𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓

20. Proibidos 🗝️

━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

Encaro a visão lá fora de novo, depois de encher meu copo com bebida. É manhã e estou logo cedo bebendo. Hoje decidi tirar pelo menos algumas horas de folga, ou o dia todo se conseguir, apenas para relaxar a mente. Mas tenho que fazer alguma coisa, se não, me pego pensando em uma coisa que não devia. O que é? Bem, acho não é novidade para ninguém mais.

Estou agora pensando em Bárbara. Não só nela, mas sim no nosso primeiro beijo. Porra, jamais imaginei que ela fosse me beijar, que ela tomaria a iniciativa. Pensei que era eu que ia fazer isso. Mas pra falar a verdade, foi bom que ela fez isso, porque se não, eu provavelmente ficaria com a consciência pesada. E, cacete, que beijo que foi aquele. Que beijo que essa garota tem, que boca. Uma boca que nunca me cansaria de beijar.

Se eu pudesse, faria de tudo para ter sua boca colada na minha de novo. Sem dúvidas alguma. Mas não posso fazer isso. É errado. Ela é errada pra mim. Seria bom se ela fizesse o que fez de novo, de me puxar para um beijo, colar nossas bocas e deixar que nossa línguas brinquem uma com a outra. Pagaria muito para ter essa sensação de novo. Apenas mais uma vez. Mas eu não posso. Não posso insistir em uma coisa, que ela não quer. Não sei se me beijou por impulso, ou porque estava um pouco bêbada, ou porque realmente quis.

Só queria provar seu beijo de novo.

Fico pensando, como que aquela moça que conheci em uma baile de máscaras, que decidi ir, sem motivo algum, fosse mexer tanto assim comigo. Essa garota está me virando de cabeça pra baixo. Nunca que isso aconteceu comigo e fico pensando, porque logo ela? Porque logo uma garota, que é totalmente proibida pra mim? Temos mais de 10 anos de diferença quasse. Eu sou um adulto maduro, ela ainda não. Está começando a amadurecer na vida ainda. Está inciando ela. E não quero arruinar tudo.

Ela é esforçada, dedicada e está começando sua vida agora, está estudando. Não quero arruinar tudo isso, por uma coisa que só eu quero. Preciso parar de pensar nela, no beijo, que para ela, não existiu. Mas não consigo imaginar isso, que aquele beijo simplesmente não aconteceu. O gosto de ter sua boca grudada na minha, é uma coisa que não vou conseguir esquecer. E para ela, aquilo jamais existiu. E para fazê-la feliz com o acontecido, fingo que também não existiu.

Toda hora me pego pensando nisso. Todo dia. Sempre penso nela e como seria se não fosse proibida pra mim. Caralho, porque ela tinha que ser tão nova assim? Ou eu tão velho? Tenho idade para ser seu tio. E tio e sobrinha não namoram, muito menos sentem atração um pelo outro. Um tio jamais deve sentir atração por sua sobrinha. Então mais ainda que preciso tirar essa atração que sinto por ela. Atração em todos os malditos sentidos. Dos mais inocentes até os mais maliciosos. Eu preciso parar! Preciso pôr o mais rápido na minha cabeça que tudo isso que penso sobre ela, é errado. Totalmente errado.

Ou eu começo a parar com isso agora, ou então tenho que distânciar dela. Coisa que não quero fazer. Mas se for realmente preciso, eu tenho que me distanciar. Preciso me distanciar e levar junto comigo os pensamentos que tenho sobre ela. Se alguém pudesse ler minha mente, me chamaria de pedófilo. E isso é o que estou sendo no momento em relação a uma certa garota de 19 anos, chamada Bárbara. Ficar pensando nisso, me faz pensar se ela já se entregou a um cara ainda ou não. Com certeza já, porque, que homem deixaria uma moça linda como ela, deixar passar? Nenhum.

E se ela for virgem? Puta merda, ainda mais que me torno um pedófilo. Imaginar certas coisas, com ela sendo virgem, me faz pensar que preciso mesmo parar com esses pensamentos ou me afastar dela completamente. Isso é totalmente errado. Não tem como não ser. Ela nem deve sonhar com o que eu imagino dela. Não mesmo.

Parando de pensar nisso, antes que eu enlouqueça, bebo todo o Gin do meu copo e decido descer para comer alguma coisa. Saio do meu quarto, fechando ele de novo e vou até as escadas, descendo elas e podendo sentir o cheiro de café que vem da cozinha. Vou até a mesa, onde o café está colocado e vejo minha mãe e minha irmã sentadas, se servindo.