Hypersexuality-(Supercorp/Karlena)

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       Compensando toda  a minha demora mais um capitulo em menos de 48 horas.... boa leitura meus leitores

    No quarto de internamento, Kara se encontrava com uma expressão adormecida enquanto eu encarava suas facetas serenas devido a alguma inquietação devido ao sono. A  tarde teria passado de maneira tão rápida, depois de fazer mais duas cirurgias. Agora eu estava sentada sob a cama hospital de um jeito impossível de explicar, meu corpo estava metade dentro metade fora da cama, Kara estava deitada da forma mais confortável possível. 

Não havia muito tempo que ela estava naquele sono tranquilo, quase uma hora depois da operação, ela tinha acordado se debatendo, sendo necessário tranquilizá-la até cair no sono. Enquanto isso, minha cabeça rodava sobre a minha decisão perante a decisão que havia tomado para garantir o estilo de vida da loira que dormia encostada em meu peito enquanto eu conseguia analisar o curativo em seu olho direito, o nariz levemente inchado devido ao deslocamento do mesmo. Com cuidado eu tinha meu braço abraçando-a levemente pela cintura.

Sua respiração estava um pouco falha devido ao nariz machucado, por isso, possua uma cânula fina que auxiliava no fluxo de oxigênio. Suspirei acariciando levemente sua bochecha lembrando-me de mais cedo.

^^^6 horas atrás^^^

-Preciso que assine um termo de que está ciente do que está fazendo -Diz o médico me encarando com a papelada para liberação da cirurgia ocular de Kara. 

Assim que terminei de rubricar todas as folhas pude ver por cima dos laudos, um ao qual indicava a situação. Parei de assinar apenas para analisar a folha com mais atenção, afinal queria tirar as minhas conclusões.

    Sua íris havia sido rasgada, seu nariz sofreu um rompimento sinusal, além de está de uma gravidez de quadro inicial de 3 semanas e meia. Após assinar a folha, fiz com que cada componente da equipe assinasse um termo que isentasse que Kara soubesse de tal notícia, mesmo que isso afetasse 45% de sua fertilidade, já havia muitos problemas para ela lidar, se eu posso poupar ela de tal desgraça, pouparia. 

-Ela não irá sentir dor, correto? -Encarei a enfermeira que ficaria responsável em realizar a remoção do feto recém formado, a profissional assentiu fazendo-me sentir um tanto mais segura. -Era disso que eu precisava saber. 

    Sair do hospital sentindo-me desnorteada e um tanto frustrada e enjoada, impotente talvez por não ter conseguido impedir que as barbaridades que ela sofreu tivesse acontecido. Entrei em meu carro, tendo noção que a cirurgia não iria acabar rápido, então eu teria tempo para resolver tais coisas. 

Dirigir prestando atenção no fluxo da pista estava sendo difícil, ela havia sido estuprada por dois dias, havia sido espancada, teria passado por uma série de estresse e para piorar… carregava um fruto ao qual não tinha noção alguma da existência. Se Lucy não tivesse feito um falso testemunho  eu teria evitado essa merda toda na vida da Danvers? 
  
Pressionei com umas das mãos o volante enquanto acelerava, eu me sentia uma burra, idiota. Eu não abaixava a guarda para nada, me mantinha um passo à frente de tudo, sabia que o infeliz do Blake teria relação direta com os maus tratos de Lucy, mas com Kara? Ao menos não tinha correlação, desacelerei o veículo quando o sinal fechou. Me questionei ainda mais por não ter prestado nenhuma atenção na Kara.

Eu sabia dos pesadelos, sabia das mudanças do nada, da insegurança e sabia da submissão além do normal, mas por que diabos eu não perguntei a ela ou procurei descobrir o que ela tinha sofrido? 

Passei as mãos em meu rosto a fim de afastar os pensamentos de culpa e insuficiência, encarei o movimento na faixa de pedestres onde tinha várias pessoas atravessando, o mais estranho foi que meus olhos focaram em um casal que seguravam uma criança cada um pela mão daquele ser saltitante. 

    Exatamente nesse momento, uma onda de enjôo tomou conta de meu interior, senti a bile subir em minha garganta queimando todo meu interior. 

“Três semanas e meia de gestação”

E eu não havia notado nenhuma mudança específica. Não havia correlacionado nada disso, as crises de choro na nossa última noite no iate, muito menos suas reclamações sobre dores nos pés enquanto andávamos uma distância mínima, isso fazia com que eu me odiasse ainda mais.

Estava tão focada em tê-la de forma sexual e definitivamente não prestei atenção para cuidar realmente dela, eu sabia que ela havia sido machucada, sabia que usaram ela naquela faculdade idiota. E em tese, sabia que também tinha sido mais uma idiota em sua vida.

Dirigir até o ponto de localização que Oliver havia compartilhado poucas horas atrás, nada mais que o antigo apartamento que Blake fazia questão de usar como prostíbulo. 

Sem dar a mínima as condições daquele lugarzinho, seguir para o elevador descendo até o subsolo do local. A maioria dos apartamentos luxuosos, tinham como principal característica a inclusão de um local secreto. Chão acimentado escuro, e relativamente úmido devido a profundidade do local, Oliver havia garantido que eles sofrem pelo que fez, sem morrer, a pena judicial era algo interessante já que Jeremiah e Henrique ficariam 65 anos presos assim que a polícia local os pegassem. 

-Lena… o que acha? -Oliver me questionou apontando para os dois homens que estavam despidos, com o corpo ensanguentado, presos em uma posição constrangedora para a masculinidade dos mesmos. Tendo como principal fonte de tortura, duas maquinas sexuais, automatizadas para continuarem estocando em suas bundas enquanto imploravam para para.

—Coloque na potência máxima no turno da noite, jogue água em seus corpos caso esses filhas da puta insistam em fazer barulho —Digo entre dentes sentindo a raiva consumir meu interior, Oliver deixou claro que não permitiria que eu sujasse minhas mãos para matá-los. 

—Acabar com suas vidas apenas, irá livrá-los de qualquer punição –A voz de meu amigo soou reflexiva enquanto eu me sinto afastada. —Como está a sua garota? 

    Senti um gosto péssimo na boca ao lembrar  da decisão de que eu havia tomado sem ao menos permitir que Kara soubesse de alguma coisa pós a cirurgia. Se fosse em outro momento, ela reagiria bem ao saber que carregava um fruto nosso? 

Evitei pensar naquela pergunta apenas mudando de assunto para Oliver —Onde está Alura?

–Dentro do apartamento, tem dois de meus homens fiscalizando a porta de saída e entrada. Seguir sua orientação de não fazer qualquer ato violento com a mulher, mas, ela está em cárcere a priori. –Manteve seu tom respeitoso, era uma das características que o exercito causou em seus anos de serviço. –Lena, se você quiser pode voltar para  o hospital, esperarei suas ordens para entregar-los para a FBI, não precisa ficar aqui, sua cabeça está em outro lugar agora, então por que você não vai para o hospital e quando as coisas se resolverem a gente pode continuar quando melhorar. 

    Eu realmente queria me sentir útil para descontar a raiva em Jeremiah e em Henrique Jenner, mas Oliver tinha razão ao saber que se eles abrirem um testemunho contra mim, simplesmente poderiam alegar minha participação direta. Mesmo sendo uma pessoa de poder exposto, era importante ressaltar que era mais que necessário eu me manter longe de acusações para poder me dedicar a Kara.

^^^Atualmente^^^

       

    Sentir o corpo menor resmungar sobre meu peito indicando despertar, saio dos meus devaneios vendo como a mesma estava, porém, intervir a mesma de levantar. 
-Não tente levantar… -Aviso calma sentindo que ela sentiu um pouco de medo -Calma… está segura aqui…

-Foi horrível lee…-O soluço que escapou de sua garganta, pareciam estilhaços  sendo atingidos em meu corpo. -Eu não o queria por perto mas….