29 | Acusado Outra Vez

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BRIAN BROOKS
𝟬𝟭 𝗱𝗲 𝗙𝗲𝘃𝗲𝗿𝗲𝗶𝗿𝗼, 𝗦𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗮

Posso garantir com toda a certeza que ninguém presente naquela festa da Crystal imaginava ou esperava o final terrível que a mesma veio a ter.

Em uma hora estavam todos dançando e comemorando a maioridade da chefe da equipe de torcida, já em outra se encontravam totalmente apreensivos para saberem o que aconteceu com a Mai, cujo caiu do nada em frente ao bar e começou a ter convulsões bizarras.

E para piorar ainda teve a doida que, aparentemente, ao ver a amiga naquele estado, não aguentou o impacto e acabou desmaiando.

Sorte que eu a encontrei e a segurei entre os meus braços antes que ela caísse e se machucasse no chão.

Uma ambulância foi chamada de imediato para dar conta das duas, só que enquanto a Alina conseguiu despertar antes de ser levada para o hospital – o que me deixou um pouco mais leve, pois me desesperei ao vê-la caída, desacordada – a Mai precisou ser encaminhada ao local, porque ao que parecia seu estado era mais grave.

Óbvio que a Alina, ao recobrar o sentido e lembrar-se do que acontecera, quis acompanhar a melhor amiga, e eu, não querendo a deixar sozinha, também segui para o hospital, a fim de estar com ela para qualquer coisa e saber igualmente o que havia de errado com a minha jogadora.

Precisei acalmá-la por todo instante, desde quando chegamos ao centro médico com a Crystal e o irmão, Tyson e a avó da Mai – a qual foi chamada pela líder de torcida – até quando alguém veio falar com a gente, muitos minutos depois, informando o que de fato ocorrera com a kicker.

A Mai teve uma overdose.

Ao que tudo indicava, ela tinha ingerido na festa: álcool, ecstasy e cocaína.

O choque foi tão grande ao ouvirmos isso que todos ali necessitaram se apoiar em algo para não desfalecer no chão.

A garota estava bem, felizmente os médicos conseguiram conter a reação a tempo. Ela precisaria ficar um período internada no hospital, mas já estava fora de perigo, o que não amenizava por completo a situação, já que a razão para aquilo ter acontecido era muito preocupante.

Até onde todo mundo sabia: a Mai não usava drogas; e de acordo com a Zyrus ninguém que fora convidado para sua festa também.

Nunca se tinha ouvido falar sobre a presença de tóxicos em nenhum outro evento realizado por alunos da DCHS, por isso o espanto de geral ao saber daquilo... por isso a promessa da Dona Hana de encontrar o responsável por aquela merda, já que ela tinha a certeza que não fora coisa da sua neta, que provavelmente fizeram aquilo com ela por algum motivo maldoso... e por isso que quando suspeitos foram levantados para um possível julgamento, eu fui o primeiro a ser apontado, aquele a encabeçar a lista, por já ter tido um certo "envolvimento" com drogas no passado.

Como descobriram isso? Eu não fazia a menor ideia!

Essa situação aconteceu na madrugada de domingo, e pelo resto do dia fiquei menos tenso ao lado da Alina, a acalmando para que não desencadeasse nenhuma crise de ansiedade. Mas na segunda-feira, quando precisamos voltar ao colégio, meu mundo virou de cabeça para baixo. Assim que cheguei e pus os pés na entrada da escola, fui barrado de imediato pelo diretor, o qual exigia a minha presença na sua sala em razão de ter uma responsável de uma aluna lá me acusando de ter drogado a sua neta.

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