27 | Disputa Declarada

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BRIAN BROOKS
𝟮𝟮 𝗱𝗲 𝗝𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼, 𝗦𝗲𝘅𝘁𝗮

A frase: "nada está tão ruim que não possa piorar"; voltou a fazer sentido para mim após muito tempo.

A primeira vez foi quando fui preso e logo em seguida, três meses depois, a minha mãe morreu. Com essa porra, achei que nada mais seria o suficiente para me espantar tanto de maneira negativa...

Isso até o ex babaca da Alina reaparecer.

Claro que o retorno dele, justo no momento onde me acertei com a doida e ela estava começando a ficar bem, não se comparava com a minha prisão e a perda total da Dona Lilian – isso foi muito pior para mim – mas, a volta dele agora também não deixava de ser algo ruim.

Principalmente porque ele era um escroto e obcecado, cujo passaria a nos encher o saco até conseguir o que queria: a Alina e o meu lugar no musical.

Daí eu pergunto ao destino: para que isso agora? A gente já não passou dor de cabeça o bastante? O que custava deixar esse maluco em Londres por mais tempo?

Ninguém merecia mais essa ainda!

Quando eu me deparei com ele naquele dia no auditório, senti um pouco de ciúmes e insegurança pela sua volta, apesar da doida garantir que o único sentimento restante dela por ele era repugno.

Senti ciúmes, porque, independente de tudo, ele já foi alguém importante para Alina um dia... de um jeito que eu estava trabalhando para ser agora. E senti insegurança, porque porra, o cara era do mesmo naipe financeiro que o dela, poderia lhe dar qualquer coisa material, o que para mim era impossível de fazer igual.

Sem falar que no sentido do clube de teatro, ele a conhecia melhor e tinha muito mais talento.

Como que não ficava receoso com isso?

Ele começou a ameaçar a conexão que eu construí com a garota dos meus sonhos, e pelo que ouvira dos outros, tinha total capacidade para acabar com tudo...

Como que não ficava com o cu na mão com essa porra?

E o pior era que eu talvez nem pudesse revidar nada, já que no dia em que ele veio me intimidar no colégio, isso nessa segunda-feira, fora o fato de ter jogado as questões que passaram a me perturbar na minha cara, ainda disse que se tentasse fazer qualquer coisa contra ele, como por exemplo agredi-lo, eu me prejudicaria imensamente devido ao fato de quase sua família inteira ocupar a área policial e judiciária da cidade.

Ou seja, além de me mandar ficar longe do musical e da Alina, o que apontou como: jeito mais pacífico de fazer, ainda tentou me colocar medo, afirmando que eu poderia ter sérios problemas com a justiça, caso pensasse em acabar com ele.

No dia eu apenas lhe dei as costas, fingindo indiferença, e saí da sua frente, como a doida me pediu para fazer desde o seu retorno em diante.

Só que de todos os jeitos esse inferno ficou martelando na minha cabeça, pior ainda depois do que o Frederick me contou sobre o histórico desse maluco com os caras que em algum momento mostraram interesse pela Alina.

Segundo o running back, esse tal de Royce tinha costume de afugentar todos os garotos que queriam se aproximar da Hamilton, seja os ameaçando – como fez comigo – ou falando algo terrível e mentiroso dela, como eu descobri ter sido no seu caso e no do Percy.

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