Alguns dias depois...
Ela não conseguia compreender como a justiça podia ser tão falha e seletiva.
Há menos de um mês, o ruivo havia invadido o seu apartamento e apontado uma arma em sua direção.
Os advogados de defesa afirmaram que ele não tinha a intenção de realizar o disparo, mas como eles poderiam saber se não estavam presentes naquele instante? Tudo era uma grande piada.
Se ele não tivesse a intenção de disparar contra ela, por qual a motivo sua arma estava destravada?
Um homem que possuía porte de arma e treinamento, saberia distinguir uma arma travada de uma destravada, correto? Além disso, ele realizara o disparo e não havia sido acidental, como afirmara a defesa.
Embora o ruivo tivesse conseguido mascarar e esconder sua verdadeira personalidade dela, ela ainda o conhecia e sabia que o disparo havia sido intencional.
Ele tinha ido ao seu apartamento com a intenção de feri-la e conseguiu.
Outra afirmação feita pela defesa era de que o homem jamais tinha apresentado comportamento violento. Mas, na verdade, ele era um dissimulado.
Kj, em poucas horas, havia destruído o seu apartamento e a ameaçado fisicamente, sem contar na agressão psicológica que havia sofrido. Somente depois de trancar-se no quarto da filha, conseguiu dormir.
O ruivo mostrou-se extremamente volúvel, descontrolado e perigoso, como um pedaço de papel poderia proteger a ela e a sua família?
Queria pegar o marido e a filha e ir para o mais longe o possível daquele homem, pois, com ele solto não conseguiria viver em paz.
Passava das três da manhã e embora tivesse sono, não conseguia dormir.
Os olhos verdes estavam fixos na porta do apartamento, vários trincos haviam sido instalados no local. Ela não estava sendo paranoica e sim prevenida.
Mas nem com o melhor sistema de segurança e trincos extras, ela conseguiria dormir ou sentir-se segura dentro da própria casa ou em outros locais.
Depois do julgamento, não tinha mais colocado os pés para fora de casa e nem permitido que a filha o fizesse. Cole saia para trabalhar e ela ficava durante todo o dia inquieta e temerosa. Em poucos dias, as aulas retornariam e ela não sabia se permitiria que a filha voltasse para a escola.
Não era saudável viver daquela forma, apavorada e esperando sempre o pior.
— Está muito tarde, meu amor. – Cole surgiu na sala, vestindo apenas um samba-canção.
— Sim – murmurou.
— O que acha de tomar um remédio para dormir? Eu posso te fazer uma massagem com um gel relaxante e...
— Verificou se todas as janelas estão trancadas? – Questionou com os olhos ainda fixos na porta.
— Sim, há quatro horas, quando fui deitar – suspirou frustrado.
— É melhor verificar novamente, antes de irmos dormir – levantou do sofá e caminhou em direção ao marido.
— Está tudo trancado, amor.
— Por favor? – Insistiu.
— Claro – ele passou as mãos pelos braços dela carinhosamente. – Eu preparei um banho para você com muitos sais e muita espuma – inclinou e beijou os lábios dela demoradamente. – Irei verificar as portas e janelas e me juntarei a você, certo?
— Estarei te esperando – sorriu, virou as costas e foi em direção ao quarto.
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christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.
FanfictionO natal, para os franceses, é sinônimo de perdão e recomeço, mas será que todos estão dispostos a perdoar e recomeçar? Depois de pegar o marido, Cole Sprouse, na cama com a sua melhor amiga, a única coisa que Lili Reinhart quer dele é distância. Eng...