Capítulo 09

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CAIO SHERMAN

Depois de levar Clarissa em casa, fui feliz para a minha.

Moro em uma cobertura com meus pais e até que era bom.

As portas de aço do elevador se abriram, me dando a visão do hall e a sala ao lado, tudo em silêncio. Subi para o meu quarto, precisava tomar um banho gelado, estava um calor dos infernos!

Sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura, fui até o closet e vesti uma cueca boxer azul marinho, voltei para o quarto e me joguei na cama.

Por mais que lutava contra, não tinha como tira - lá da cabeça. A loira era tudo, tudo e mais um pouco, só que eu não tinha tanta certeza se poderia rolar algo entre a gente além da amizade.

•••

O resto da semana se passou normalmente, não vi Clarissa, pois ela estava em semana de provas no colégio. Guilherme e Gabriela pareciam finalmente estarem se re-aproximando, mas mesmo assim ficavam fazendo cú doce. O que já estava me estressando, iria coloca-los em um quarto escuro durantes dias pra se decidirem logo. Não sou muito próximo do Gabriel, mas sabia que ele é gamado na Dani.

São seis e vinte cinco da manhã de sábado, e como na segunda-feira é feriado, nós marcamos de ir para a baixada Santista.

Minha família e a família dos moleques tinham casas por lá, então sempre íamos fazer uma bagunça.

Iriamos em dois carros; o meu e o do Guilherme. E quem iria? Nós dois, Tomás, Gabriel, Gabriela, Daniela e a linda da Clarissa.

Quando terminei de me arrumar, peguei minha mochila e sai do quarto. Encontrei minha mãe sentada em uma das cadeiras da sala de jantar, ela revirava a água que estava no copo.

– Bom dia mãe. - beijei sua testa, ela sorriu.

– Bom dia meu filho, já vai?

– Sim, vamos ir cedo. Queremos evitar muito trânsito.

– Ah, sim! Boa viajem amor, qualquer coisa ligue.

– Pode deixar, e a senhora se acontecer qualquer, mais qualquer coisa me ligue mãe.

– Vá tranqüilo querido, e ligarei sim.

– Ok, tchau. Eu te amo.

– Eu também te amo amor.

Valéria Sherman era á unica pessoa no mundo que eu tinha total segurança de dizer um eu te amo.

Em meus dezoito anos, já namorei duas vezes e nunca cheguei a falar isso, só um também.

Apertei o botão do elevador, entrei e desci até o primeiro sub-solo. Fui até meu carro, joguei a mochila no porta-malas e entrei, iria até o prédio dos moleques. Todos iriam se encontrar lá em frente, já pra não enrolar.

Quando cheguei, vi que todos já estavam reunidos em frente a portaria. Estacionei e desci seguindo até eles.

– E ai, pessoas!

Cumprimentei os moleques com um toque, e as meninas com um beijo no rosto.

– Fala viado! - Guilherme disse - Bom para não perdermos tempo, já sei a ordem: Gabriela, Clarissa e Gabriel irão comigo. E com você irão, Tomás e Daniela.

– Ah! Mais eu queria ir com o Gabe. - Dani fez bico, o abraçando.

– Espera ai, assumiram o namoro? - perguntei, rindo.

– Não estamos namorando, mas quase lá. - Gabriel piscou para ela, que mais parecia que iria derreter.

Casais, éca!

A Filha da Empregada - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora