55. Compras 🗝️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Dou uma espreguiçada na cama, ainda de olhos fechados e solto um gemido preguiçoso, querendo voltar a dormir. Mas infelizmente não posso.

— Bom dia, meu amor. — escuto Victor falar e escuto um barulho de embalagem, mas nem abro os olhos, de sono ainda. — Não vai acordar? — ele beijou meu rosto e eu resmunguei em protesto. Toquei seu ombro e empurrei ele para sair de cima de mim.

— Sai daqui... — resmunguei, empurrando mais forte ele, que nem se moveu. — Tô brava com você.

— Abre os olhos. — pediu. — Tenho uma surpresa pra você. — parei de empurrar ele e mantive os olhos fechados. — Abre os olhos. — pediu outra vez e eu coçei eles, antes de abrir.

Abrindo os olhos, vejo ele com um buquê de gérberas na mão, não tão grande e um bichinho de pelúcia em cima, também não muito grande. Encaro ele, sem expressão e pego o bichinho de pelúcia, me virando na cama, ficando de costas para ele.

— Isso não vai fazer minha raiva por você passar. — resmunguei, abraçando a película.

Feioso.

— Amor, olha pra mim. — Victor volta falar e sinto seu braço me virar, voltando a ficar de frente com ele.

— Sai, Victor. — me viro novamente de costas para ele.

— Amor...

— Por que você não vai fazer o que tem pra fazer? — interrompi ele, me virando de frente. — Vai procurar gente que te deve ou vai procurar alguém pra matar, vai. Não é isso que te impediu de vir jantar? Então. — me viro de volta, cobrindo a cabeça com o edredom.

— Olha eu sei que você está brava comigo e tem total motivo pra isso, mas deixa eu explicar o que aconteceu. — fico quieta. O edredom descobre minha cabeça e seu braço me vira, fazendo ficarmos frente a frente. — Primeiramente, desculpa. Eu sei que vacilei com você e que prometi que viria, mas eu perdi a noção da hora.

— Por que não me atendeu e nem respondeu minhas mensagens? — cruzei os braços.

— Meu celular estava sem bateria. Até perguntei ao Marcos que horas eram e quando me disse, eu já estava muito atrasado para o jantar. Quando cheguei, vi tudo apagado, então eu subi para o quarto e vi você já dormindo.

— Eu te esperei quase 1 hora e nada. Então, decidi guardar tudo, porque percebi que você não viria.

— Peço desculpas por isso. Eu não queria me atrasar. Não mesmo. Mas acabei perdendo a noção do tempo. — resmungo, virando a cabeça pro lado, ainda emburrada. — Me desculpa? — ele murmura, começando e beijar meu pescoço. — Juro que não fiz por querer. — outro beijo e eu tento me afastar, mas não consigo. Odeio ser fraca quando ele começa e me beijar. — Hein? — outro beijo.

— Não sei. Tô magoada ainda com você.

— Me perdoa, vai. Prometo que não vacilo mais com você. — viro a cabeça, olhando ele, de cara feia ainda.

— Tudo bem. — falo, depois de tanto pensar. — Eu te perdoo, mas se você fizer isso de novo, da gente marcar de fazer alguma coisa e não aparecer, eu paro de falar com você. — Victor sorri.

— Tudo bem, mia principessa. — ele me dá um selinho.

— E só pra sua informação, eu não gosto de Gérberas. — falo, fazendo cara de sarcasmo. Pelo amor de Deus, quem dá um buquê de gérberas em um pedido de desculpas?

— O quê?

— As flores. — aponto para o buquê em cima do criado mudo ao meu lado.

— Tá brincando comigo. — ele fica em pé.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora