31 | Uma Chance Para Recomeçar

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ALINA HAMILTON
𝟮𝟳 𝗱𝗲 𝗙𝗲𝘃𝗲𝗿𝗲𝗶𝗿𝗼, 𝗦á𝗯𝗮𝗱𝗼

Esses últimos dias, os quais vinha passando com o Royce, estavam sendo um verdadeiro inferno pessoal para mim.

Não que eu já não esperasse por algo ruim, o conhecia bem demais para saber que seria tudo uma chatice estressante.

O negócio era que eu ainda conseguia me surpreender, negativamente claro, com algumas atitudes babacas suas.

O cara não me dava sossego!

Desde quando botei em prática a minha parte do acordo, aceitando voltar com ele para que parasse de infernizar o Brian, que a criatura não tem me dado paz, sem me deixar sozinha por um segundo sequer.

Eu mal conseguia respirar, porque ele estava sempre pendurado na merda no meu cangote.

Das minhas sessões de psicoterapia até seus treinos de natação, os quais ele fazia questão que eu estivesse. Das nossas aulas matutinas até os ensaios para o musical: ele não largava do meu pé.

E nesse último, precisei aprender a ter que engolir muito sapo para que não acabasse explodindo e o enchendo de liberdade, já que quando assumiu o papel de Tony passou a ficar dando pitacos na produção e no elenco como se mandasse em alguma coisa ali. A pobre da Emmy estava que não suportava mais ter que atuar ao seu lado, pois ele sempre arrumava uma coisa para crítica-lá.

Sem falar que não parava de ficar diminuindo seu corpo, dando a entender que tinha problemas bem sérios com ela pelo simples fato de não ser magra.

Um verdadeiro báratro!

Pior para mim, que ainda tinha que suporta-lo querendo me seguir até a minha cobertura, para ficar falando só das coisas que ele mais gostava: sobre a sua família, a ida para Londres e sobre como combinávamos juntos. Sorte que por enquanto ele não estava insistindo para ficarmos trocando beijos toda hora, ou fazendo sexo adoidado. Na cabeça dele ainda estávamos na parte da conquista, por isso não seria de bom-tom acelerarmos o processo.

Tudo porque ele queria evitar que parecêssemos com dois carentes descarados, que só pensam naquilo.

Óbvio que tinha momentos onde me fazia beija-ló. Na frente dos outros e do Brian então... era quase sempre que preferia fazer, com certeza para tirar o quarterback do sério, como aconteceu no dia em que completou um ano da morte de sua mãe. O Royce fez e falou todas aquelas imbecilidades sobre o Dia dos Namorados de propósito, para cutucar mesmo o moreno.

Ainda bem que, por menor que fora, ele teve um lapso de bom senso e não fez nenhuma gracinha sobre a partida da Lilian.

Do contrário acredito que o Brian surraria ele com mais força e o Tyson deixaria que fizesse, já que brincar com perda de familiar ultrapassava todos os limites. Também o deixaria apanhar. A única palha que moveria depois seria para chamar a Pamela de novo, a fim de que ela ajudasse mais uma vez a tirar o lindo da prisão.

Desde o primeiro instante, ao acordar naquele dia, já me sentia péssima pela situação. O tanto que queria tá com ele no momento – em todos os outros, na verdade, não aguentava mais de tamanha saudade – não dava nem para mensurar... e aí ter que ficar quieta enquanto o Royce decidia fazer piada sobre o assunto? Não mesmo!

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