Mini maratona

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"Frio" 

A palavra definia a sensação que a pele arrepiada da mulher deitada pelo chão da via urbana abaixo do viaduto  encolhida sobre um papelão  onde várias camadas formavam um colchão improvisado. Onde outro papelão servia de cobertos e alguns amontoados de sacos formavam um travesseiro, Alura se alimentava com os restos de alimentos que eram descartados em alguns fast food. 

Tossiu se encolhendo por causa de uma ventania  que tomaria conta da cidade em breve. -Ei... -Uma mulher chamou a atenção de Alura que ergueu a cabeça para encarar -Não deixa sua cama sozinha podem roubar o lugar -Alura assente agradecendo -Toma o cobertor... tenho três, roubei de outros moradores -Entrega a mulher que pega duvidosa -Cuide dele ou roubarei de ti.

-Obrigada...-A mulher se cobriu recebendo da adolescente um sorriso. -o que faz aqui? Nas ruas....

-Vim para as duas desde quando tinha dez anos -Comenta sentada apontando para o outro lado da via -Aquele ali é meu irmão, tem seis anos nossos pais nos abandonaram por não querer ter muito para nos manter. -Suspirou chateada -Minha mãe veio para as ruas por não ter recursos e estava cansada de apanhar do homem que a  engravidou uma segunda vez e ficou nas ruas com meu irmão, mas ela morreu em uma briga nas ruas e agora somos nós dois -A jovem encara o irmão que  brincava com outras crianças.

Pasma com a situação Alura se manteve em silêncio por medo de dizer alguma indelicadeza -Me chamo Sophia e meu irmão é Thomas -Deitou  no papelão. -Quando a chuva passar irei procurar comida... podemos alternar para fazer isso se quiser... 

-Podemos...

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 O avião pousara em solo brasileiro enquanto Lena e Kara andavam de mãos dadas agradecendo  pela chegada tranquila,  a loira não reclamou em viajar de forma tão rápida, afinal  não se prejudicaria na faculdade já que a mesma entrara de festa. Com um pedido carinhoso de Lena, a morena convencera Sam em agendar toda a programação de viagem. 

-Vamos passar alguns dias no Rio e depois seguiremos para São Paulo, Salvador, Recife e finalizamos em Minas, caso queira ir em mais algum lugar apenas diz -Abraçou a cintura da mulher abrindo a porta do Taxi que aguardava. -Copacabana Palace senhor.. -Pediu em português recebendo um olhar surpreso da loira.

-Pode deixar senhoras. 

-Faz calor aqui... -Kara comenta brincando com os dedos da mulher que assente - Precisamos por roupas mais frescas 


O céu azul com apenas uma nuvem visível destacando o branco límpido, o berço do samba e das poesias de Carlos Drummont, a boemia estampava os lindos cantos  onde Cartola costumava performar. Lena contava parte das histórias que conhecia do Rio de Janeiro enquanto Kara ouvia atentamente. - Queria que começássemos por Salvador, mas como foi Sam que programou a viagem e não fez em ordem cronológica. 

-Tudo bem, não precisa ser em ordem cronológica -Kara brinca com o cabelo enquanto olhava para a orla de Copacabana onde o taxi reduzia a velocidade indicando chegar no local. -Fascinante! -Sorriu ao  sair do veículo com a esposa ainda encarando a perfeita visão.


-Ao menos não vamos ser paradas por fãs suas né? -Kara ironiza a esposa que nega rindo

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-Ao menos não vamos ser paradas por fãs suas né? -Kara ironiza a esposa que nega rindo.

-Eu sou  milionária amor, não uma cantora de pop que está no auge -Lena brinca segurando a mão da loira entrando no hotel -A última vez que vim não estava de bom humor, tentei abrir uma empresa aqui para expandir mas adivinha, o governo não estava nem aí -Rolou os olhos enquanto aproximava da recepção -Olá, tudo ? Sou Lena Luthor e essa é Kara Luthor minha esposa estamos com uma reserva em suíte presidencial. 

A mulher com traços marcados mostrava um brilho no olhar que por alguns segundos  ao menos para Kara,  pôde ver algumas notas de reais estampar os olhos da recepcionista ruiva. -Claro! será um prazer levá-las até a suíte. Inclusive sejam muito bem vidas -Completou entregando o cartão de acesso a suíte. 

-Não precisa nos acompanhar, obrigada -Responde em agradecimento -Vamos, meu bem. -Guiou Kara em direção ao elevador e em seguida apertou o botão para a suíte -Não estranhe, normalmente, muitas pessoas são receptivas no Brazil  -Mal percebeu que havia pronunciado o nome do país em inglês. -Iremos passear assim que comermos algo e descansar. 

Kara assente aproveitado está sozinha com a esposa e beijando a mulher fazendo esforço para ficar nas pontas dos pés enquanto Lena a segurava com firmeza pela cintura -Oficialmente primeira viagem com minha esposa? -Cora ao encerrar o beijo 

Lena sorrir ao ver a mulher sair do elevador seguindo a mesma, ao menos não teria que se preocupar com Kara estressada, iria seguir  a ideia de respeitar as decisões da loira por mais que ficasse ansiosa. 



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-Tenho fome... -O roncar da barriga do menino de cabelos loiros mas escuros devido a sujeira ecoou  de Thomas que estava deitada com a irmã e tinha Alura por perto que por hora sentia seu corpo tremer por fome. O clima chuvoso fazia com que as lixeiras ficassem mais inacessíveis e o frio estava insuportável para as peles cobertas por roupas humildes e lençois doados 

O olhar de Alura se ofuscou ao ouvir aquilo, mas estava longe de seus limites em ajudar, uma vez que  se tinha situação identica, Com fome e frio, Alura encolheu-se para poder dormir e esperara chuva. 




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2023 chegou amores, feliz natal e ano novo, onde vocês passaram? Como esttão?? Acha que Kara vai assumir o nenem e perdoar alurinha??

Hypersexuality-(Supercorp/Karlena)Onde histórias criam vida. Descubra agora