Não revisado! - Boa leitura.
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September, 2020.
Meu celular não parava de tocar, o barulho já me incomodava...
Levantei e tirei o mesmo do carregador, o nome que brilhava me chamava atenção, era tarde para Henrique me ligar. Estava muito cansada e gostaria muito de voltar a dormir, Léo dormia em minha cama, então resolvi atender para não correr o risco de acordar meu menino.
Mas que fique claro minha insatisfação em atender qualquer ligação as duas horas da manhã.
— Ô inconveniente, eu tava dormindo.
— Amor, vem abrir a porta — pediu com a voz baixa.
Franzi o cenho e olhei mais uma vez a hora, queria ter certeza de que era duas horas da manhã mesmo. Voltei a encostar o celular no ouvido e suspirei, não estava entendendo.
— São duas e meia da manhã, que brincadeira é essa?
— Estou congelando aqui fora — sussurrou.
— Tô indo — desliguei o celular e sai do quarto sem fazer barulho.
Me perguntando o que poderia ter acontecido para ele bater em minha porta aquela hora – na verdade, me ligar as duas e meia da manhã –, mas nada vem em minha mente. Desci rapidamente e em meio minuto estava abrindo a porta.
Seus olhos vermelhos e corpo trêmulo, sem pensar duas vezes o puxo para dentro, não pergunto absolutamente nada, apenas o abraço. Depois de um tempo me afasto e sem dizer uma só palavra o levo para o meu quarto.
— Senta aí meu amor — falei. — O que aconteceu?
— Eu... Me desculpa — Vejo algumas lágrimas cairem de seus olhos.
— Ricelly o que esta acontecendo? — pergunto e vejo suas lágrimas descerem com mais facilidade. - Ei amorz olha pra mim, o que houve.
Meu coração apertou, me abaixei ficando a sua frente, Henrique não parecia nada bem e vê-lo assim só me destabiliza. Não sei lidar com nada que envolva Ricelly chorando em minha frente, pensei no que poderia ter acontecido deixá-lo assim, mas nada vem em minha mente.
Resolvi deixá-lo chorar, talvez seja bom para por pra fora tudo aquilo que faz mal e faz doer, quando ele se acalma e respira fundo me olhando, toco seu rosto. Estava ajoelhada a sua frente, ele parecia querer falar, mas não sabia como, então decidi que seria .embora não perguntar.
Henrique estava com o rosto um tanto quanto inchado, seus olhos vermelhos e inchados, seu nariz vermelho e suas mãos tremendo deixavam claro seu estado de Pânico. Um crise de ansiedade, pânico ou seja lá o que for, sempre o deixa desestabilizado e poucas são as pessoas que sabem lidar com isso. Sua roupa exalava um forte cheiro de álcool e cigarro.
Mesmo sabendo que era algo muito importante, achei melhor pedir para ele tomar um banho e se deitar um pouco, com isso, fiquei sozinha no quarto enquanto ele usava meu banheiro. Desci para a cozinha em silêncio e fiz um café, voltando para o quarto encontrei meu padrasto no corredor, ele olhou para as dias canecas de café em minhas mãos e riu negando.
— Por Deus, Lila... — começou rindo. — Sei que adora café, mas num é exagero duas canecas a essa hora não?
Acabei rindo e negando.
— Não faz barulho — pedi. — O Léo tá dormindo no meu quarto e o Ricelly acabou de chegar aí, ele está mal...
— O que aconteceu?
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Ligação Covarde
FanfictionE se tudo em que você acredita fosse uma farsa? Bem, talvez no fundo, no fundo, você sabe bem o que acontece a sua volta. A pergunta é: está pronto para lidar com isso? Não, ninguém nunca está pronto para lidar com a verdade e foi por este motivo q...