08. Destino 🗝️

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━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

Entro em casa, vendo minha mãe correndo até mim, com uma cara de preocupada. Fecho a porta, continuando olhando para minha mãe.

— Victor! Onde você estava? — pergunta, soando preocupada. — Olha a hora que você chega!

— Quase sete da manhã. — olho no relógio o horário e falo, sem importância alguma.

— Você fica a madrugada toda fora e ainda chega com essa tranquilidade? Onde estava? Comendo alguma mulher por aí? — cruzou os braços.

— Claro que não! — exclamo. — Estava fazendo outra coisa. — me sento no sofá. — Não sou seu querido sobrinho, que vive transando.

— Que tipo de coisa estava fazendo? — ela me encara e antes que eu responda, ela diz: — Ah, não quero saber. Tenho uma coisa importante para resolver com você.

— E é sobre? — pergunto, sem interesse do que quer resolver comigo.

— Victor, o assunto é sério, então não faça essa cara de como quem não quer nada. — minha mãe fala, se sentando no outro sofá. Pego uma caixa de cigarro no bolso e acendo ele.

— Tá, fala logo. — solto a fumaça.

— Quando essa rivalidade com os Ferrari acaba? — diz, com o tom de voz mais preocupado. — Quando que vamos viver em paz?

— Mãe... É complicado. — coço os olhos, com o dedo indicador e o polegar.

— Complicado, Victor? Estamos vivendo com essa rivalidade a vida toda.

— Mas a culpa não foi minha. — me sento na ponta do sofá, fazendo com que eu me aproxime dela. — Não foi eu quem criou essa rivalidade. Você sabe muito bem quem foi.

— Eu sei, meu filho, mas agora seu pai não está mais aqui e quem pode resolver isso é você.

— Mãe, agora eu não consigo. Se eles não estão nos incomodando, eu não vou esquentar a cabeça com isso. — respondo, de uma forma um pouco rude, mas minha mãe ignora, porque conhece meu jeito.

— E isso vai se estender até quando? Não sabemos o que eles podem estar tramando, para não estarem nos incomodando.

— O que eles estão tramando eu não sei, mas não vou me preocupar com eles. — me levanto. — Tenho coisas mais importantes para resolver e cuidar. E outra, eles estão do outro lado do oceano, então não tem motivo para eu me preocupar. — falo e sigo para mais dentro da casa. Escuto minha mãe bufar, mas não me importo.

Entro no meu escritório, fechando a porta e vou até minha poltrona, onde me sento, sentindo meus músculos relaxarem. Encosto a cabeça na poltrona, fecho os olhos, podendo sentir o silêncio no cômodo.

....

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Termino meu expediente e penso em desistir dessa conversa, mas sei que se eu fizer isso vai ser pior, então começo a seguir a calçada, para ir à cafeteira. Quando entro estabelecimento, eu travo na porta, vendo Victor sentado em uma mesa, de costas para mim e me esperando. Engoli em seco e me afastei da porta, deixando uma pessoa sair e vou até a mesa. Me aproximo e Victor me olha. Coloco minha bolsa na cadeira e me sento na frente dele, sentindo meu corpo trêmulo.

— Pensei que fosse desistir. — ele diz, dando um sorriso bem curto de canto.

— Vamos logo ao assunto. — respondo séria, apertando meus dedos sobre o colo.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora