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Pov Marília

Entrei no carro de Lauana, eu realmente precisava conversar com ela, ainda não tinha aceitado o fato dela estar com Rosa.

— Que é Marília? Para de me encarar tô ficando nervosa. – Ela falou sem desviar o olhar do trânsito. 

— Ainda não aceitei você e Rosa.

— Se você não tivesse tão boiola pela Carlinha iria achar que estava com ciúmes.

— Não estou boiola pela Carla. – Falei e Lauana enfim desviou a atenção do trânsito para mim, ela me jogou um olhar de diversão e focou a visão no trânsito novamente.

— Nem você acredita nisso Lila. Mas se quer tanto saber, me interessei pela Rosa ela é magnífica.

— Se você machucar ela, vai se ver comigo.

— Tá, isso não me assustou, mas não se preocupe.

Passei o resto do trajeto até a garagem calada pensando um pouco em tudo, minha vida deu um salto mortal eu mexia apenas com pequenos roubos e vivia uma vida considerada normal, agora estou fodidamente apaixonada por uma maldita delegada e mexendo com gangues pesadas.

Quando chegamos a garagem, já era umas 8 horas da manhã, eu estava exausta.

— Sua namorada me estressa Marília. – Roberta falou assim que desceu com mal humor.

— Ela não é minha namorada.

— Iihhh Lau, parece que nossa garota teve problemas no paraíso, Carlinha ficou pistola que tu deu uma volta no carro dela? – Roberta falou com diversão.

— Maraisa brava fica parecendo um pinscher, cuidado pra ela não morder sua canela Lila. – Prado falou e começou a rir acomopanhada de Alvez, não aguentei e comecei a rir também.

— Deixem ela cara, ela é sexy brava.

— Modéstia parte ela é sexy de qualquer forma Lila, vale a pena dormir com o inimigo. – Roberta falou e deu duas tapinhas nas minhas costas e entrou na garagem com Lauana.

Entrei também e a primeira coisa que vi foi Maiara em frente a um computador como sempre, me peguei olhando melhor para ele, eu não fazia ideia de como ela foi parar na rua, quando eu a conheci, ela já era toda trabalhada na tecnologia, tinha uns 14 anos.

— Mai qual seu sobrenome? – Falei parando atrás dela.

— Wang.  – Ela respondeu sem dar importância.

— Não estou falando do sobrenome que
você falsificou nos documentos Mai, seu sobrenome de verdade.

— Eu não sei Lila.

— Como você foi parar na rua? O que aconteceu com seus pais?

— Não lembro bem, eu tinha apenas 4 anos, eu me perdi deles. Porque está interessada nisso agora? – Ela falou e enfim se virou para mim.

— Apenas fiquei curiosa. Você não lembra o nome deles? Ou se tinha irmã? Irmão?

— Não, não lembro, também não me importo mais com isso, e eu acredito que eles também não, já faz mais de 15 anos que isso aconteceu, talvez nem lembrem mais de mim.

— Mai porque você nunca foi em alguma delegacia? Você pode estar naquelas listas de criança desaparecidas.

— Quando eu me perdi um casal me adotou, eu era muito criança não fazia ideia de nada disso, eles me deram comida, pagaram professora particular para me dar aulas, brinquedos, e uma vida legal, além de uma família, com um tempo eu nem lembrava mais que tinha me pedido da minha família, até que o casal que me adotou morreram, a casa pegou fogo e eu consegui sair pela janela do meu quarto era primeiro andar, eu passei pela janela e fugi pelo telhado, eu não tinha nada que comprovasse que eu era filha deles, então eu fui pra rua novamente, até encontrar você.

A Delegada (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora