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Pov Maraisa

Acordei era 8:00 ainda abraçada a Marília Mendonça, era estranho o quão bem essa garota me faz, olhei para ela dormindo tranquilamente e sorri, desgraçada, é linda de todo jeito.

Tomei um banho e vesti minha roupa de trabalho, peguei uma calça jeans azul escura, camisa tradicional da polícia preta, bota e coloquei o coldre com minha arma preso na coxa. Olhei para a cama e Marília ainda dormia, aproveitei para ir até a padaria em frente ao prédio comprar pães para o café da manhã.

Quando voltei fui conferir se ela ainda estava dormindo e como imaginei Marília parecia nem fazer vésperas para se levantar ainda.

Fui preparar o café e cortar algumas frutas, quando estava quase terminando sentir alguém atrás de mim.

— Bom dia minha princesa. – Mendonça falou próximo ao meu ouvido e cheirou meu pescoço ficando abraçada comigo.

— Bom dia bela adormecida.

— Estava com saudade de te ver com essas vestimentas, é uma pena estarmos quase atrasadas, preciso ir até em casa tomar banho e me vestir adequadamente. – Marília falou em casa e minha mente automaticamente viajou até Maiara.

— Posso ir com você?

— Estou de carro Isa.

— Então eu posso ir te buscar e você ir até o cemitério comigo.

— Porque está tão interessada a ir comigo? A... Não precisa responder, já entendi. – Ela falou e se afastou indo se sentar a mesa.

— Só quero vê-la pessoalmente.

— Tudo bem, as vezes ela costuma sair pela manhã, então não é certeza que você vai encontrá-la em casa.

— Entendi, está com fome?

— Sempre. – Ela respondeu e eu servi o café da manhã.

Marília saiu do meu apartamento depois do café e eu fiquei terminando de me arrumar, ao terminar peguei um boné e meu óculos escuro e segui em direção a velha e conhecida garagem, não entendo como eu não consegui encontrar esse lugar nas minhas investigações, eu tinha tantos rastros desse grupo e nunca nem sequer uma pista desse lugar.

Estacionei meu carro em frente a garagem e permaneci nele, aparentemente tudo tranquilo, os três carros que a polícia cedeu estavam estacionados na frente, suponho que Roberta e Lauana também estejam por aqui.

Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Marília avisando que eu tinha chegado.

— Oi tudo bem? Procurando por alguém? – Ouvi uma voz e olhei para fora, uma moça estava paradacom uma sacola nas mãos olhando para mim, meu coração gelou quando eu percebi quem era, Deus, minha irmã está na minha frente. Lutei contra a vontade de chorar, não queria assusta-la.

— Espero por Mendonça, sou Carla Maraisa. – Tentei falar o mais calma possível e sorri, logo recebendo um sorriso dela de volta.

— A então você é a temida delegada que deixou a Lila pirada. É um prazer enfim conhecê-la, sou Maiara. – Ela falou e andou até o carro oferecendo a mão em um cumprimento.

— Vou desconsiderar o "Deixou a Lila pirada", talvez tenha sido ao contrário. — Falei não me aguentando de felicidade por estar enfim conversando com minha irmã, apertei a mão dela, mas a minha vontade era de a puxar para um abraço e nunca mais soltar, a mão dela era incrivelmente macia, próprias mãos de alguém que só vive socada em um computador, ela também era super estiloso, e usava várias correntes.

— Ela gosta de você, de verdade, mas eu entendo ela, você é muito bonita. – Ela falou gentilmente e eu fiquei envergonhada. — O desculpa, eu não quis ser ofensiva, não me entenda mal. – Ela falou também um pouco envergonhada e eu sorri.

— Eu não achei ofensivo, obrigada Mai você é muito gentil.

— Engraçado você me chamar de Mai, alguém que eu gostava me chamava assim, mas eu não me recordo quem era. – Ela falou e meu coração voltou a bater desesperado, eu falei o apelido dela sem querer, Maraisa sua burra.

— Me desculpe, eu achei que esse era seu apelido. – Tentei me redimir.

— Não tudo bem, eu gostei, pode me chamar assim se preferir.

— Talvez eu devesse te chamar de Alessandra Silva? – Falei com humor e Maiara riu alto.

— Não me lembre disso, a Lila me zoa até hoje. – Ela falou e eu acabei rindo também.

— Ei tudo bem aqui? – Ouvi a voz de Marília, olhei para ela e mordi meu lábio, Marília usava uma calça jeans preta, uma camisa branca e uma jaqueta de couro também preta, nos pés uma bota cano curto marrom bem escuro e no rosto um óculos escuro com o cabelo solto, fodidamente sexy.

— Tá uma bela Bad girl em Marília? Fiu fiu. – Maiara falou e bateu palmas.

— Vamos Lila? Obrigada pela companhia Maiara, foi ótimo conversar com você.

— Cuide bem da minha garota em delegada? A gente se ver. – Ela falou sorrindo e foi caminhando em direção a garagem.

— Feliz? – Marília falou assim que entrou no carro e eu soltei um gritinho de comemoração e bati palmas.

— Lila eu falei com minha irmã, ela é tão linda e simpática, Deus, eu tô muito, muito, muito feliz. – Falei e segurei o rosto de Marília entre minhas mãos. — Obrigada, obrigada, obrigada. – Eu falava enquanto dava selinhos nela.

— Porque eu sempre sou a sorteada para ver esse tipo de coisa? – Ouvi a voz de Roberta e soltei Marília, olhei para meu lado e ela estava escorada na porta do carro olhando pra mim e Marília.

— O tanto de vezes que eu já quis socar um tiro no meio do teu coração não está escrito Alvez. – Falei e ela riu alto.

— Quais os comandos delegada Carlinha? Podemos apenas atirar se encontrarmos algo suspeito? – Roberta falou e retirou o óculos escuro que cobria seus olhos.

— Trump mandou algo pra vocês. – Falei pegando a maleta no banco de trás e entregando a Roberta, dentro estava três armas.

— Nada mal. – Alvez falou sorrindo, entregou uma arma a Marília, colocou as outras duas presa na jaqueta e me entregou a maleta novamente.

— Não façam confusão no cemitério, sejam discretas caso encontrem algo suspeito, e não esqueçam de me comunicar, lembrem que o FBI também vai estar presente, e foquem apenas na missão de vocês, a segurança do presidente é obrigação da polícia, o JAGUAR é obrigação de vocês. – Falei e Roberta apenas balançou a cabeça.

— Entendido, eu, Marília e Lauana jamais fizemos confusão e somos super discretas, não precisa nos avisar isso. – Alvez falou e eu ri.

— Estão se perdendo no mundo do crime, já deveriam ser do FBI. – Falei com deboche.

— A querida Carla, polícia arrisca a vida mais que eu, e ganha bem menos também. – Roberta falou e Marília riu do meu lado. — Vê se consegue me acompanhar Carlinha. – Ela falou piscando o olho e colocou o óculos novamente, no meio do caminho jogou uma arma para Lauana e entrou dentro do carro esportivo.

— Ela tem estilo. – Falei ainda encarando Roberta.

— Sabe que se tiver algo estranho Alvez não vai ser discreta né?

— Se o presidente for assassinado hoje, vão embora, você, Roberta e Lauana, pegue meu irmão e seus amigos e fujam do Brasil.

— Maraisa o que eu não estou sabendo?

— O FBI está de olhos em vocês, se o presidente for assassinado vocês vão voltar para a cadeia ainda hoje. Se depender de Marcos dificilmente ele vai deixar vocês no meu presídio. – Falei e respirei fundo.

— Não se preocupe Maraisa, não vai ser o presidente quem vai morrer hoje.






Estamos quase na reta final🐴

A Delegada (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora