ou melhor, ontem era segunda! Decido ignorar esses detalhes, afinal, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Anoto o endereço do tal bar em que se encontram e vou até lá de Uber, tive sorte de ter um motorista a está hora.

Chego e entro no bar, indo até a sala privativa que Richard me orientou. Dou de cara com uma visão que não poderia nem em meus sonhos imaginar. Vejo um Sr. O'Conell sem o paletó, camisa social dobrada até os cotovelos e os botões todos abertos! Seus cabelos estavam desgrenhados e ele parecia não se importar com este visual, parecia muito mais confortável e despojado.

- Uau, você é ainda mais linda com roupas casuais e sem aquele coque!

Ignoro este comentário de Richard e dou um sorriso de negócios. Eu estava de Jeans, uma blusa escrito "Eu amo panquecas" e pantufas! Totalmente diferente de quando ele me viu, com meu terninho e um coque perfeitamente alinhado.

- Enfim, vou deixar você com o Sr. Diversão aqui. – Richard diz e Maxwell dá um grito "Uhuuuuul!".

Aquilo é muito estranho, o Sr coração de gelo, todo despojado e engraçado desse jeito, eu adoraria tirar uma foto, talvez eu até tire mais tarde.

- Certo, pode deixá-lo comigo, mas o que devo fazer? – Eu indago.

- Vou te passar o endereço, me passa seu número que te mando por mensagem.

Não queria passar meu número pessoal, mas acho que seria o mais fácil nesta ocasião. Ele me entrega as chaves do carro e se despede. Estou começando a achar que ele me ligou somente para se livrar do irmão.

Vou em direção ao Sr. O'Conell, chamando-o e ele simplesmente me pega e coloca em seu colo, segura meu queixo e começa a dizer:

- Então é assim no paraíso? Você é a deusa designada para mim? – Diz isso e tenta me beijar, mas rapidamente desvio, fazendo com que ele beije minha bochecha.

Consigo sentir seus lábios quentes em contato com minha pele que se arrepia. Vendo agora mais de perto, vejo o quão lindo ele é e seu cheiro é uma mistura de perfume e whisky... Me levanto do seu colo, já me sentindo quente, mas ele me segura e se levanta. Segura meu rosto com ambas as mãos e começa a me encarar. Alguns segundosse passam, até que ele fala:

Uma Grande ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora