Capítulo 03

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Capítulo O3

CLARISSA FORTUNATO

- Relaxa Caio, o que houve? — Gabriel o encarou.

- Guilherme perguntou, se você pegou o jogo novo dele?

- Peguei. — ele riu. — Espera ai que eu vou pegar lá na sala, estava jogando lá.

O silêncio reinou entre nós dois.

Eu nem conheço o cara, não iria iniciar uma conversa como se fossemos dois velhos amigos.

- E ai, beleza? — ele quebrou o silêncio.

- Uhum, e você?

- De boa. — ele sorriu.

Caio foi até a cadeira giratória, se sentando nela.

- Você é bem querida nessa família, Guilherme enche a boca pra falar de você.

Nós dois acabamos rindo.

- Isso é bom, né?

Me sentei segurando o travesseiro entre as pernas.

- Eu conheço essa família desde quando nasci e me dou muito bem com os meninos, e os pais deles são incríveis.

- É realmente eles são. — Caio sorriu novamente.

Que sorriso, Deus!

- E você, tem quantos anos? — perguntei curiosa.

- Dezoito, e você dezessete, aceitei?

- Sim. — sorri. — Com certeza um ser cheio de tatuagens te falou, não é? - nós rimos.

- Ele mesmo.

- Aqui! — Gabriel entrou no quarto novamente entregando o jogo.

- Opá, valeu cara. — ele se levantou sorrindo. — Foi bom conversar contigo. — ele me encarou.

- Digo o mesmo.

- Agora deixa eu ir, antes que o Guilherme dê á loca!

Nós três rimos, enquanto Caio saia do quarto.

- Hummm...O que vocês conversaram? — Gabe perguntou se sentando ao meu lado.

- Ciúmes, Gabriel? — ergui uma sobrancelha.

- Não é ciúmes, só não quero que esses moleques façam algo para te magoar depois.

- Nada demais bebê, fica tranquilo. — beijei sua bochecha.

Ele sorriu e deitou sua cabeça nas minhas pernas, conversamos coisas banais durante um bom tempo.


– Clari, acorde!

A voz da minha mãe estava tão longe, eu não sabia se estava sonhando ou acordando.

Abri os olhos coçando-os, depois de alguns segundos que fui perceber que estava no quarto do Gabriel e o folgado estava entre as minhas pernas totalmente dormentes.

- O que foi, mãe? —á encarei.

- Vamos embora, já são cinco e meia.

- Sério? — me sentei devagar.

- Sim, ajude Gabriel a ficar no lugar certo e vá se despedir do Guilherme. Te espero na cozinha.

Dei alguns tapas de leve no Gabriel que murmurou algo que não entendi.

– Deita direito.

O mesmo se mexeu um pouco e subiu para cima se deitando ao meu lado, beijei seu rosto e me levantei, fui até seu banheiro e arrumei meu cabelo em rabo alto.                                      

Saí do quarto dele e entrei no da frente que era o do seu irmão, lá estava ele fofocando com Caio. O loiro não estava mais ali.

- Oi meninos, é rápido, só vim me despedir.

Fui até Guilherme beijando seu rosto.

- Já vai pirralha? — ele me abraçou forte.

- Sim, tenho que estudar um pouco. — fiz uma careta.

- Boa sorte. — ele riu e eu lhe dei um tapa.

- E você senhor Guilherme, trate de ir pensando em qual faculdade vai cursar, não quero que vire vagabundo. — o olhei séria.

- Ok, mamãe. — ele revirou os olhos. — falar, amanhã tem uma social no apartamento da Gabriela e da Daniela, e você irá comigo.

- Querido, eu sou amiga delas e já fui convidada desde a semana passada. — dei uma piscada.

- Havia me esquecido que vocês são três fofoqueiras natas.

- Vai se ferrar, Guilherme! — lhe dei um tapa na cabeça. — Bom vou indo, beijo.

Beijei seu rosto recebendo um longo abraço que me tirou do chão.

Segui até Caio e beijei seu rosto, ele sorriu simpático.

- Tchau fofoqueiros. — ri saindo do quarto.

- Vou te bater, Clarissa! — o histérico gritou lançando uma almofada na minha direção.

Peguei minha bolsa no quarto do Gabriel e fui até a cozinha onde minha mãe ria dos gritos que eu e Guilherme dávamos pelo apartamento.

Me despedi de Boris com um breve carinho e nós saímos, entramos no elevador da área de serviço e saímos pelo lado da quadra de esportes.   

Nos despedimos do porteiro e seguimos até o ponto de ônibus, que á aquela hora não estava tão cheio e isso é era um milagre. Depois de uns cinco minutos entramos no ônibus e seguimos até nossa casa que era um tanto que longe dali.

Ao chegarmos no terminal de ônibus ainda passamos no supermercado, pois minha mãe inventou de comprar algumas coisas e lá fomos nós voltar para casa com aquelas sacolas.

Quando chegamos deixei tudo na cozinha, beijei o rosto do meu pai que acabava de passar por mim pela sala e subi para o meu lindo e aconchegante quarto.

Deixei minha bolsa no puf e liguei o notebook, o deixei na cama e fui tomar meu banho.

Vesti uma camiseta branca cavada e um short jeans simples. Sequei meu cabelo e me se sentei na cama para ver o que acontecia nas redes-sociais.

Havia muitas solicitações de amizade pendentes no Facebook, um dos motivos é que meu perfil estava praticamente lotado, então aceitava somente o essencial. Duas me chamaram a atenção.

Caio Sherman. O amigo do Guilherme, e também o loiro safado, Tomás Campos.

Aceitei eles e mais algumas pessoas do colégio voltando a feed de notícias.

Caio havia acabado de postar uma foto no Instagram que era vinculado com o Facebook, tinha cento e vinte curtidas em dois minutos. A maioria dos comentários de garotas, claro.

Fui para a outra aba onde meu Instagram estava aberto, ele havia começado a me seguir.

Perseguição?

Comecei a seguir ele também, por ser uma pessoa legal. E também tirei uma foto para postar.

"Nighttt..."

100 likes  2min

@guilherme_c: Minha, minha e minha!

@gabriel05: bebê♥

Caio havia curtido também.

Deixei o notebook de lado e peguei os livros, precisava rever algumas coisas.

Depois de um tempo, com muita preguiça, fui até o notebook. O barulhinho do messenger havia me atrapalhado vindo até mesmo do celular

Ai.

***

A Filha da Empregada - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora