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Pov Marília

De manhã seguimos para os banheiros fazer nossa higiene, Lauana e Roberta agiam como se nada tivesse acontecido e eu agradecia por isso, tirei minha roupa e entrei em um dos box, vi uma mulher morena querer entrar comigo e eu me vi desesperada.

— Oi loirinha, é nova aqui? Amo carne nova. – Ela falou com uma voz nojenta.

— Deixe ela em paz Janete, se mexer com ela tá mexendo comigo entendeu? – Roberta falou me defendendo, parece que eu e Roberta fomos da água pro vinho.

— Desculpa aí loira, não sabia que era sua protegida. – Ela falou pra Roberta e saiu, Ro entrou no box comigo e ligou o chuveiro, eu fiquei a encarando.

— Que foi? – Ela falou me olhando.

— Não é nada. – Afastei ela pro lado e entrei em baixo do chuveiro, tomamos banho se revezando, mas sem nenhum contato íntimo.

Vi Roberta engolir em seco quando a policial loira dos olhos verdes passou fiscalizando se estava tudo certo nos vestiários, ela parou em frente ao nosso e encarou Roberta, parecia furiosa, quase soltando fogo pelas ventas. Vermelha de raiva.

— Alvez me acompanhe. – Ela falou seco e Roberta automaticamente pegou a toalha e saiu com ela. Eu peguei minha toalha também e fui me trocar, não sabia onde Lauana estava. Depois fui para o refeitório tomar café da manhã, varri o olhar pelas mesas e não encontrei nem Roberta nem Lauana, sai andando pelas mesas, até que vi Maraisa sentada sozinha em uma mesa tomando uma xícara de café enquanto mexia no celular.

— Posso sentar aqui? – Falei e ela desviou a atenção do celular para mim.

— Claro, fique a vontade. – Ela falou e eu me sentei, era estranho eu me sentir bem na presença dela, sendo que ela era uma policial, não só uma policial, mas sim, uma delegada. Comecei a comer meu café da manhã silenciosamente.

— Como está sua relação com Roberta e Lauana? – Ela falou cortando o silêncio e eu me lembrei do que eu, Roberta e Lauana fizemos ontem, será que ela viu? Arregalei meus olhos em desespero, puta merda.

— Bem! – Foi tudo que eu falei, ela me encarou e voltou a mexer novamente no celular.

— Todas aqui tem uma função Marília, consegui deixar você com Lauana, todas as tardes vocês vão pegar as roupas sujas e vão na van deixar elas nas lavadeiras a alguns quilômetros daqui. – Ela disse sem me encarar.

— Com algum policial?

— Não vocês vão sozinhas, mas nem fique feliz, sem chances de vocês fugirem. – Ela disse e eu ouvi um barulho no refeitório, tinha fumaça para todos os lados, e pessoas gritando.

— O que tá acontecendo? – Falei e senti a mão de Pereira segurar a minha e sair me tirando daquele lugar.

— Rebelião, vamos sair daqui. – Ela falou tirando a arma da cintura e eu saí correndo atrás dela. Quando chegamos em um corredor ouvi passos de várias pessoas correndo e com gritos que pareciam de guerra. 

— E agora Carla?

— Entra aí. – Ela falou abrindo uma portinha vi um cômodo minúsculo onde as faxineiras guardava as vassouras.

— Maraisa não cabe nós duas aí dentro.

— Entra logo Mendonça. – Ela falou me empurrando para dentro, eu entrei e ela entrou em seguida ficando quase abraçada a mim, ouvi os passos mais próximos e respirei fundo. Dentro daquele lugar não dava ao menos para me mexer, e Maraisa colada em meu corpo não estava ajudando em nada, o perfume dela era magnífico, abaixei um pouco minha cabeça mais na altura do pescoço dela para sentir melhor aquele cheiro, caralho que vontade de beijar esse pescoço.

— Caralho que calor. – Falei sentindo meu corpo queimar dentro daquele espaço.

— Fica quieta. – Ela disse.

— VAMOS PROCUREM AQUELA DELEGADA, ELA TA POR AQUI. – Ouvi uma voz feminina, levei minha mão até a cintura de Maraisa e apertei, ela encostou a testa no meu peito.

— Você tá se aproveitando Mendonça. – Ela falou baixinho, a voz rouca, quase inaudível.

— Porque tem me assistido Pereira?

— É meu trabalho.

— Tem certeza? – Falei e baixei minhas mãos até a cintura dela. 

— Marília não faça isso. – Ainda dava pra ouvir passos do lado de fora, eu e ela conversávamos quase em sussurro.

— Me deixa te beijar.

— Não. – Ela falou e eu apertei a bunda dela por cima da calça jeans que ela usava.

— Marília eu vou te matar.

— Isa...

— Isso é errado.

— Você quer.

— Eu não quero, pare de se aproveitar do meu corpo. – Eu afastei minhas mãos dela e parei com as provocações.

— Caralho que lugar quente, eu não tô aguentando. – Eu disse baixo, Maraisa pisou em uma vassoura se desconcentrando o corpo ficou ainda mais colado ao meu, e eu levei minhas mãos novamente a cintura dela.

— Me desculpe.

— Porra... – Eu falei próximo ao ouvido dela, deslizei minhas mãos para dentro da camisa dela e passei as mãos alisando aquela barriga, que mulher gostosa, dessa vez ela não revidou e eu continuei, era como se eu quisesse conhecer aquele corpo, subi as mãos até os seios e toquei lentamente, sutiã de bojo, parece ser de renda. Ela apoiou as mãos na minha cintura parecia gostar do que eu estava fazendo, fui mais ousada e desabotoei a calça dela, enquanto dei um beijo no pescoço, percebi Carla engolir em seco, entrei dentro da calça dela com minha mão e massageei o clitóris por cima da calcinha.

— Maraisa aonde você tá? – Me assustei, mas percebi que era o rádio rádio chamado e ela pareceu acordar, pois tirou rapidamente minha mão daquele lugar.

— Oi Luísa, tô no armário de vassouras do corredor, com uma detenta tem pessoas circulando por aqui atrás de mim.

— Vou mandar uma equipe te buscar. Espera, com uma detenta?

— Te espero. – Ela falou e desligou, abotuou a calça e ajeitou a camisa.

— Isso não deveria ter acontecido Marília.

— Não aconteceu nada.  

— Isso mesmo. – Ela ficou calada, logo apareceu um grupo de policiais e a gente pode sair daquele espaço apertado. A prisão estava toda bagunçada, percebi que Maraisa tava me levando pra minha cela novamente e não demorou a chegarmos.

— Aqui você tá segura, logo suas companheiras vai estar aqui. – Ela falou e fechou a porta.


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A Delegada (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora