christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.

Capítulo 05

Cole sorriu, ao adentrar seu apartamento.

Lili o amava, sabia que sim, ela não se entregaria, da forma como se entregou a ele, para qualquer um. Cada segundo que passava, a esperança crescia em seu peito.

Iria levar Lissa para casa e pediria para conversar com a sua ex-mulher, lhe diria que estava disposto a sair do seu apartamento, romper qualquer compromisso que tivesse firmado com Barbara e dar uma chance aos dois, se fosse isso que ela quisesse. Faria de tudo para ter aquela mulher de volta e apagar da memória dela tudo o que ele havia feito de ruim.

Não demorou para que arrumasse as coisas da pequena, a colocasse no carro e juntos fossem para a casa, ele pressentia que logo retornaria de vez ao seu lar.

O percurso ao apartamento da ex mulher, durou menos tempo do que de costume e logo o moreno estava batendo a porta dela com um largo sorriso no rosto.

Imploraria de joelhos que o perdoasse e o aceitasse de volta, caso fosse necessário.

— Lili – sussurrou o nome da mulher, quando a porta foi aberta. Suas bochechas doíam de tanto que sorria.

O seu olhar desceu prontamente pelo o corpo que, horas antes, estava todo exposto e sedento por ele. Ela vestia apenas um roupão de banho e seus cabelos estavam envoltos em uma toalha. O moreno, sem esperar um convite, adentrou o apartamento com a filha a seu encalço, mas sem tirar os olhos daquela mulher que o enlouquecia.

— Titio – foi tirado de seus devaneios ao escutar a voz estridente de sua filha e sua atenção logo foi em direção ao ruivo que descia as escadas com apenas uma toalha enrolada na cintura.

— Lili – sussurrou, desta vez, com a voz carregada mágoa. Em nenhum momento, o olhar da loira cruzou o dele. – Nós podemos conversar?

Cole queria entender o que estava acontecendo, a loira não era o tipo de mulher que passava dos braços de um para o os de outro tão rapidamente. Ele havia sentido o quanto ela estava entregue em seus braços, o quanto o queria e pertencia. Sabia que nunca teria algo assim com outra mulher e tampouco ela com outro homem. Eles se pertenciam, sempre se pertenceram.

Ele havia errado? Não podia negar que sim, errou feio por deixar-se levar, ser fraco e um perfeito canalha, mas arrependia-se e faria de tudo para reaver a sua família, a família que realmente queria.

Por mais que tivesse tentado, nos últimos meses, não conseguia imaginar-se com a Barbara. Ele não a queria e/ou desejava e tampouco ao filho que ela carregava em seu ventre. Lembrava-se perfeitamente bem o quão bobo havia ficado durante toda a gestação da ex-mulher, aquele serzinho que se formava no ventre de sua esposa era a coisa mais importante de sua vida. No entanto, com esse bebê não sentia nada, era como se não tivesse ligação alguma com aquela criança, queria amá-lo, mas não conseguia e odiava-se por isso. Não existiam motivos para estar com aquela mulher.

Cole supriria todas as necessidades da criança e todos os dias tentaria amá-la e tudo acabaria aí. Não iria privar-se do que realmente queria pelo bebê ou, com o passar do tempo, iria ressentir-se com ele e consigo mesmo. Não se forçaria a algo que não queria, iria atrás da sua felicidade, mesmo que para isso tivesse que passar por cima de todo orgulho e amor próprio que possuía.

— Não temos nada para conversar – respondeu seca.

— Nós temos muito o que conversar – o olhar dele recaiu sobre o ruivo e este, por sua vez, os encarava com curiosidade. Não se importaria em tê-lo como plateia, desde que reavesse a sua família. – Por favor – insistiu e ela sequer o olhou.

— Eu não quero conversar com você, a única coisa que quero de você é que saia da minha casa – falou com desdém.

— Lili – ela o interrompeu.