O olhar dela recaiu sobre as diversas facas que estavam organizadas sobre o balcão e um enorme sorriso surgiu em seus lábios. Sempre era bom ter um plano b, afinal.
O ruivo estava cortando carne, uma coisa que ele realmente gostava de fazer era cozinhar e o fazia muito bem.
Ela observou as duas taças de vinho sobre o balcão, ele os tinha servido minutos antes e aproveitou que ele estava distraído com o corte de carne para retirar o frasquinho, que continha a droga, do seu sutiã e despejar todo o conteúdo na taça dele.
Lili segurou a taça e, balançou-a, para que o líquido transparente se misturasse a bebida, e, em seguida, colocou-a no mesmo lugar.
— Irei colocar a Melissa na cama, para que possamos ficar sozinhos – falou com a boca colada na orelha dele, deixando-o arrepiado.
Ela pegou o copo de suco que, segundos antes, tinha servido para a filha e, juntamente com a sua taça de vinho, caminhou em direção a pequena e chamou-a para ir ao quarto que, ela estava ocupando, nos últimos dias.
Melissa parecia estar aborrecida, por ter passado os últimos três dias trancadas e sem contato com o mundo exterior, mas estava bem. Por mais inacreditável que fosse, o ruivo não tinha feito mal a pequena ou descontado nela a raiva que sentia dos pais, pelo contrário, segundo a garota, ele estava tratando-a com muito carinho.
Ela pegou um dos calmantes que o marido vinha obrigando-a a tomar nos últimos dias, abriu a capsula e despejou metade no suco da filha, se as coisas ficassem feias ou minimamente perturbadoras, não queria que ela presenciasse.
— Beba – ordenou. – Escute com atenção o que eu vou te dizer – suspirou, observando a filha beber todo o conteúdo do copo. – Você não sairá deste quarto, não importa o que ouça ou aconteça, ok? – Ela assentiu. – Eu irei vir te buscar, me espere – disse num sussurro e beijou o topo da cabeça da pequena.
Por alguns instantes, o coração dela acalmou-se, tinha passado um inferno nos últimos dias, pensando que o pior pudesse ter acontecido com a sua filha, vê-la tão bem deixava-a mais tranquila e aliviada.
— Por que estamos sussurrando? – Questionou, no mesmo tom de voz da mãe.
— Eu te amo, pequena – disse, sem responder à pergunta da filha. – Tranque a porta por dentro – beijou, novamente, o topo da cabeça da pequena e afastou-se dela, dando-lhe as costas.
Antes de sair do quarto, ela seguiu para o banheiro, jogou o frasquinho na privada e deu descarga, observando-o descer juntamente com a água. Lili deu uma última olhada para a filha, saiu do quarto e fechou a porta atrás de si.
Ela esperava que o boa noite cinderela tivesse começado a fazer efeito, pois, não aguentava mais bancar a amante saudosa e apaixonada.
Com um sorriso no rosto, ela voltou para o andar de baixo e observou tudo com atenção. Era bizarro a forma como aquela casa era mobiliada exatamente como o seu antigo apartamento. Quanto tempo aquele louco havia levado para reproduzir, com perfeição, cada cômodo? E por qual motivo os tinha recriado?
Ela seguiu para cozinha e, antes de adentrar o ambiente, notou que o ruivo tinha bebido todo o conteúdo da sua taça e estava enchendo-a novamente.
Ele notou-a chegando e abriu um largo sorriso. Os olhos deles brilhavam de forma diferente, o que deixou todo o corpo da loira em estado de alerta. Será que ele tinha descoberto sobre a bebida batizada? E, se ele não tivesse realmente bebido todo o conteúdo, o que ela faria? Estremeceu de medo.
O ruivo caminhou em sua direção de forma predatória, fazendo ela dar alguns passos para trás e, ao aproximar-se o suficiente, ele puxou-a pelos cabelos e colou a boca na dela, iniciando um beijo intenso.
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christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.
FanfictionO natal, para os franceses, é sinônimo de perdão e recomeço, mas será que todos estão dispostos a perdoar e recomeçar? Depois de pegar o marido, Cole Sprouse, na cama com a sua melhor amiga, a única coisa que Lili Reinhart quer dele é distância. Eng...