Capítulo 15

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CLARISSA FORTUNATO

Quando acordamos, tomamos banho rápido, vestimos a primeira roupa que vimos já que não estávamos com coragem para absolutamente nada. Tomamos café e colocamos as últimas coisas nos carros, nisso faltavam vinte minutos para as sete.

– Já se despediu da sua mulher, viado? - Guilherme perguntou ao Tomás que jogava sua mochila no porta-malas.

– É. Já sim. - ele coçou a nuca.

– Se apaixonou, querido? - perguntei sorrindo.

– Que nada, Clari. Para de idiotice.

– Aham, idiotice.

Ele apenas suspirou e se jogou dentro do carro do Guilherme. As meninas desceram e por último Gabriel fechou a casa.

Fomos da mesma forma que viemos, Caio não pediu para que eu fosse com ele e eu também não me ofereci para ir. Iríamos cada um para sua casa, pois todos estavam mortos.

No caminho só se ouvia as músicas reproduzindo e o barulho dos carros lá fora .Uns com sono, outros com ressaca e outros pensativos. Que era o meu caso.

Deixamos Tomás, logo depois Gabriela e eu passei para frente, para fazer companhia ao Guilherme até chegar à minha casa.

– E você e o Caio? - ele perguntou depois de um tempo.

– Não existe eu e o Caio. Somos apenas amigos.

– E o que rolou entre vocês dois nesse final de semana?

– Nós só ficamos, sem compromisso algum. Não vamos seguir com nada, a viagem já acabou tudo ficou em Santos. Agora eu sigo a minha vida e ele a dele.

– Ta bom, não comento mais.

– Obrigado. - suspirei aliviada - E você e a Gabi, voltaram mesmo, né?

– Sim. - ele sorriu abertamente - Voltamos e espero que não termine como da última vez.

– E não vai. Relaxa vai tudo da certo dessa vez. - pisquei.

– Você sempre apoiando a gente. - sorriu - Obrigado pirralha. - ele bagunçou meu cabelo.

– De nada, seu chato.

Nós rimos.

Tinha um pouco de trânsito, mais nada tão exagerado. Ao chegar em frente à minha casa Guilherme pegou minha mala e me entregou, me despedi dele e entrei.

Quando abri a porta da sala meus pais deram um pulo do sofá e vieram me abraçar.

– Calma gente, até parece que passei um ano sem ver vocês. - eu ri e eles também.

– Foi quase isso minha filha. - meu pai disse pegando minha mala e levando para o meu quarto.

– E ai, como foi a viagem? - minha mãe perguntou sorrindo, enquanto nos sentávamos no sofá.

– Foi...bom mãe, muito bom. - sorri.

– Hummm...e por que esse olhar meio tristonho então?

– Não estou triste, dona Kendra. - sorri - Apenas um pouco cansada.

– Então vá descansar filha, amanhã volta às aulas.

– É, eu sei. - me levantei beijando seu rosto - Vou subir, qualquer coisa me chame.

– Pode deixar.

Subi até meu quarto e fechei a porta.

Me joguei na cama, estava cansada e com muito sono, olhei no relógio digital que havia ali no criado-mudo e eram seis da tarde, depois disso apenas puxei a coberta, pois o tempo estava frio.

A Filha da Empregada - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora