— Ei, anjinho, o que acha de outra viagem de avião? Você gosta? – Barbara questionou enquanto acariciava a proeminente barriga.
Ela acomodou-se na poltrona do avião e encarou os pais, que estavam do outro lado do corredor. Por sua gravidez ser de risco, viagens de avião ou muito longas não eram recomendadas, mas sempre tinha sido uma mulher teimosa e, por isso, insistiu em voltar para a França. Os pais e uma enfermeira a estavam acompanhando de volta para a casa.
Enquanto acariciava o ventre, a mulher perguntava-se: o que seria da sua vida? O que realmente queria para ela? Queria amar e ser amada. Estava cansada de amores unilaterais, gostar por dois era exaustivo. Ela não precisava e nem queria ter que provar o seu amor de forma absurdamente louca para sentir-se digna de alguém.
Ele já tinha provado que não a queria, não verdadeiramente. Barbara tinha visto quem ele realmente era, depois de conseguir o que realmente desejava. Deveria ter percebido que toda aquela conversa era bonita e ilusória demais. Onde que ela escondia o cérebro quando ele aparecia? Só sendo descerebrada para ter acreditado em toda aquela conversinha fiada e sem cabimento.
Todas as vezes que repassava aquelas conversas em sua cabeça, sentia-se ainda mais ridícula. Por que se tornava tão burra quando o assunto era aquele homem? Sim, o amava loucamente e incondicionalmente, seria capaz de cometer loucuras pelo amor que sentia e ele aproveitou-se disso. Usou-a e, quando conseguiu o que queria, a descartou.
O que tanto a atraia nele? Não era o mais bonito dos homens e tampouco o melhor dos amantes. O sexo sempre era previsível, repetitivo e sem graça. Ele conseguia dar-lhe prazer, mas não despertava o seu corpo e luxúria. Não como Dylan era capaz de fazer.
— Ah, meu anjinho, o seu pai é um cretino – lamentou-se e sorriu quando sentiu um chute como resposta. – Sim, a mamãe tentará ser melhor. Quero ser digna de amar e ser amada por você, sementinha.
Precisava colocar a sua vida em ordem, consertar os seus erros e pedir perdão para as pessoas que havia ferido e prejudicado.
Ela acreditou por muitos anos que sabia o que era o amor e o que era amar, mas enganou-se. Só veio realmente conhecer esse sentimento quando aquele pequeno serzinho começou a crescer no seu ventre e, tudo se intensificou, quando a possibilidade de o perder tornou-se real. Queria que o seu bebê nascesse forte e saudável, a conhecesse e amasse e, sobretudo, queria ser digna dele e dar-lhe orgulho. Não faria isso se não arrumasse toda a bagunça que havia feito.
Com quem será que deveria falar primeiro? Foi perguntando-se isso que a gravida adormeceu.
— Acorda, dorminhoca. Isso não é mais hora de mocinha estar na cama. – Melissa empurrou a mãe e a mesma despertou.
Lili piscou diversas vezes para que seus olhos se acostumassem com a claridade e gemeu. Sua cabeça estava latejando, será que havia dormido por quanto tempo? Três horas, constatou ao pegar o celular debaixo do travesseiro. Ela ainda se sentia exausta e indisposta, mas quem poderia culpa-la por isso? Tivera uma noite e tanto.
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christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.
FanfictionO natal, para os franceses, é sinônimo de perdão e recomeço, mas será que todos estão dispostos a perdoar e recomeçar? Depois de pegar o marido, Cole Sprouse, na cama com a sua melhor amiga, a única coisa que Lili Reinhart quer dele é distância. Eng...