59. Fodido 🗝️

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• 𝐓𝐫𝐞𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

— Milena? — chamo por ela, cantarolando e a procuro pela casa.

— Oi. — ela surge das escadas.

— Onde estava?

— No meu quarto.

— Vai sair é?

— Vou ter que sair com a minha mãe.

— Ah! — choramingo. — Só porque eu ia te chamar pra sair.

— Quando eu chegar, a gente pode sair. — ela olha para dentro da bolsa.

— Vai demorar pra voltar?

— Não sei. Acho que sim.

— Tudo bem então. Quando chegar, a gente vê isso.

— Certo. Agora tenho que ir. Mais tarde estou de volta. — disse e se virou para direção da porta.

— Volta logo. — gritei.

— Vou tentar — gritou de volta e então saiu, me deixando sozinha.

Uma das coisas mais horríveis que tem, é ficar sozinha dessa casa gigantesca. Não tem nada pra fazer. Na verdade, tem, só que não me interessa fazer nenhuma delas. Mas o que eu faço agora? Assisto televisão? Como? Durmo?

Já sei.

Me viro, indo até a direção do escritório que Victor está e quando chego, bato na porta, logo escutando sua permissão para entrar. Abro a porta de correr, vendo ele sentado na sua cadeira, atrás da mesa e com alguns papéis nas mãos.

— Precisa de alguma coisa? — ele pergunta, calmo.

— Não. É que eu queira saber se eu posso ficar aqui com você. — franziu a testa. — Todo mundo saiu e eu não queria ficar sozinha nessa casa enorme. — olhou para os papéis na mesa.

— Pode ficar, mas eu tô trabalhando.

— Não, tudo bem. Pode trabalhar. Eu prometo ficar quieta e não te incomodar.

— Então fecha a porta. — dei um sorriso vitorioso e fechei a porta, indo em direção ao sofá que tinha alí. Cabia perfeitamente eu.

Quando eu ia em direção ao sofá, olhei para sua enorme estante de livros e decidi dar uma olhada. Peguei alguns, vendo que se tratavam de livro de advocacia e outros acho que eram de crimes. Típico. Eles pareciam estar alí faz tempo. Peguei outros livros e Victor nem pareceu se importar, de eu estar mexendo, porque sei que odeia que mexa nas suas coisas, principalmente sem sua permissão.

Peguei um livro qualquer e folheei ele.

— Pode ler? — perguntei e ele virou a cabeça, assentindo.

Me virei para o sofá e decidi me deitar e descobrir sobre o que falava o livro. E assim fiz. Meu celular apitou e decidi ver o que era, antes de começar minha leitura. Mexi um pouco no celular e embarquei naquelas palavras em folhas.

Um pequeno tempo se passa, até que largo aquele livro. Não quero saber de advocacia e crime. Me levanto do sofá, pegando outro livro e Victor nem parece notar minha presença alí. Que bom, né? Assim consegue trabalhar. Pego outro livro, que nem sabia sobre o que falava, só decidi ler por conta da capa que achei bonita. Volto a me deitar no sofá e abro o livro, começando a ler.

— Entrem. — Victor manda e eu olho em direção a porta, vendo seus homens entrarem. Eles me olham rapidamente e eu vejo suas expressões confusas. — Perderam alguma coisa? — diz rude e uma pontada de incômodo me atinge.

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora