Capítulo 11

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— O príncipe beijou a princesa e todos viveram felizes para sempre!

Quando os olhos do moreno deixaram o livro que tinha em mãos para fitar a filha, notou que a pequena já estava adormecida. Cole, rapidamente, ajeitou o cobertor sobre a garotinha cobrindo totalmente o seu pequeno corpo e do ursinho com qual estava abraçada. Beijou demoradamente a testa da filha e sorriu. Era tão bom estar com a sua família novamente.

Sentia-se mal, em saber que logo esse momento passaria. Agora, mais do que nunca, teria que lutar para reaver o que havia perdido. Depois desse feriado de natal não sabia se conseguiria voltar a viver sem elas. Não demorou para que o moreno descesse para o andar inferior, iria ajudar a ex-mulher com a organização da cozinha como sempre fazia quando casados.

Ao adentrar o ambiente, notou que a ex-mulher já o esperava. Ela lhe lançou um sorriso fraco com a taça de vinho ainda colada nos lábios. Sobre o balcão encontrava-se a garrafa aberta e uma taça vazia. Seria para ele? Acreditava que sim já que não tinha outro adulto na casa e tampouco ela duas bocas. No entanto, ela tinha dois lábios, dois maravilhosos e deliciosos lábios e ele não sabia qual dos dois mais gostava.

— Eu gosto de ver vocês dois juntos – Lili se aproximou do balcão, serviu vinho para o ex-marido e entregou-lhe a taça. –, tinha esquecido como era um ótimo pai e também o quanto ela te tem nas mãos. Você simplesmente não consegue evitar, faz tudo o que ela quer! – Zombou.

— Claro que não! – Defendeu-se. – Quem tem o controle dessa relação sou eu – disse divertido. – Faço tudo o que EU quero.

— Sim, claro! – Ela riu divertida. – Cole, você perde a cabeça com qualquer coisa que relacione a Melissa. Consigo me lembrar claramente do dia em que ela nasceu...

FLASH BACK ON.

Já eram três da manhã, quando a loira despertou sentindo muita dor na parte de baixo do ventre e nas costas. Quando levou a mão aos olhos notou que os mesmos estavam molhados. Céus, havia chorado enquanto dormia. Ela mordeu os lábios tentando conter o gemido e virou para o marido que dormia tranquilamente ao seu lado.

— Mel, meu amor, o que acha de deixar a mamãe dormir? Ainda não está na hora de você nascer – levou a mão ao ventre e gemeu baixinho. Não demorou para sentir a pequena chutar. Ela, definitivamente, queria sair dali. – Eu sei, querida, a mamãe também quer te ver logo, mas você tem que ser paciente.

Quando ela parou de falar as dores pareceram sessar. Foi inevitável o suspiro de alívio que soltou, ela finalmente conseguiria dormir. Depois de alguns minutos deitada, as dores voltaram ainda mais fortes e intensas a fazendo soltar um gritinho. Estava nervosa, mas seu nervosismo tornou-se desespero quando sentiu um líquido escorrer entre suas pernas. Ainda faltava um mês para que a garotinha apressada nascesse.

— Cole, acorda – chamou e sacudiu o marido –, a minha bolsa estourou.

— Não se preocupe, querida, amanhã compramos outra – disse ainda sonolento e virou as costas para ela. Sentiu vontade de mata-lo.

— Não seja idiota! Sua filha vai nascer! – Tentava permanecer calma, mas as dores que sentia não permitiam.

O homem que segundos antes parecia estar quase morto, de repente levantou-se com muita energia e disposição. Ele não sabia o que fazer, isso era visível. Ao invés de vestir-se e pegar a bolsa da bebê, andava de um lado para outro com a mão na cabeça perguntando repetidamente: "o que vamos fazer? " Ela riria, se não estivesse sentindo tanta dor.

— O que acha de me levar ao hospital? – Perguntou irritada.

— Hospital! – Pronunciou como se fosse uma ideia genial, embora fosse muito óbvia. O raciocino do marido estava um tanto lento. – Sim, hospital. Claro, vamos! – Se aproximou da cama estendendo a mão para a esposa, queria ajudá-la a levantar.

christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.Onde histórias criam vida. Descubra agora