35 | Traído

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BRIAN BROOKS
𝟭𝟵 𝗱𝗲 𝗔𝗯𝗿𝗶𝗹, 𝗦𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗮

Depois de todo aquele inferno que vivemos por culpa do Royce e sua psicose, tivemos exatamente vinte e nove dias de paz para descansar.

Nesse período nada muito preocupante aconteceu para nos tirar do sério, pelo contrário, foram momentos bons, repletos de tranquilidade e alegria.

Sem surpresa, a doida e eu ficamos juntos, aproveitando do melhor jeito o tempo que ainda nos restava: fodendo. Porém, não ficamos apenas nisso, ou agora sua boceta estaria com assaduras seríssimas e as minhas bolas teriam estourados.

Fizemos algumas coisas de casal também, como: dar um rolé no shopping e no parque, cozinhar juntos, ir a um show de rock, e até um piquenique no alto de uma montanha inventamos de preparar.

Estávamos de recesso do colégio por conta das curtas férias de primavera, então era viável utilizar desses dias para relaxar. O último jogo da temporada aconteceria apenas no próximo mês, o que nos garantia uma certa pausa nos treinos. E a Alina, como tinha adotado uma rotina bem mais equilibrada no que envolvia o musical, também resolveu tirar uma folga para se divertir nesse tempo.

Nossos amigos também entraram no nosso cronograma de lazer. Até a Crystal e a Emmy foram convidadas para uma noite de boliche que marcamos como tradição.

Tudo estava indo muito bem, até porque o filho da puta realmente ficara quieto depois das ameaças que sofreu.

Para ter garantia total disso, a Alina pediu para que um dos seus seguranças – os quais descobri que ela tinha durante a nossa conversa sobre sua nova relação com o pai – ficasse de olho no imbecil, por precaução.

Ainda solicitou que mais outro vigiasse o tal barista, pois sabe-se lá o que o doente poderia tentar fazer com ele por vingança.

A questão era que as coisas estavam bem tranquilas. Mas, como as nossas vidas, aparentemente, eram munidas de confusão, essa tranquilidade só chegou a durar um mês, uma vez que ontem fora reportado a doida algo que, com certeza, nos tiraria toda a serenidade.

Em maior grau de uma pessoa específica: Simon; já que ele era o maior prejudicado no que aconteceu.

— Eu não sei como contar isso, Brian... — minha garota lamentou, se virando no banco do Camaro para me olhar com um semblante pesaroso.

Estávamos no estacionamento do colégio – com as aulas voltando hoje – tomando coragem para entrar e soltar de vez a bomba que descobrimos.

— Meu amigo tá tão feliz com a carta da FormArts, com a sua evolução no teatro, com a melhora nos negócios da Scarlett... não quero tirar isso dele. ARGH! QUE ÓDIO daquela poc falsa e mau-caráter — esbravejou a ponto de ficar com a testa e as bochechas vermelhas.

— Calma — pedi, fazendo carinho na sua coxa. — Ficar nervosa agora não vai adiantar de muita coisa!

Ela bufou, indignada, e passou a mão no cabelo para controlar a raiva.

— Desde o começo eu não fui com a cara daquele sujo. Nossos santos nunca se bateram. Quando o neguei nas audições virtuais, cujo fiz antes de conhecer você, ele me respondeu com um deboche que de imediato me fez ter ranço.

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