17 | Amigos E Rivais

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BRIAN BROOKS
𝟬𝟱 𝗱𝗲 𝗡𝗼𝘃𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼, 𝗤𝘂𝗶𝗻𝘁𝗮

A culpa por ter vacilado com a Alina na festa de Halloween ainda estava me corroendo.

Não conseguia aceitar que tinha a deixado na mão somente por conta de uma mamada e que me permiti ser levado por uma garota, porque na hora só consegui pensar com a porra do meu próprio pau.

Cuzão, cuzão, cuzão...

Porém, eu meio que tinha uma explicação para isso. Ok, que não justificaria ou mudaria em nada a situação, mas, ainda podia explicar.

Antes deu ceder a sua investida e começar a ficar com a Crystal, fazia tempo que eu não recebia um boquete de uma garota, e porra, o dela era muito fodido de bom. Quando fez em mim na noite que saímos juntos do pub, fiquei que nem um virgem querendo toda hora, de tão gostoso que era... então, no instante que ela me propôs isso na festa, nem parei para pensar em ninguém, muito menos em nenhuma questão, só aceitei e fui.

Como um maldito cabaço na seca.

Julguei tanto o Tyson, que no fim fiz pior: chateei uma amiga do jeito que jurei nunca fazer, e tudo por uma chupada.

Certo, que não foi uma coisa de vida ou morte, mas ainda sim, dei a minha palavra que iria cantar com ela, portanto, deveria ter aparecido. Mesmo que fosse só para tirar uma mera foto, eu tinha que ter ido, pois, como ela disse: não era legal largar as pessoas esperando ou não cumprir com o que prometeu, isso se tratava de uma altitude de gente babaca.

E era exatamente assim que me sentia no momento, apesar dela já ter voltado a falar comigo. Não de maneira leve e provocativa como antes, mas, ao menos, não estava mais me ignorando como no começo.

Eu só não sabia se aquilo duraria... já que, naquela manhã, mesmo sem querer, fui novamente um idiota com ela.

— Desculpa! — pedi de maneira rápida, ao me aproximar da sua pessoa logo depois que a merda estava feita.

— Sem problemas, Brian, não precisa se incomodar.

Ela me respondeu, bancando a passiva, mas, olhando no fundo dos seus olhos, pude perceber que estava chateada, de novo.

Inferno!

Dessa vez, eu não tive total responsabilidade pela bosta, mas ainda fui o maior cuzão da história.

No caso, bem no começo do ano letivo, nós fizemos outro trato além daquele que envolvia o musical. Combinamos que ela me ajudaria com o trabalho trimestral de Literatura, já que odiava fazer resumo de livro antigo, enquanto eu a ajudaria com a lista quase impossível de Geometria, cujo o Sr. Mitchell sempre passava para as turmas que ele dava aula.

Segundo a Alina, essa lista era extra e feita com o objetivo de ajudar os alunos a alcançarem a média necessária no final do trimestre. Era bem complicada também, por esse motivo, o professor autorizava que fosse feita em dupla, para amenizar a situação e não foder por completo a cabeça de todo mundo.

Como a doida, no entanto, não era a pessoa favorita de muita gente no colégio, ela toda vez acabava tendo que fazer sozinha, uma vez que ninguém a escolhia como par. Saber disso me deixou fodido, porque não achava que era para tanto aquela exclusão, por isso prometi que esse ano faria a lista com ela e a ajudaria passar na matéria sem muita dor de cabeça.

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