06. Obcecado 🗝️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Eu mal consegui dormir essa noite.

São cinco da manhã e estou acordada, ainda pensando no que aconteceu ontem. Não consegui esquecer aquele momento, desde quando eu saí daquela cafeteria, com as pernas bambas de medo. Meu Deus, eu fiquei frente a frente com Victor Castelli! Como ainda estou viva?

Se esse cara não saía da minha cabeça antes, agora piorou de vez! E o pior de tudo é saber que dancei com ele no dia do baile! Se arrependimento matasse, eu estaria morta agora. Como pude dançar com ele e sem saber que estava diante de um cara perigoso? Eu deveria saber quem era esse cara antes, porque se não, não teria feito o que fiz.

A maior burrice da minha vida!

Maior burrice e erro que poderia ter cometido nos meus 19 anos de vida foi ter dançado com ele, sem saber quem de fato era. Agora ele vai me perseguir, vai me matar, ou me ameaçar, por conta da nossa maldita dança! Você é uma burra, Bárbara! E o pior de tudo, eu ainda continuo achando ele extremamente lindo sexy. Se já era lindo e sexy com a máscara, imagina então sem? Piorou de vez!

Eu tenho que parar de pensar nesse cara, antes que eu vá parar em um hospício, por estar pensando em um mafioso.

Me levanto da cama, me forçando a parar de pensar em pessoa que não devo e abro a porta do quarto, saindo e indo para cozinha, sabendo que logo Carol irá aparecer. Abro a geladeira, em busca de qualquer coisa, só para passar minha pequena fome e acabo pegando a garrafa de iogurte. Me sento na bancada e espero Carol aparecer.

- Bom dia. - Carol diz, aparecendo no fim do corredor, depois de uns dez minutos.

- Bom dia. - respondo, tentando soar com animação, mas falho.

- O que foi? - pergunta preocupada, se sentando na minha frente. - Está com uma cara de preocupada...

- Dormi mal. - falo sem ânimo.

- Por conta dele?

Nem gostamos de falar seu nome.

- Sim... - suspiro. - Estou com medo, Carol... - me encolho no banco. - Estou com medo de que ele faça alguma coisa comigo. - me abraço, como se estivesse consolando a mim mesma.

- Ele não vai fazer nada com você. - diz calma. - Não se preocupe com ele, porque de encostar um dedo em você, eu chamo a polícia.

Nem polícia enfrentaria ele. Victor é a maior autoridade do país. Meio que o que disser e mandar, é obrigatório obedecer. E nem quero imaginar o que acontece com aqueles que não obedecem.

- Não vai adiantar em nada...

- Pode não adiantar, mas não fique com medo dele. - me encolho mais. - Se por acaso encontrá-lo de novo, corra e se esconda em algum lugar.

- Mas alguma vez isso não vai dar certo. - sou sincera. Uma hora ou outra eu e ele vamos ficar cara a cara de novo.

- Não importa, sempre fuja, independente de quando for. Corra e se precisar, peça ajuda para alguém.

- Você falando assim parece que ele é uma aberração... - murmuro baixo e me xingo mentalmente pelo o que falei.

Mesmo sendo um mafioso, um cara perigoso, não consigo esquecer de como foi nosso primeiro encontro, acidental. Ele foi tão... Simpático comigo, tão legal. Nem parece o mesmo daquele dia, quando nos encontramos pela segunda vez. Ele parecia menos simpático e legal. Tudo bem que foi educado - coisa que jamais vai ser de novo - na cafeteria, mas apenas interpretou um cara educado, porque quer alguma coisa de mim.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora