𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓

31. Namoro 🗝️

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

— Adivinha o que eu recebi. — Carol fala, saindo do corredor, com o celular em mãos.

— O quê?

— Recebi um convite para um encontro. — olho para trás, vendo ela dar um pulinho.

— Do menino?

— Sim!

— E você vai?

— Claro que vou. — ela parou do meu lado. — Fez meu café também, né?

— Eu não. — pego minha xícara e meu prato com um lanche e saio da cozinha. — Faz você.

— Chata! — resmungou e eu me sentei no sofá, ligando a televisão. Carol faz o café da manhã dela e se senta ao meu lado do sofá, enquanto assisto televisão.

— Sabe aquele menino novo da minha sala? — comento.

— Qual?

— Aquele que eu te mostrei outro dia comendo na cantina. — ela se lembra.

— Sei. O que tem ele?

— Ele sentou comigo sexta, para fazermos uma atividade juntos e ficamos conversando.

— E daí? Ele é legal?

— É, mas... Não sei se quero ser amiga dele, sabe? Não sei se tem segundas intenções comigo, se tivermos uma amizade. — bebo um pouco do café.

— Ah, se ele é legal, por que não? Se ele começar a querer alguma coisa a mais, você diz que não está interessada e que já está interessada em outro. — franzi a testa rapidamente.

— Quem disse que eu estou interessada em outro?

— Ah, Babi. Tá na cara que você tá super interessada no Victor. Mesmo eu começando a confiar nele agora, faz tempo que já percebi suas intenções com ele.

— E quais são? — cruzei os braços, encarando ela atentamente. Ela se aproximou de mim, com um sorriso pervertido.

— Sexo. — sussurrou e eu arregalei os olhos.

— De onde tirou isso?

— Ah, vai me dizer que é mentira? Você tá louca pra perder a virgindade e certeza que quer perder com ele.

Quando é que ela começou com esses tipos de assunto? Ela nem se quer falava desse jeito sobre a nossa relação, agora que eles viram "amigos", ela ficou assim? Deve ser o efeito do café, só pode.

— Tá louca? — elevei a voz. — É claro que não.

— Sei. — ela deu um gole no café e olhou para a televisão.

— Desde quando decidiu falar sobre esses assuntos? Você nem se quer falava sobre a nossa relação.

— Porque sim. Já está na hora de falarmos sobre isso, porque tem uma certa pessoa, que se chama Victor, no qual minha amiga está super afim.

— Para, Carol! Eu não tô afim dele. — ela começa a rir.

— Para você de mentir! Confessa, vai. Você tá gostando dele.

Juro, eu não tô entendendo ela. De repente, ela fica totalmente interessada sobre minha relação com Victor.

— Vamos parar com esse assunto? Você tá bebendo muito café. Isso está afetando seus neurônios. — falo e ela ri.

— Não está afetando em nada. Só estou assim, porque é a primeira vez, depois de anos, que te vejo interessada em um homem. Mesmo eu não tendo muita confiança no Victor, eu estou indo com a cara dele. De longe, eu vejo que ele não é uma ameaça para nós. E eu sei também, que ele está interessado em você.