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Pov Maraisa

Eu me debatia contra Marília, mas quando eu senti os lábios dela contra os meus eu fui me rendendo aos poucos, quem eu queria enganar? Eu estava fodidamente interessada por aquela mulher, ela consegue me deixar fraca apenas em um olhar, o beijo dela é capaz de me fazer sentir o calor do inferno.

— Está mais calma? – Ela falou quando cortou o beijo.

— Estou chateada com você ainda. – Fugi dos braços dela e me sentei no sofá.

— Qual é Carla?

— Marília eu não soltei vocês para vocês irem roubar, ainda mais com os carros da polícia.

— Desculpa tá bom? Mas eu não me arrependo, esperava mesmo que a gente ia sair e ficar servindo de cachorrinho da polícia? Já estamos com pistas sobre o moleque, não se preocupe. – Ela falou e eu a olhei.

— Vocês tem que me informar qualquer pista Mendonça, porque não entraram em contato?

— Não espere isso, não vamos ficar passando as informações para a polícia, mandaram a gente pegar o moleque de volta e vamos fazer isso, o método vocês não precisam saber.

— Deus, onde eu estava com a cabeça quando fui ouvir a Luísa? – Falei viajando em pensamentos, senti apenas Marília se sentar no meu colo.

— Eu acho que você estava com os pensamentos em uma loira de olhos claros. – Ela falou e distribuiu beijos no meu rosto e no meu pescoço.

— Eu preferia ter você na minha mão Mendonça, e não aqui fora.

— Eu estou na sua mão Maraisa, ainda não percebeu isso? – Ela falou me encarando e meu coração acelerou.

— Está apaixonada por mim Mendonça? – Falei temendo a resposta dela, metade do meu corpo torcia que ela falasse não, e a hora gritava feito um louco que ela falasse que sim.

— Eu gosto de ficar com você Isa, eu não sei se isso é paixão. – Ela falou e tentou sair do meu colo, eu coloquei a mão na cintura dela e apertei. — O caralho aí não Maraisa. – Ela falou e gemeu de dor, me lembrei que ela tava com o abdômen machucado e que boa parte disso foi minha culpa.

— Desculpa eu esqueci, deixa eu ver como está isso. – Falei e ela se sentou no sofá, tirou a jaqueta e depois a camisa deixando o abdômen definido a mostra, ela estava com uma mancha arroxeada, toquei lentamente em cima e Marília se remexeu desconfortável.

— Vai devagar aí Carla. – Ela falou segurando minha mão.

— Como conseguiu esse machucado Lila?

— Sai com uma moça um pouco agressiva ontem. – Ela falou e eu a olhei indignada.

— Foi pouco. – Falei recolhendo minha mão e demostrando que estava desconfortável com a conversa, até que ouvi a risada gostosa de Marília.

— Que bonitinha ficou com ciúmes. Ela até que fodia bem, mas eu ainda prefiro você Pereira. – Ela falou e eu quis socar a barriga dela novamente.

— Marília vai embora daqui. – Falei pegando a camisa dela do chão e jogando em cima dela.

— Eu tô brincando Isa, consegui isso no roubo, quando fui voltar pro carro pulei de mal jeito. – Ela falou e eu soltei uma respiração que nem sabia que tava prendendo.

— Eu não acredito que tem uma ladra no meu sofá falando sobre um roubo que cometeu e eu tô com pena do machucado que ela ganhou, o que eu tô fazendo da minha vida meu Deus do céu? – Falei e ouvi Marília rindo, fui até a cozinha e peguei uma bolsa de gelo.

— Porque me chutou Isa? Sabia que doeu? – Ela falou quando eu voltei, me sentei perto dela no sofá e coloquei a compressa em cima do machucado.

— Estava chateada com você.

— Não está mais? – Ela falou tocando na minha mão e brincando com meus dedos.

— Estou Mendonça, você acha que pode fazer algo do tipo e vindo até minha casa com um buquê de flores e pronto? Vai estar tudo bem.

— Você derrubou as flores no chão, vocês falam que bandido não tem coração, quem não tem é vocês da polícia. – Ela falou com drama.

— Eu tava dormindo Marília, faz dois dias que eu não durmo, estou de TPM, estressada, lotada de serviço e vocês ainda tiram o meu limite, tentei tirar o dia de folga hoje para tentar descansar um pouco, quando eu consigo dormir acordo com minha campainha tocando sem parar. – Falei e vi a expressão de Marília cair.

— Também tô com sono, posso dormir com você? – Ela falou e eu balancei minha cabeça demostrando indignação, que garota folgada.

— Marília você deveria ir pra sua casa, ou garagem, sei lá que diabos é aquilo.

— Não precisa me humilhar tá bom? Como você sabe eu não faço grandes roubos, e não tem como bandido morar em lugares como esse, a gente só sobrevive Carla. – Ela falou e tirou a compressa de gelo do abdômen e tentou se levantar.

— Aonde você vai?

— Pra casa, vou deixar a princesa descansar. – Ela falou e tentou se levantar novamente.

— Você não vai Marília.

— Qual é Pereira? Pedi pra ficar e você me mandou ir pra casa, me humilhou, e agora quer que eu fique? Não é porque eu sou uma ladra que eu vou ficar feito um animalzinho de estimação pra você, aliás nem sei porque eu insisto nisso, tá na cara que eu sou só uma diversão pra você.

— Cala a boca Marília.

— Você não tem poder sobre mim aqui fora Pereira.

— Eu tenho poder sobre você aonde eu quiser Marília. – Peguei a compressa de gelo e fui guardar novamente na geladeira, assim que fechei a porta senti uma mão na minha cintura.

— Você se acha poderosa demais delegada. – Ela falou no meu ouvido e meu corpo de arrepiou, Marília me girou de frente para ela e colou nossas bocas, diabos de mulher agressiva, a pegada, os beijos dela sempre me enlouquecem, cheios de mordidas fortes, já a língua sempre desliza delicadamente sobre a minha, o sabor de inferno e de paraíso tomam sempre conta do meu corpo, ela levou uma das mãos até meu cabelo tentando aprofundar ainda mais o beijo, enquanto a outra foi para minha bunda deixando um aperto que arrancou um gemido de mim, ela foi finalizando o beijo com alguns selinhos, quando abri meus olhos me deparei com aquela imensidão cor de mel que me enlouquece, Deus, eu entrei em um jogo perigoso com essa mulher e eu não consigo mais sair.

— Até mais Carla. – Ela falou proximo a meu ouvido e deixou uma mordida na cartilagem, e como dá última vez que ela esteve no meu apartamento, ela saiu me deixando paralisada e excitada para trás.

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A Delegada (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora