Pov Marília
Sai pela cidade com Lauana, quando estava chegando perto do apartamento de Carla, tive uma péssima ideia.
— Lau, quebra uma pra mim.
— O que você quer Lila?
— Me deixa em frente ao prédio da delegada, na volta você me pega. – Falei e vi o olhar de reprovação de Lauana, era arriscado o que eu queria fazer? Sim, mas eu precisava.
— Você é louca? O que você quer no prédio da delegada Lila?
— Vou até o apartamento dela.
— Não vou permitir que você seja tão burra a esse ponto, quase fomos parar na solitária ontem.
— Vamos Lau, por favor eu preciso vê-la.
— Você tá afim dela não é? Lila, ninguém nunca encostou um dedo naquela mulher!
— Ótimo, vou ser a primeira.
— Você sonha muito alto, e vai acabar ganhando não só um fora, como mais anos na sua pena por invadir a casa dela, e por estar se aproveitando do seu trabalho pra fazer coisas pessoais aqui fora.
— Preciso arriscar.
— Depois não diga que eu avisei. – Ela falou parando o carro no prédio.
— Sabe qual o apartamento dela?
— Único da cobertura. – Ela falou e eu sorri.
— Te amo Prado! – Sai correndo para dentro do prédio, e agora que percebi que eu estava com trajes de presa, você é realmente maluca Sina. O olhar de um segurança caiu em mim, caralho como diabos eu vou chegar no apartamento dela?
E o pior que eu nem sei se ela realmente tá aqui. Sai andando em direção a um banheiro que vi, na porta do banheiro percebi que levava a escada de emergências. Olhei para cima e engoli em seco, subir até o último andar por causa de uma mulher, isso vale mesmo a pena? É a Carla, então vale, olhei se não tinha ninguém me observando e sai subindo as escadas, na metade eu já estava morta, parei e respirei fundo, vi uma porta, e resolvi abrir, não aguento mais subir degraus, vou chamar o elevador, sai e olhei no corredor, não tinha ninguém graças a Deus, chamei o elevador e fiquei esperando, logo ele chegou, quando abriu também estava vago, apertei pro último andar e fui subindo, bem mais fácil, logo estava no topo, quando a porta abriu dei de cara com uma porta única, toquei a campainha e me abaixei para que ela não me visse pelo olho mágico, espero que ela esteja em casa.
Para minha surpresa ela estava sim em casa, quando abriu a porta eu rapidamente me levantei e tapei a boca dela com a mão, a levando para dentro do apartamento e fechando a porta, ela estava com os olhos arregalados assustada.
— Oi Carlinha. – Falei soltando ela e analisei as vestimentas que ela estava, um vestido branco curto de alça, o tecido com certeza era seda, e para melhorar ela ainda estava sem sutiã, o cabelo solto, pés descalços, sem maquiagem, maravilhosa.
— Marília, o que diabos você faz no meu apartamento? – Ela falou ainda assustada.
— Estava passando por perto e resolvi conhecer onde você mora
— O que você fez é invasão de domicílio, eu vou te levar de volta.
— Qual é Isa? Não está feliz em me ver? – Olhei para o centro e ela tava comendo pizza e vendo série.
— Você é uma detenta Marília, tem noção do que você ta fazendo? – Ela falou com as mãos na cintura e eu achei adorável, me joguei no sofá e peguei um pedaço da pizza, coloquei meus pés no centro e fiquei vendo a série que ela tava assistindo, quase me engasguei com o pedaço de pizza quando vi que tava passando uma cena de sexo lésbico, caralho ela tá assistindo Orange is the new black.
— Caralho Carla. – Falei desviando meu olhar pra ela.
— Como diabos você chegou aqui Marília? Você é folgada pra caralho, pare de comer minha pizza. – Ela se aproximou pegou o controle e desligou a televisão.
— Que legal, você sabe xingar, e a comida da prisão é horrível, já comeu aquilo?
— Nunca fiz nada errado pra ser presa, então não. – Ela respirou fundo sentou do meu lado no sofá e pegou um pedaço da pizza comendo também.
— Nem eu, não sei porque você mandou me prender. – Eu falei com deboche e comecei a rir, enquanto isso ela continuava a me observado sem esboçar nenhuma reação.
— Marília, vai embora daqui, espera, você tá com a pulseira, eu não acredito que você saiu durante seu trabalho.
— Preferia que eu tivesse fugido? Eu também Maraisa, que tal você liberar isso do meu braço?
— Nem fodendo.
— Tá afim de foder?
— Marília, eu vou ligar pra delegacia e mandar alguém vir te buscar.
— Qual é Isa? Só vim te visitar, Lauana já vai passar aqui pra me pegar novamente, sua boca tá suja, bem aqui. – Falei mostrando na minha o local que estava sujo na dela, ela passou a mão limpando, obvio que eu estava mentindo e não tava nada sujo.
— Saiu? – Ela falou passando a mão seguidas vezes.
— Espera. – Passei a minha mão no canto da boca dela e me aproximei rapidamente passando minha língua lentamente no local. — Agora sim. – Falei e ela ficou me encarando, Carla me puxou pela camiseta e colou nossos lábios em um beijo faminto, eu me deitei por cima dela e enfiei minha língua dentro daquela boca, na qual foi muito bem recebida, Maraisa parecia com fome da minha boca, ela tinha um beijo agressivo e possuidor, coloquei minha mão na cintura dela e apertei por cima do tecido de seda, enfiei minha mão naquele cabelo bem cuidado e o puxei fazendo pressão na nuca.
Encerrei o beijo com uma mordida e ela me olhou com os olhos dilatados.
— Obrigada pela comida Isa, vou passar aqui mais vezes. – Me levantei do sofá e fui embora, ela permaneceu lá deitada no sofá e eu não olhei para trás.
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A Delegada (Malila)
Historical FictionEM REVISÃO Marília Mendonça roubava para sobreviver, em um desses roubos, acabou sendo pega pela polícia e agora estava nas mãos da delegada Carla Maraisa. 🥇#1 em Lésbicas 20/06 🥇#1 em Malila 22/06 🥇#2 em Malila 19/06 🥇#1 em Lésbicas 11/08 ADAP...