37 | Campeões

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BRIAN BROOKS
𝟬𝟳 𝗱𝗲 𝗠𝗮𝗶𝗼, 𝗦𝗲𝘅𝘁𝗮

Tem sete dias em que as únicas coisas que ando fazendo da vida é levantar para beber água e ir ao banheiro. Só.

Depois voltava para o quarto de hospital, onde a minha garota se encontrava desacordada desde o terrível acidente com a porra do meu carro.

Por conta do capotamento, Alina fraturou medianamente quatro vértebras lombares da coluna, quebrou o braço esquerdo, ganhou cortes profundos na barriga, além de algumas escoriações por todo resto do corpo, e teve
um grave traumatismo craniano, o que levou a um
edema cerebral.

Apesar desse ter se desinchado em dois dias, ela ainda não tinha despertado para os enfermeiros tentarem identificar se essa merda havia lhe deixando algumas sequelas sérias ou não.

O que me deixava bastante preocupado.

Quem também ainda estava num certo estado de coma no quarto ao lado era a Emmy, cujo fora internada após ter duas paradas cardiorrespiratórias em decorrência
de uns remédios estranhos que estava tomando para emagrecer de forma rápida.

A primeira cessação do coração que ela teve foi ainda no colégio, no momento que desfaleceu nos braços da Alina, segundo o que a Sra. Debra contou. E a segunda fora há três dias quando tentaram acorda-lá através de alguns estímulos vigorosos.

Todo mundo – os mais próximos das duas – estava em total estado de aflição e apreensão com os acontecidos, obviamente por se importarem tanto com o bem-estar das duas, mas também, porque tudo aconteceu justo a poucos dias do musical, coisa que era muito
importante para ambas.

Os pais da Emmy, bastante chocados, inclusive, por não saberem do infortúnio da garota com o próprio corpo, estavam se revezando entre si para permanecer ali no hospital com a garota, isso visto que eles tinham outro
filho, de nove anos, o qual precisava igualmente de cuidados redobrados por ser neuro-atípico.

Já o Anthony, se encontrava do mesmo jeito que eu: sem querer sair do lado da filha a um instante sequer.

Assim que um dos seus seguranças o comunicou sobre o acidente, ele largou tudo imediatamente para vir até aqui junto a sua esposa. Chegou abalado no hospital, exigindo notícias da filha, que no momento em questão fazia uma cirurgia para recolocar os ossos do braço quebrado no lugar.

Quem precisou acalmá-lo, mesmo estando aflito também, foi o Sr. Brooks, cujo nem o conhecia direito, mas tratou como se fosse um amigo de longa data. O "papai do ano" apenas veio se tranquilizar, moderadamente, quando uma enfermeira apareceu, dizendo que a Alina não corria risco de vida.

Mas, diferente do que pensei, o cara não ficou obstinado a saber como e o porquê daquilo ter acontecido com a sua filha, só queria saber da saúde dela e o dia que teria alta. A pessoa quem procurou solucionar esse caso foi a Pamela, a advogada que me ajudou há algum tempo e nova madrasta da Alina.

Foi ela, com a ajuda e informações coletadas do Joe, que descobriu o mandante por trás dessa desgraça – que de incidente não tinha nada.

Sem surpreender ninguém, os responsáveis por tudo isso era o Royce e seu pai. Pelo que o segurança nos explicou quando teve chance: eles armaram todo esse inferno em resposta as provocações e ameaças que a Crystal e eu fizemos aos dois.

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