6. Teia de Sentido

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- Kazutora, não posso. – Fui saindo do quarto com a mochila em mãos e fui em direção a cozinha com o Kazutora logo atrás, abri o armário e peguei três Yakisobas Peyang, logo depois fui pra geladeira – Esse amigo pediu que não contasse pra ninguém sobre essa situação que ele passa. Você devia entender isso melhor do que ninguém – Falo enquanto pego algumas bebidas.

- Ah... – Ele falou em um tom de voz mais murcho – Deve ser bem grave então – Coçou a cabeça.

- É. – Peguei um restante de torta de morango que a minha mãe fez, coloquei numa vasilha, coloquei ela dentro da bolsa e depois fechei a geladeira – Bem grave. – Coloquei o prato da torta na pia – Eu vou ter que ir agora Kazutora. E pode deixar que eu aviso o pessoal que eu não vou poder ir. – Falo apressado e correndo até a porta e já calçando meus sapatos.

- Tá bem. – Ele coçou a cabeça e foi até o sofá – Me espera que eu já vou embora também.

- Okay. – Fiquei parado na porta esperando o Kazutora pegar as coisas dele e calçar os sapatos. – Já aí?

- Já. – Ele correu até mim, saímos do meu apartamento e fomos embora.


-- Chifuyu --


Já passou 15 minutos e o Baji não chegou... onde que ele tá? Por hora a S/n tá deitada na cama com a cabeça no meu colo, estou alisando os cabelos dela pra ela manter a calma.

- Fuyu... – Ela me chamou em um tom assustado.

- Oi. – A respondi enquanto ainda aliso os cabelos dela – Algum problema? – Ela apontou para o canto do guarda-roupa – O que tem lá?

- Tem uma mulher lá, ela tá com a cara toda deformada e tá olhando pra mim, ela tá dizendo que vai me... – A interrompi.

- Calma, calma, vai ficar tudo bem, não tem ninguém ali tá bom? – Falei calmamente – Quer saber como eu sei que não tem ninguém ali? – Perguntei com um sorriso pra ela não ficar assustada.

- Como? – Ela perguntou curiosa, está parecendo uma criança assustada – Eu tô vendo.

- Olha só. – Peguei um sapato dela que estava no chão e joguei no canto do guarda-roupas que ela disse – O que a mulher fez agora?

- Ela tá com raiva, ela disse que vai me matar e vai matar a minha mãe. – Ela respondeu com medo e se encolheu, logo voltando a chorar – Fuyu... – Ela disse com a voz trêmula – Você tá mentindo~ - Ela disse com medo e entre soluços.

- Desculpa, desculpa. – Falei um pouco mais apressado e com um pouco de desespero com medo de ela surtar mais uma vez – Calma, calma, a mulher feia não vai fazer nada pra você tá bom? – Perguntei apreensivo – Eu não vou deixar que ela faça nada tá bom? – A abracei enquanto aliso seus cabelos na intenção de acalmá-la.

As lágrimas dela estão descendo fortemente, sinceramente eu estou muito preocupado, já deve ter pelo menos uma ou duas horas que ela usou LSD, o efeito só vai passar daqui a onze ou dez horas, de verdade eu espero que a mãe dela não chegue até lá. A mãe da S/n nunca soube que ela usou drogas, eu, ela e o Baji sempre mentimos dizendo que é na realidade porque ela bebeu demais, comeu alguma coisa estragada ou coisa assim, por mim eu já teria contado a muito tempo, só não contei por causa que a S/n não quis que contasse, mas eu vejo isso destruindo-a cada vez mais, e isso me dói, dói no Baji também que tem que guardar esse segredo.

O pessoal da gangue, tipo o Mikey, Draken, Mitsuya e Smiley já suspeitam que tem alguma coisa errada com ela, porque ela sempre tá com as pupilas dilatadas e hálito de drogas, já perguntaram até se ela usa ou são as pessoas que dão pra ela sem ela saber, e claro, mais outra mentira pra lista.

Imagine Kazutora - O Anjo Do Meu InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora