05. Encontro 🗝️

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• 𝐃𝐨𝐢𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬

━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

Irritado. Estou extremamente irritado. E puto.

- Vocês são uns incompetentes! - berrei mais uma vez. - Qual a porra da dificuldade de encontrar uma garota?! - bati a mão na mesa, fazendo todos permanecerem calados. Todos estavam com a cabeça baixa, só ouvindo meus sermões. - Me digam! - mando e ninguém fala. - Qual a dificuldade de encontrar uma garota morena, baixa e de olhos castanhos? Hein?! - Yuri abriu a boca, e foi o primeiro a dizer alguma coisa.

- Senhor, a maioria das moças são desse jeito, então complica nosso serviço. E nem sabemos como de fato ela é. - sinto meu ódio correr por minhas veias, me fazendo bufar de raiva. Tento me controlar, mas isso não está acontecendo.

- Foda-se! Eu quero que encontrem a garota! Se não encontrarem em menos de uma semana, se considerem mortos! - vociferei, e indiquei para a porta, para que saíssem. - Agora saíam daqui e façam o que eu mandei. - todos saíram, sem dizer nenhuma palavra.

Caí na cadeira do meu escritório, tentando afastar a vontade de meter uma bala bem no meio da testa deles. Estava quase fazendo isso. Está bem perto de explodir a cabeça deles. Mas na próxima, eu juro que isso acontece.

Essa garota do baile está simplesmente fodendo com a minha cabeça e meu psicológico e não estou brincando. Estou há dois meses em busca dela, mas ainda sem resultados. Ela por acaso existe mesmo? Por que como não a encontraram, em dois malditos meses? A cada dia que passa e sem um resultado dela, fico mais puto e irritado ainda.

Eu preciso encontrar a garota que está me deixando louco, porque se não, não vou ter paz! Certo que quase nunca tenho paz, mas sempre que me resta, ela me impede de ter. Estou ficando louco com isso!

Eu sou completamente burro, de não ter perguntado seu nome, mas como eu ia saber que ela ia mexer tanto assim comigo? Não sou vidente. Eu preciso encontrá-la, nem que seja a única coisa que eu faça nesse mundo. Preciso conhecê-la, preciso entender como ela mexeu - e ainda está mexendo - tanto comigo.

Me levanto da cadeira e vou até a porta do meu escritório. Preciso esfriar a cabeça. Saio batendo os pés no chão, com toda minha irritação e zero paciência, e vou em busca de Arthur. Vejo Milena na minha frente, mas não quero falar com ela agora.

- Victor, queria saber se... - passo por ela.

- Depois conversamos. - tento não soar grosso, ou de forma estúpida, mas acho que falhei. Encontro Arthur, dando um gole no seu copo e Uísque. - Vamos. - falo a ele, que logo entende meu pedido e minha necessidade. Dá seu último gole e se levanta, vindo atrás de mim.

Arthur sabe os motivos dos meus surtos e dos meus estresses, então já sabe que preciso ir beber para esfriar a cabeça. Ele ainda não disse nada, talvez esteja esperando meu ódio passar, para não lhe responder com alguma patada, ou a que eu mais costumo dizer: cale a boca, antes que eu enfie uma bala na sua cabeça.

....

- Estou ficando cada dia mais louco sem notícias da garota, Arthur! - exclamo, enquanto andamos pela calçada. Estou desabafando, eu acho. - Eu quero saber quem é essa garota!

- Calma! Eles não vão fazer milagre também. Pare de ser assim, querer tudo na hora, não é assim que as coisas funcionam. - bufo irritado, e solto um grunhido.

Tudo que quero, quero na mesma hora que peço. Esperar não está na minha lista de criação, principalmente de um chefe de família. Não sei esperar certas coisas. Outras eu considero, pelo trabalho, mas outras eu não admito demora. Igual sobre encontrar a garota. Qual a dificuldade?

𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora