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Pov Marília

Apenas medi distância e me joguei em cima do carro, a pancada não foi nada honesta comigo.

— AHHH PORRA. – Gemi de dor, procurei onde me segurar, e Roberta realmente não estava afim de me ajudar, ela fez a porra de um drift para fazer o retorno e meu corpo foi jogado pro lado. — VAI SE FODER ROBERTA. CARALHO.

— VEM ENTRA LOGO MENDONÇA. – Ela falou, eu tentei me ajeitar, segurei na porta do carro e me enfiei pela janela.

— Filha da puta, eu poderia ter morrido agora Roberta.

— Larga de drama Mendonça, chegou a segunda parte, se a gente for esconder o dinheiro com esses carros, Maraisa vai rastrear e vai prender nossa grana.

— Certo, eu vou pegar um carro que está Emilly, depois vamos pra onde?

— Pra sua garagem.

— Sério?

— Sim. – Roberta se concentrou na estrada, logo encontramos os carros pretos parado perto de dois carros esportivos, percebi que um era do cara que estava com a gente no roubo, Lauana e Emilly desceram e colocaram os cabos de aço preso nos outros dois carros, logo foram embora, bem normal ver dois carros puxando uma carreta. Entrei no carro da polícia que estava Emilly junto com Henrique, Lauana estava com Luiza e Roberta sozinha, seguimos com os três carros para nossa garagem.

Quando chegamos encontrei Rosa, Jessie e Maiara sentados no sofá velho.

— Deu certo? – Disse Rosa.

— Obvio morena, eles estavam com a gente. – Lauana falou piscando pra ela, percebi Rosa sem graça.

Fui até a geladeira pegar uma cerveja, joguei uma pra Lau e uma pra Rô.

— Foi um sucesso, eu quase morri, mas passo bem. – Falei mostrando meu abdômen que tava com uma baita marca feia da pancada que tomei tentando voltar pro carro.

— Caralho Lila, tu é burra pra caralho. – Roberta falou rindo, se joguei no sofá.

Ficamos em uma conversa animada, até que percebi uma invasão na nossa garagem, parece que a estressadinha já ficou sabendo da nossa pequena aventura.

— VOCÊS SÓ PODEM ESTAR BRINCANDO COM MINHA CARA. – Carla falou brava.

— Isso é jeito de invadir minha casa Maraisa? – Falei me levantando e seguindo para próximo dela.

— O que essa garota quer Lila? – Roberta falou sem nem ao menos olhar para Carla.

— Tá se divertindo Mendonça? – Ouvi a voz de Luísa e gelei quando senti um cano gelado na minha cabeça.

— EU VOU LEVAR VOCÊS DE VOLTA AGORA MESMO. – Disse Maraisa e olhou ao redor, Jessie, Luiza, Maiara e Henrique já tinham sumido, sobrando apenas Rosa, Lauana, Roberta e eu.

— LILA DA PRA MANDAR SUA NAMORADA CALAR A PORRA DA BOCA? – Roberta falou se levantando e se virando pra cena.

— Da pra mandar a sua tirar essa arma da minha cabeça? – Falei e senti Sonza dando um soco na minha barriga bem em cima do machucado.

— OWWW Filha da puta. – Falei com a mão na barriga e cai no chão com a dor.

— CADÊ O DINHEIRO MENDONÇA? – Pereira falou próximo a mim.

— Eu não sei, aí... – Parei pra gemer de dor.

— Do que você ta falando porra.

— Vamos Marília, vou dá um chute na sua barriga se você não falar. – Ela falou medindo o chute.

— Tá louca Carla? – Falei e senti o pé dela colidir com minha barriga.

— AAAAAH VAI SE FODER PORRA. – Falei e cuspi sangue que veio parar na minha boca.

— TA LOUCA MARAISA? NÃO TA VENDO QUE ELA TA MACHUCADA. – Roberta falou dando um empurrão em Carla.

— SOLTE ELA ROBERTA. – Luísa falou mirando o revólver para Roberta, que apenas segurou ela pelo pescoço e a puxou encostando as bocas, e dando um beijão nela, Luísa na hora se derreteu e perdeu a pose de policial.

— Deixe eu ver sua barriga meu amor. – Disse Rosa levantando a minha camisa e se deparando com um enorme hematoma.

— Tá muito feio?

— Só um pouco roxo, será que você não machucou algum órgão? – Rosa falou tocando delicadamente no local. Roberta sumiu com Luísa, já Carla estava parada na minha frente me observando, ela se virou e foi embora.

— Fodeu ela mal assim para ela te dar um chute desses Mendonça? – Any falou rindo e me ajudando a levantar.

— Ou fodi bem demais né Lau? – Falei piscando pra Lauana que se engasgou com a cerveja. Me sentei no sofá e Rosa me entregou um remédio, um tempo depois fez efeito, vesti minha camisa e peguei a chave do carro.

— Onde você pensa que vai? – Disse Rosa.

— Vou pegar alguém Rosinha, não se preocupe. – Dei um beijo na testa dela, vesti minha jaqueta e sai com o carro, no caminho passei em frente a uma floricultura, era quase 5 horas da manhã, essa galera acorda cedo, comprei um buquê de rosas vermelhas, ela me dá um chute e eu dou flores, ainda dizem que bandido que é sem coração.

Segui para o prédio dela, dessa vez não vou subir pelas escadas nem fudendo. Assim que pisei no prédio uns três seguranças ficaram me observando, parece que eu vou sim pelas escadas. Forcei um engasgo e sai em direção ao banheiro, passei alguns minutos lá dentro, quando sai os seguranças não estavam mais olhando em minha direção, corri pelas escadas, na primeira porta que encontrei abri e chamei o elevador. Logo estava em frente a porta dela, toquei a campainha e coloquei o buquê de flores na frente do meu rosto, ela devia tá dormindo, era bem cedo, mas eu insisti, na primeira tentativa ela não apareceu, toquei a campainha novamente, ela não atendeu novamente, porra, toquei de novo, e de novo, e de novo, estava quase desistindo quando percebi a porta abrindo e uma Carla com cara de sono coçando o olho aparecer na minha frente.

— Bom dia Isa. – Falei e ela olhou para mim, depois para as flores.

— Não acredito que é você. – Ela falou brava, deu um soco no buquê e as flores caíram no chão. — Vai se fuder Marília, muita coragem sua aparecer na minha casa depois do que vocês fizeram.

— Olha, estávamos sem dinheiro, o dono daquela carga tava devendo dinheiro a Roberta, ela só foi pegar o que era dela.

— O QUE VOCÊS FIZERAM FOI UM ROUBO, E COM OS CARROS DA POLÍCIA. – Ela falou e tentou fechar a porta, joguei meu corpo contra a porta e evitei ela fechar, entrei no apartamento dela e fechei a porta a prendendo contra a mesma. — ME LARGA SUA IDIOTA. – Ela gritou enquanto distribuía socos contra meu peito, e eu quebrei a distância de nossas bocas.






AAAAAAAA

A Delegada (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora