28. Seja Esperto, ou Morra

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Chifuyu passou altas horas em cima daquele guarda-roupas até o anoitecer (este horário). Nakamura o procurou por toda a casa, mas voltava constantemente para aquele quarto pois ainda suspeitava que Chifuyu poderia estar lá.

"Eu não tenho nada que possa me ajudar a me defender dele. E só tem uma porta para sair daqui, as janelas estão todas fechadas e o Nakamura é rápido demais. Ele me pegaria na mesma hora que eu tentasse sair por elas."

Chifuyu pensou enquanto o observa calado de cima do guarda-roupa.

"Eu preciso sair daqui o quanto antes, se eu continuar por mais um instante, eu serei morto."

Chifuyu levantou um pouco do rosto e analisou a porta, logo ele percebeu que a chave que a tranca está ao lado de fora da porta.

"Se eu pular e for rápido o suficiente para conseguir trancar a porta antes que ele faça alguma coisa comigo. Eu vou conseguir alguns minutos para escapar da casa. Eu acho."

- Onde você está, menino? – Nakamura olhou em baixo da cama. – Não tem muitos locais para você se esconder aqui, logo, logo eu vou te encontrar.

Chifuyu foi caminhando de mansinho por cima do guarda-roupas, quando chegou na beirada, ele pulou.

Nakamura logo o encarou irritado, ele se levantou e foi o pegar. Chifuyu rapidamente correu para fora do quarto, puxou a porta e girou a chave para trancá-la. No mesmo instante que ele a fechou, Nakamura puxou a porta para trás, ficou um cabo de guerra entre os dois.

- Você não vai sair daqui com vida, seu peste! – Nakamura gritou e apontou a faca de cutelo para Chifuyu.

Chifuyu desviou da faca, mas seu pulso sofreu um arranhão um pouco profundo. Ele se desesperou. Chifuyu, tenso, puxou a porta e na mesma hora que ela bateu, o pulso de Nakamura prendeu contra a porta e ele atirou a faca de cutelo na direção do pescoço de Chifuyu, devido estar muito perto, ele não conseguiu desviar completamente e sofreu um corte ao lado do pescoço, mas não tão profundo, entretanto um pouco doloroso.

Nakamura, por conta da dor, tirou a mão da porta e Chifuyu conseguiu trancá-la.

Tenso e um pouco ofegante, ele começou a correr para fora daquela casa, mas de repente, ele parou.

"Eu não posso sair agora, aquelas garotas precisam de ajuda, a S/n precisa de justiça e eu encontrei mais do que qualquer outro policial. Não posso abandonar agora!"

Chifuyu correu até a cozinha, procurou alguma faca ou objeto cortante e encontrou duas facas, uma de chefe e outra de cortar pão. Todas bem amoladas.



- - S/n - -



Kazutora me deixou no condomínio que o Baji mora e quis me acompanhar até o apartamento dele.

Enquanto subimos as escadas, a mãe do Chifuyu veio correndo até nós, com lágrimas nos olhos. Paramos no caminho imediatamente.

- S/n, S/n! Você sabe onde está o Chifuyu?

Assustada, perguntei:

- Como assim? Ele não está em casa?

- Não. Ele foi para o colégio e não voltou mais!

- Sra. Matsuno, se acalme. – Fui até ela. – Já ligou para o colégio?

- Já, e o porteiro disse que o Chifuyu nunca entrou no colégio! – Colocou as mãos no rosto e desabou em choro. – Onde o meu filho está?

Imagine Kazutora - O Anjo Do Meu InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora