Uma Grande Aposta

Minhas inseguranças...

Obs.: Gostaria da opinião de vocês... Estou pensando em fazer um hiatus para terminar a obra, duraria umas duas semanas, daí eu postaria cerca de 2 ou 3 capítulos por dia ou continuamos com os capítulos diários. O que acham?

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*Megan Sulivan*

Estou desnorteada, essa mulher ofegante e suada por causa de uma foda num beco na Itália, eu não a reconheço. Eu nunca faria algo assim, esse tipo de coisa é algo que July faria e me aconselharia a fazer, mas eu nunca faria... Nunca... Realmente é uma palavra forte.

Não vou negar que gostei dessa aventura, mesmo sendo algo que eu não faria, mas foi com Max que fiz diversas coisas que eu não faria normalmente, sem perceber, ele foi me mudando e eu até que gosto dessas mudanças, mas só tenho um medo... Me apaixonar.

Tenho muitas inseguranças, fui magoada no passado de uma forma horrível, fui o objetivo de uma aposta, todos riram de mim. Eu acabei me fechando, não tive nenhum relacionamento desde então, me foquei em crescer profissionalmente e pessoalmente. Só não quero perder todo meu progresso me apaixonando por um homem que só quer algo casual.

- Está tudo bem Megan? Você ficou quieta... – Max diz, depois de eu ter me entregado para ele neste beco.

Eu não percebi que o encarava enquanto pensava nestas coisas, o clima acabou ficando estranho, mas não quero parecer insegura. Me desvencilho de seu olhar e começo a me recompor.

- Estou bem, Max... Podemos ir andando? – Digo olhando para minhas mãos.

- O que está te incomodando? Eu já percebi que quando você está nervosa com algo, tem essa mania de falar olhando para as mãos. – Max diz e puxa meu queixo, para que eu olhe em seus olhos.

- Eu só não sei mais o que pensar sobre isso... Acho que a gente devia parar antes de... – Eu hesito e Max me encara levantando uma sobrancelha.

- Antes do que? Do que você tem tanto medo, Megan?

- Não é nada, não quero ter essa conversa num beco onde acabamos de transar. – Digo puxando meu rosto de sua mão, mas ele segura meu braço e me pega pela cintura, me prendendo em seu corpo.

- Então quando poderemos conversar? Você sempre foge de mim e nunca me fala nada...

- O que você espera que eu diga? Outra coisa, por qual motivo continua indo atrás? Seu objetivo já está completo, Maxwell! - Digo e vou andando na frente, não quero ter essa conversa agora e muito menos aqui.

- Pelo menos jante comigo essa noite! - Max me fala, entrando na minha frente esperando por uma resposta.

- Eu aceito, mas quero ir embora agora, por favor... - Acabo aceitando seu pedido, pois quero que esse assunto se encerre de uma vez.

Nós caminhamos pela cidade em silêncio, Max caminha ao meu lado sem dizer uma palavra, mas consigo notar seus olhares em minha direção. Finalmente encontramos um táxi e partimos em direção ao hotel.

- Só quero que saiba que muita coisa mudou e eu estou tentando mudar algumas coisas também. Nos vemos no jantar às oito... - Max diz antes de sair do táxi na frente do hotel e ir embora.

Vou em direção ao meu quarto, quando recebo uma ligação, olho para o visor e fico confusa, raramente recebo ligações de Mary, então boa coisa não deve ser.

- Pois não, Mary? Aconteceu algo? - Digo ao telefone e aguardo por sua resposta.

- Olá querida, fique tranquila, nada aconteceu, mas precisamos nos falar, gostaria de me encontrar com você. - Mary diz receosa, consigo sentir sua hesitação.

- Estou numa viagem a negócios na Europa atualmente, voltarei em cinco dias se tudo ocorrer bem.

- Então não vejo outra maneira... Irei direto ao assunto e espero que possa entender caso eu pareça rude. Quero que recuse a oferta de John, você deve entender que ele só faz isso para que Agatha adquira juízo, então quero que você tire essa ideia da cabeça dele.

É claro que seria algo assim, não tem como Mary me ligar para saber se estou viva e com saúde, afinal nem de sua família eu sou, nunca fui.

- Acho que isto diz respeito somente a John e eu. Agatha teve muitas oportunidades na vida e escolheu recusá-las, não é minha culpa. Espero que a senhora entenda que está decisão não foi tomada por mim. John decidiu sozinho e nem ao menos me informou sobre isso... Eu disse a ele que pensaria no assunto, mas se eu acabar recusando, tenha plena certeza que não foi por causa de seu pedido! Sei que posso estar sendo grosseira, mas quero deixar as coisas bem claras. Agora preciso desligar, tenha um bom dia Sra Learman! - Digo e encerro a ligação sem ao menos esperar por sua resposta. Eu simplesmente estou cansada de ser tratada como a órfã que não faz parte da família.

Ainda não sei se devo me envolver e aceitar está proposta, mas não vou recusar porque Mary ou Agatha querem. Tenho que pensar em mim as vezes...

...

A hora do jantar chega e ainda estou meio cabisbaixa por tudo que aconteceu no dia, não sei se é uma boa ideia ir nesse jantar, mas acho que ficar em casa pensando nesses problemas, não vai me levar a lugar nenhum.

Não quero chamar atenção hoje, então opto por uma roupa mais simples e discreta. Assim que acabo de me arrumar escuto as batidas na porta. É Max me chamando para o jantar... Ele está magnífico, com uma calça e blusa social, mas sem o paletó e gravata. Os primeiros botões de sua camisa estão abertos e seu cabelo penteado para trás. Sua expressão me diz que está cauteloso, mas consigo entender depois de tudo que aconteceu e a maneira que aconteceu. A única coisa que não entendo, é o motivo dele continuar insistindo nisso. Desde o começo, ele sempre fez questão de dizer que não queria nada sério e não é um homem para se relacionar. Achei que no momento que ficássemos, tudo acabaria e voltaria ao normal.

- Vamos indo então? - Max diz me estendendo a mão e eu a seguro.

Começo a caminhar em direção ao restaurante do hotel, mas Max me conduz para fora. Entramos num carro e o olho confusa.

- É um segredo, só saberá quando chegarmos lá. - Max diz, como se estivesse lendo meus pensamentos e então aguardo ansiosa para saber o motivo de tanto mistério...

Quando aparentemente chegamos no local e o carro para, antes de sairmos, Max me venda para manter o segredo. Saio com cautela do carro, aceitando a condução de Max. Ele me segura pelo braço, me conduzindo até o suposto lugar.

- Chegamos, mas preciso que confie em mim, pois vou precisar te pegar no colo agora! - Max diz me surpreendendo, mas como eu negaria se já cheguei até aqui? Simplesmente aceno com a cabeça em concordância e ele me pega firmemente no colo. Sentir o seu toque, faz com que meu corpo reaja rapidamente. Suas mãos quentes me segurando e seu perfume me embriagando são uma boa combinação se quero ter minha pele arrepiada, mamilos enrijecidos e pernas bambas... O desejo que sinto por ele é inegável!

Não demora muito até que ele me coloca no chão e se posiciona atrás de mim, retirando a venda e revelando onde estávamos. É surpreendente o quanto Max ainda consegue me deixar boquiaberta. Estamos num barco no grande canal, em frente a ponte Rialto. Como está de noite, está tudo iluminado pelas luzes da cidade.