36 | Maria's Em Apuros

37 10 21
                                    

ALINA HAMILTON
𝟯𝟬 𝗱𝗲 𝗔𝗯𝗿𝗶𝗹, 𝗦𝗲𝘅𝘁𝗮

Ontem foi o dia que marcou o fim das provas trimestrais e, praticamente, o fim da parte didática desse ano letivo no DCHS. A partir de agora os alunos só precisariam se preocupar em arrumar os últimos ajustes para concluir os trabalhos nos esportes e atividades extracurriculares que estavam inseridos.

Minha pessoa com o musical, por exemplo, Brian e Tyson com o football, Mai com o football e o decatlo acadêmico, Simon com a presidência do grêmio, e Crystal com o campeonato de líderes de torcidas.

Nosso último mês escolar seria focado apenas nas competições e shows que cada aluno fazia parte.

Por isso na noite anterior, resolvi fazer uma pequena social na cobertura, para comemorar esse fato, e para aliviar a tensão também, afinal essas últimas provas
foram terríveis.

Os convidados consistiram apenas nas pessoas que citei há pouco. Não queria fazer uma mega festa, com muita gente, até porque ainda tinha coisas importantes para fazer no dia seguinte. Então, me limitei a convidar só essas seis pessoas, além de também não ligar em entregar nenhuma decoração fantástica.

Tudo ficou muito simples, mas ainda sim, foi bem divertido.

Fizemos rodízio de pizza e hambúrgueres, cantamos em um karaokê arranjado por mim, assistimos a um filme de terror no meu terraço, depois nos tacamos na piscina – que fiz toda questão de deixar aquecida, pois isso foi de madrugada – e finalizamos a festa jogando uno, onde os perdedores de cada partida eram obrigados a tomar um drink, que até então fora combinado ser sem álcool.

Porém, a julgar pela situação em que todo mundo apagou na minha casa, sem conseguir ir para as suas, e acordou como se dúzias de caminhões tivessem nos atropelados, com certeza não foi nenhuma bebidinha inocente que ofereceram a gente como derrota no jogo.

Eu fui a primeira acordar, com os braços fortes do Brian prendendo minha cintura – já sabia identificar a sensação – e um pé desconhecido enfiado bem no meio da minha fuça.

— M-mas o quê... — balbuciei, com a voz e corpo ainda sonolentos, e com o cocuruto pulsando, parecendo que iria explodir.

Ergui um pouco a cabeça para identificar de quem era aquele chulé, e tomei um pequeno susto ao avistar que se tratava da Zyrus. Ela tinha dormido no meu quarto, na minha cama, comigo e com o Brooks, que inclusive estava com o dedão do pé quase enfiado na boca da garota.

Meu Deus, Meu Senhor...

Como de costume, me movi lentamente a fim de pegar  o despertador que sempre ficava em cima da cômoda, já que não sabia onde tinha enfiado o meu celular. Tive um pouco de dificuldade ao me esticar para lá, pois o Brian me apertava com afinco contra ele e precisei fazer quase que um malabarismo para desviar do pezinho da dona abelha.

Ao capturar o objeto e conseguir, após a luta que foi para abrir os olhos direito, visualizar as horas, dei um pulo super apavorado da cama, mandando o respeito pelo sono dos presentes pro inferno e berrando para que eles acordassem, uma vez que não o fizeram com
a minha movimentação bruta.

— ACORDEM, PORRA! — gritei exasperada, botando o despertador de volta no seu lugar e passando as mãos no cabelo para moderar o choque.

Nossos SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora