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Pov Marília

O beijo doce, calmo, e suave de Maraisa era sem dúvida meu ponto fraco, começamos o beijo apenas em um tocar de lábios sem língua, parecia um beijo apaixonado, e para mim era exatamente isso, beijar a mulher que me fez descobrir o sentido de amar. Eu amo a Carla Maraisa.

O que era apenas dois lábios se movendo em sincronia foi ganhando vida, uma das mãos de Maraisa estava em minha cintura e a outra no meu rosto em um toque suave, senti Carla me puxar mais para ela e enfiar a língua na minha boca, meu corpo reagiu de imediato com um arrepio, o beijo foi ficando quente de tirar o fôlego, ela cortou o beijo apenas para tirar minha blusa e jogar em qualquer lugar. Ouvi um barulho na porta e me separei de Maraisa imediatamente.

— Eu não acredito que o mundo tá se acabando lá fora e vocês tão transando. – Roberta falou nos olhando indignada com os braços cruzados.

— A gente não tava transando. – Maraisa falou se defendendo.

— Estava examinando a língua e o corpo da Marília, Carla? Tá tudo certo com ela? – Roberta falou com deboche.

— A sim, tudo uma delícia como sempre. – Maraisa falou e desfilou o olhar pelo meu corpo.

— Cada coisa que eu sou obrigada a ver, se vista Mendonça, vamos logo. – Roberta falou e saiu, peguei minha blusa no chão e vesti, depois segurei na mão de Maraisa, saímos andando atrás de Roberta.

— Minha Segurança? – Disse Maraisa com um sorriso bobo.

— Sua namorada. – Respondi e dei um beijo no rosto dela.

— Assim? Sem pedido?

— Sou uma bandida Carla, eu não peço nada, apenas pego pra mim. – Disse piscando o olho e ela me deu um tapa.

— Vou colocar isso na sua ficha criminal.

— Coloca na sua, roubo a um coração também. – Falei e roubei um selinho dela.

— Porque é estranho quando você fala algo fofo? – Maraisa falou e eu ri alto.

— Vai se ferrar Carla.

Roberta abriu uma porta no fim do corredor e entramos, os tiros continuavam na janela, mas dessa vez com menos intensidade.

— Eles não cansam? Ficar atirando sem parar contra essa janela é inútil. – Maraisa falou enquanto andava até a janela e
observou lá fora.

— Emilly chegou, ela deve tá posicionado pelos arredores. – Lauana falou parada do lado de Maraisa.

— O que ela é? – Disse Carla.

— A melhor atiradora que eu já tive a honra de conhecer. – Prado falou com orgulho.

— Não vai ser difícil ela achar o cara da metralhadora. – Falei e no mesmo segundo a metralhadora parou de atirar.

— Acho que ela já achou. – Alvez respondeu.

— Droga, a polícia chegou, o atirador vai ver a polícia e vai embora. – Lauana falou e eu olhei para fora, tinha ao menos uns 20 carros de forças armadas chegando.

— Cadê o presidente? – Perguntei olhando ao nosso redor.

— Ele está... CADÊ O FILHA DA PUTA? – Roberta falou um pouco desesperada.

— Não é possível, ele estava aqui até agora. – Disse Lauana com os olhos arregalados.

— Vamos procurar ele. – Maraisa falou e tirou a arma da cintura ativando o gatilho.

— Hijo de puta. Se ele tiver escondido por aí eu vou enfiar esse pedaço de madeira no olho do cu dele. – Roberta falou arrancando um enfeite da parede para servir de arma e eu ri alto.

— Alvez ele está solteiro agora, vai que é tua. – Falei e Lauana caiu no chão de tanto rir.

— Marília parece que eu vou enfiar esse pau é em você. – Roberta falou apontando o enfeite para mim e eu caí no chão junto com Lauana rindo.

— Eu não acredito que vocês tão fazendo piadas com a morte da primeira dama e rindo enquanto o presidente desapareceu. – Maraisa falou brava, eu e Lauana fomos se recuperando, sequei as lágrimas e me levantei.

— Desculpa, vamos procurar o velho. – Abri a porta e seguimos no corredor, Maraisa estava na frente pois estava com uma arma, saímos abrindo porta a porta, no fim do corredor fomos surpreendidas com uma porta se abrindo, Carla apontou a arma e o presidente saiu dela.

— Trump? – Disse Maraisa, o velho saiu do banheiro secando o suor e um péssimo odor saiu lá de dentro.

— Meu Deus, morreu algum animal aí
dentro? – Roberta falou abanando o nariz.

— O que vocês tão fazendo aqui? – Trump falou constrangido.

— Achamos que tinha algo errado com o senhor, já que desapareceu da sala. – Disse Carla com uma carinha engraçada.

— E realmente tinha. – Lauana falou baixo e coçou o nariz.

— Podemos sair daqui? – Falei e Roberta me olhou, percebi ela segurando uma risada e desviei minha atenção.

— MÃOS PARA O ALTO. – Falou um cara, quando me virei percebi que era os caras do FBI.

— Somos inocentes, estamos com o presidente. – Disse Maraisa com as mãos para o alto, nunca pensei em ver Maraisa nessa situação.

— Delegada Pereira? Abaixem as armas. – Um dos agentes do FBI falou.

— Fomos alvos de um tiroteio, a primeira dama morreu com um tiro aparentemente de um fuzil de precisão. – Maraisa falou para o cara parado a nossa frente, atrás dele tinha mais uns dez homens.

— Vocês estão bem? Que cheiro é esse? – O homem falou olhando em direção ao banheiro.

— Será que podemos sair daqui por favor? – Roberta falou angustiada.

— Roberta Alvez? Lauana Prado? Marília Mendonça? O que essas mulheres fazem fora da prisão delegada Pereira? Ou melhor, o que essas mulheres fazem na casa branca? – O agente falou e eu engoli em seco.

— É uma longa história, talvez você não goste muito agente Marcos. Irei te contar com calma e explicar os fatos, mas te garanto que elas estão aqui legalmente, e o própria presidente as convidou. – Maraisa
falou nos defendendo.

— Alguém matou um dos bandidos, o corpo está em frente a casa, agora vamos fazer a vistoria na casa e entender o que aconteceu com a janela, e fazer toda a investigação. Sinto muito por sua perca senhor presidente. Pereira me acompanhe. – O agente falou e Maraisa saiu andando ao lado dele.

— Acho que não temos mais nada para fazer aqui. – Roberta falou e passamos pelos homens do FBI que apenas nos olhavam.

Eu, Lauana e Roberta saímos da casa branca, entramos no nossos carros e fomos embora, podiam ter começado esse tiroteio apenas depois do jantar, estou faminta.







Tem muita coisa ainda pra acontecer... se preparem e aguentem o coração.

A Delegada (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora