— Mas ela é muito parecida com a garotinha dos cartazes, tem certeza de que não é ela?
Cole deu as costas para a mulher e afastou-se, já não aguentava mais, estava exausto, não dormia há três dias e mal comia.
Qual era o problema daquelas pessoas? Claramente, nenhuma das vinte crianças eram minimamente parecidas com a sua filha, ele poderia citar diferenças gritantes.
— Não, ela não é nenhum pouco parecida – impaciente, o meu irmão a respondeu. – Na verdade, a menina parece muito com a senhora – murmurou, sem humor.
— É mesmo? Mas se quiserem leva-la pelo valor da recompensa, não irei me opor – falou com desdém.
Cole piscou, sentia uma imensa vontade de virar-se em direção a mulher e manda-la tomar vergonha na cara.
Como uma mãe poderia oferecer a sua filha a dois homens adultos e desconhecidos? Ela era muito sem noção ou sem coração mesmo? Não sabia responder.
O celular começou a tocar insistentemente, chamando-o a atenção. Ele não sabia se queria atender.
Desde que colocaram os cartazes com a foto da filha e uma recompensa de cem mil euros, o celular não parava de tocar e, na maioria das vezes, eram ligações de pessoas mal-intencionadas e interessadas apenas no dinheiro.
Ele tirou o aparelho celular do bolso e observou a tela brilhar e o nome da esposa surgir, rapidamente o atendeu e o levou até a orelha.
— Oi, meu amor – murmurou desanimado.
Ela ficou em silêncio, não respondeu nada, mas podia ouvir sua respiração do outro lado da linha.
— Meu amor – falou, um tanto inseguro –, está tudo bem? – Mais silêncio, o que começou a deixa-lo desesperado.
Segundos depois, escutou o choro dela, que aumentou gradativamente. Ela tentava falar, mas as palavras não se formavam. Ele não conseguia compreendê-la, por mais que tentasse.
— Onde você está? – Caminhou em direção ao carro.
— Ele está morto! – Disse em meio a soluços.
— Querida, isso foi apenas um pesadelo, ok? Tome outro calmante e volte a deitar, já estou chegando – entrou no carro e o ligou, aguardando o irmão vir de encontro a ele.
— Não, não, não, você não está entendendo – falou em completo desespero.
— O que eu não estou entendendo? – Ele apertou o celular entre os dedos. – Onde você está? Está em casa, certo? Em meia hora estou chegando.
— Eu o matei, o matei – choramingou ao telefone. – Eu não queria, juro que não queria, mas aconteceu, estou com medo, muito medo.
O coração dele errou a batida. Que conversa errada era aquela? Há mais de vinte quatro horas, quando saiu de casa, tinha-a feito tomar dois calmantes inteiros e deitar. Sua cunhada havia concordado em ficar de olho nela. Sua esposa ainda estava em casa, certo?
Ele colocou o cinto de segurança e respirou fundo.
— Onde você está?
— Eu não sei – respondeu e ele socou o volante com força.
— Mamãe, por que a senhora está chorando? – Disse uma vozinha sonolenta, muito conhecida, ao fundo.
Desta vez, quem chorou foi ele.
— Ela está com você?
— Sim – esta foi a sua resposta.
— O que.... – Fez uma pausa – O que você vê em volta?
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christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.
FanfictionO natal, para os franceses, é sinônimo de perdão e recomeço, mas será que todos estão dispostos a perdoar e recomeçar? Depois de pegar o marido, Cole Sprouse, na cama com a sua melhor amiga, a única coisa que Lili Reinhart quer dele é distância. Eng...