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Pov Marília

Estava sentada conversando com Henrique, quando vi Roberta, Lauana e uma moça desconhecida entrando. Logo Henrique se levantou sacando uma arma, a moça que estava com Rô fez apenas um movimento e tomou a arma dele ela tirou o pente e colocou no bolso, já a arma ela jogou para trás como se fosse um brinquedo.

—Ladrão Nutella. – Lauana debochou dele e se jogou no sofá, enquanto Roberta abria a geladeira e pegava uma cerveja.

— Lila quem é elas? – Henrique falou quando eu percebeu que eu conhecia elas.

— Roberta e Lauana, elas foram soltas comigo para salvar o filho do presidente.

— São três garotas Marília. – Ele falou apontando pra última que eu não conhecia, devia ser a tal Emilly.

— Que blá blá blá, sou Emilly garoto, me dá uma cerveja dessas Rô – Ela falou e Roberta jogou uma garrafa, a menina colocou a garrafa na boca e abriu com o dente.

— Lila preciso da sua ajuda. – Roberta falou se sentando na mesa que eu e Henrique estávamos discutindo sobre alguns roubos que pensávamos em fazer. — Estão querendo roubar um supermercado? Que brega. – Ela falou fazendo careta olhando para os papéis que tinha na mesa.

— O que você quer Rô? Já tem alguma pista que podemos seguir? – Falei tomando o papel da mão dela e guardando em uma gaveta.

— Vamos roubar uma carga hoje, tá afim de um roubo de verdade?

— Caralho vocês roubam caminhão? – Henrique falou encarando Roberta.

— Vamos marcar de roubar um de fraudas pra você bebezão. – Roberta falou debochando e Henrique fechou a cara.

— Eu não sou um bebezão.

— Tá bom, você vai com a gente. – Roberta
falou e eu ouvi Rique comemorar.

— Você sabe que Carla vai pirar se ela souber não é? – Falei e Alvez riu.

— Não se preocupe, ela vai saber, vamos usar os carros da polícia.

— Roberta, você é louca? Esses carros com certeza estão cheios de rastreadores e de câmeras. 

— Eu quero que Maraisa assista nosso show. – Ela falou fazendo um brinde com a cerveja no ar e bebendo.

— Fale o plano. – Disse me sentando em cima da mesa.

Horas depois

Estava no carro com Roberta, enquanto Henrique estava com Lauana, e Luiza com Emilly, foi difícil convencer Rosa a nós deixar sair para fazer esse roubo, mas conseguimos, íamos roubar uma carga com 10 milhões em barras de ouro.

— O que você tem com a delegada Lila? – Roberta falou enquanto fumava um cigarro.

— Como assim? – Fingi desentendimento.

— Vamos lá Lila, você encara demais a Pereira, e você não a odeia.

— Só acho ela bonita.

— Fodeu ela enquanto estava na solitária?

— Não Roberta, por Deus, nunca fiquei com ela.

— Eu vou fingir que acredito.

— E você e Luísa?

— Carla que te falou? Amo fazer sexo com ela, mas estamos afastadas desde que eu transei com você e a Lau. – Ela falou abatida e sem entusiasmo nenhum.

— Sinto muito por ter estragado seu relacionamento. – Estávamos no meio de uma estrada deserta, as únicas luz que tinha era dos nossos três carros, ou melhor, os três carros da polícia, até que percebi a chegada de outro carro esportivo.

— Rô tem outro carro se aproximando, será que é a polícia? – Falei já temendo voltar pra cadeia antes de ter a chance de sair.

— Sabia que ele não ia me abandonar. – Roberta falou sorrindo, o carro ficou emparedado com o nosso, acenderam uma luz dentro do carro, olhei melhor para ele era um rapaz de cabelo castanho, parecia bonito.

— Precisando de ajuda maninha? – Ele falou alto para a gente conseguir ouvir.

— Sabia que você iria vir Vieira você não dispensa uma grana fácil. – Roberta falou e percebi o garoto sorrindo. Ele apagou a luz e acelerou o carro, Roberta fez a mesma coisa, o meu coração tava na mão e meu toba trancou junto.

— Quem é ele? – Perguntei curiosa.

— É a nossa pista da JAGUAR.

Fiquei calada apenas observando Roberta dirigir perfeitamente, não demorou a gente encontrar nossa presa, o caminhão seguia bem na nossa frente.

— Pronta Mendonça? Você só precisa soltar a carga, Henrique e Luiza já vão ter colocado os cabos de aço, seja rápida, está com a ferramenta?. – Roberta falou e eu apenas concordei com a cabeça, eu prendi a máquina para me ajudar a soltar a parte da carreta na minha calça, e me posicionei na janela para sair do carro, subi no teto e passei para o capô.

Na parte traseira do caminhão tinha uma pequena escadinha, Roberta aproximou o carro o máximo que pode, dei um pulo e consegui me segurar na escada, subi em cima do caminhão e segui para o meu dever, não deve ser tão difícil assim soltar isso. Percebi Luiza e Henrique pulando atrás de mim.

Desci com cuidado até onde ficava o encaixe das duas carretas, me apoiei e liguei a máquina, parecia uma espécie de maquita bem mais avançada, o esperado é que eu demorasse um minuto pra conseguir soltar isso, espero que eu consiga.

O caminhão balançava de um lado para o outro e isso não estava me ajudando em nada, acho que o motorista percebeu que estava sendo roubado, já que tem quatro carros na cola dele, vi o carro de Kelvin passar ele deve estar tentando atrasar o motorista, vi outro carro do meu lado e dessa vez era Roberta.

— VAMO LILA, VAI. – Roberta me apressou.

— ESTOU QUASE CONSEGUINDO. – Gritei e bem na hora a carga se soltou, fiquei segurando apenas em um ferro.

— ISSO LILA! – Roberta comemorou, olhei para a frente e a parte da carreta estava sendo levada pelo carro de Lauana e de Emilly. Agora era a parte mais difícil, voltar para o carro.

— ROBERTA EU NAO VOU CONSEGUIR. – Falei com medo.

— CONSEGUE SIM, VOU ENCOSTAR O MÁXIMO QUE EU PODER E VOCÊ PULA. – Ela veio com o carro de frente, da mesma forma que tinha posicionado quando eu fui passar pro caminhão, eu podia ter ouvido a Rosa, se eu morrer quando encontrar com Rosa no céu ou no inferno ela vai falar " EU TE AVISEI SUA BURRA".

Para piorar o caminhão continuava balançando de um lado para o outro, esse filha da puta, que seja o que Deus quiser, medi o pulo e me joguei.





Morreu, mas passa bem. 🤡👍🏻

A Delegada (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora