Além da felicidade

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O almoço foi silencioso, Maitê falava das aulas da manhã enquanto as mulheres escutavam a pequena. Mas, a mente de Lena rodava em torno no colega de trabalho que deu carona para sua esposa sendo que ela estava com carro. -Mamãe eu tô com calor -Comenta Maitê balançando as mãos para se livrar do casaco. -A morena voltou ao foco para poder tirar o moletom da filha deixando-a de regata. -Mami janta com a gente hoje?

-Janto meu amor -Os olhinhos pidões da menina faria com que Kara não tivesse coragem de dizer não para sua filha. 

-Vamos, temos aula ainda Mai..-Lena ajuda a pequena descer e quando a esposa levanta sutilmente sussurra. -Não prometa fazer algo que não poderá cumprir

A pequena havia sido deixada na escola com um humor totalmente diferente pois o almoço junto das mães e a atenção que estava tendo de ambas era significativo para Maitê.

No carro, a morena levava a esposa para a CATCO com uma expressão ainda séria. Kara ficava na CATCO por maior parte da semana mas alguns dias se dedicava na agência de jornalismo que iniciou do zero,  mas a dedicação na sua própria agência em conjunto a uma grande empresa iria fazer com que Kara ficasse distante da pequena. 

-Mais tarde, irei na Company City -Avisa a esposa que ainda questionava quem era o amigo que deu carona a Kara.

-Certo, irei buscar Mai um pouco mais cedo -Lena suspira sem tirar a pergunta de sua mente. -Vamos jantar no horário comum, não se atrase por favor. -O pedido tinha um tom irritado. -O que houve com seu carro? -Manteve a expressão séria fazendo com que Kara mordesse o lábio para conter o riso.-Anda Danvers! 

-Não houve nada com o carro, era só para manter uma vida sustentável por isso peguei carona -Beija a bochecha da morena que lufa irritada -Não tem motivos para se irritar, querida. 

Sim! Tinha.

-Te vejo a noite -Deposita um selinho na esposa e sai rapidamente. 

Era um dos questionamentos de Lena, será que sua esposa deixou de sentir atração por ela? Por que o diálogo entre as duas  ficara tão fraco? A morena negou com a cabeça  voltando para sua empresa. Em seu caminho a morena encarava o relógio do  painel do carro,  cruzava as ruas mais distantes para poder perder seus horários. Jess, Andrea ligaram algumas vezes. 




Eram três da tarde, Maitê tinha uma rotina de estudo ideal para uma criança pequena, gostava de interagir e aulas principalmente de Artes. -Maitê Luthor-A voz da coordenadora tirou os olhos azulados da tela -Sua mãe está a sua espera, me acompanhe por favor.

A figura olhou para o lado da Janela estranhando a clareza, se despediu dos colegas e professora e seguiu com a coordenadora com os olhos confusos. -Dona Mary-pronuncia a coordenadora em tom formal-Desculpe, mas pode dizer as horas? -Pergunta tímida mas sua professora sempre dizia as horas.

-Três e vinte senhorita Luthor-Olha para o relógio de bols e encara a criança com feição triste.-O que houve senhorita?

-Mamãe nunca me pega esse horário-Suspira segurando as alças da lancheira com uma das mãos. -Não gosto disso -A menor baixa a cabeça.

A coordenadora manteve em silêncio até chegar no estacionamento.-Senhora Luthor, Maitê está entregue.

Lena cumprimenta a filha com um abraço ficando a sós com a menor que deita a bochecha em seu ombro.-Mamãe está triste de novo?-A voz soou preocupada quando os braços cobertos pelas mangas da blusa social da mãe afaga suas costas. Maitê por sua vez, faz carinho na nuca da mãe.-Vamos para casa mamãe..

-Você é a coisa mais linda que surgiu na minha vida -Sussurra para a filha que fecha os olhos aproveitando o carinho -Vamos sair um pouquinho e  depois para casa. -Coloca a filha na cadeirinha pincela o nariz pequeno da filha que sorrir. 

Hypersexuality-(Supercorp/Karlena)Onde histórias criam vida. Descubra agora