Um bip irritante trouxe-a de volta a consciência. Barbara piscou algumas vezes para que os seus olhos se acostumassem com a claridade do quarto. Não demorou para que a mulher levasse a mão até o próprio ventre, no entanto, o mesmo encontrava-se murcho e o movimento um tanto brusco e repentino, fez os pontos repuxarem, causando dor e desconforto ao local.
Ela vasculhou o quarto, com o olhar, e fixou-o em uma imponente figura masculina que andava de um lado para o outro ninando um bebê de cabelos acobreados. Aquilo era um sonho? Perguntou-se e piscou algumas vezes, no entanto, nada mudou.
Dylan Sprouse estava em seu quarto e fitava o seu bebê com tanto carinho e afeto que a deixava comovida e desnorteada. Ela piscou algumas vezes e sentiu lágrimas molharem o seu rosto. Era triste pensar que o seu filho nunca teria aquele tipo de amor e adoração do seu verdadeiro pai, pois, mais de uma vez, ele havia deixado claro que não se importava com ela ou com pequeno anjinho. Barbara fungou e o barulho atraiu a atenção do loiro para si.
— Barb.... – Ele sussurrou.
Por que o seu tolo coração não se apaixonou por aquele homem? Seria tão fácil agora. Teria um namorado dedicado e um pai amoroso e presente para o seu bebê, mas o seu dedo pobre insistia em escolher a pior das opções. Kj não valia nada e ela sabia disso, mesmo assim deixou-se levar por um amor de infância que destruiu a ela e a outras pessoas.
Observou o loiro beijar os cabelos acobreados do seu bebê e suspirou triste. Ela deveria contar toda a verdade para ele, não queria que o homem continuasse se iludindo, achando que era o pai da criança. Ele merecia a verdade e alguém muito melhor que ela. Dylan era um homem doce e bondoso demais para entrar em toda aquela confusão que era a sua vida e disso ela sempre soube, por isso, vivia tentando afastá-lo.
Dylan aproximou-se dela com o pequeno nos braços e entregou-a com todo o cuidado possível. Ela segurou-o e observou-o atentamente. O bebê dormia e fazia algumas caretinhas, deveria estar sonhado. Ele era tão miúdo, o que faria com aquela coisinha tão pequenininha? Ela sequer sabia se o estava segurando direito e de forma confortável.
Barbara soltou um risinho baixo, ao constatar que o seu bebê tinha o rostinho um tanto enrugado, deveria ser a famosa cara de joelho, afinal. Ela deslizou os dedos demoradamente pelos cabelos ralos, ruivos e escorridos do pequeno e seguiu para as bochechas gordinhas e rosadas. Ele era a coisa mais perfeita que já tinha colocado os olhos. Amava tanto aquele pequeno ser que seria capaz de fazer tudo por ele e isso incluía ser a melhor versão de si.
— Ele parece com você.
Era mentira e ambos sabiam disso. O bebê era idêntico ao pai biológico. O formato do rosto, os traços, os cabelos acobreados e a cor da pele. Ele não tinha absolutamente nada dela.
— Nós dois sabemos que isso não é verdade – o bebê segurou o dedo dela com a sua pequena mãozinha e ela derreteu-se totalmente.
— Ele é perfeito, como você – desconversou.
— Quando disse que ele não era seu filho, eu não menti – foi direto ao assunto.
— Ele é meu filho! – Falou com firmeza e convicção.
— Ele é filho do Kj – falou aquilo, pela primeira vez.
— Barb, eu amei esse garoto, desde que eu soube que você estava grávida. Ele não ter o meu sangue, não anula isso em nada.
Até quando? Foi o que se perguntou. Ele esqueceria do bebê, assim que conhecesse outra mulher e tivesse os próprios filhos e ela iria ter que lidar com o coração partido do seu pequeno. Barbara não queria que as pessoas entrassem na vida daquele anjinho para depois esquecê-lo, magoá-lo ou fazê-lo sofrer. Ela lembrava-se bem o quanto era horrível ter o pai tão próximo, mas, ao mesmo tempo, tão longe. O seu filho não passaria por aquilo, ela não deixaria.
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christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.
FanfictionO natal, para os franceses, é sinônimo de perdão e recomeço, mas será que todos estão dispostos a perdoar e recomeçar? Depois de pegar o marido, Cole Sprouse, na cama com a sua melhor amiga, a única coisa que Lili Reinhart quer dele é distância. Eng...