O que eu fiz da minha vida? – Foi o que Barbara questionou-se antes de tudo escurecer.
Depois da anestesia, ela não sentia mais nada. Barbara deu passos incertos em meio a escuridão e imagens começaram a surgir. Era como se fosse um telão com cenas de sua vida. Seria aquilo o tal do juízo final? Estaria ela sendo julgada por um ser superior por todas as atrocidades que havia cometido? Esperava que não, pois, além de não querer ir para o inferno, precisava pegar o seu filho nos braços, pelo menos uma vez.
Com relutância, a mulher aproximou-se e deslizou o dedo pelo grande telão. Sabia que aquelas eram suas memórias, mas por qual motivo estavam ali? Estaria o seu subconsciente pregando-lhe uma peça? De repente, imagens começaram a passar como se fosse um filme e seu coração bateu mais rapidamente. Como foi tão burra em acreditar naquelas palavras vazias?
[...] FLASH BACK ON.
Ela saiu de cima do homem e deixou-se cair ao lado do dele, o seu peito subia e descia e sua respiração estava um tanto acelerada. Sim, o orgasmo havia sido excelente, mas não totalmente por mérito dele, afinal, se ela não se auto estimulasse jamais alcançaria a ápice. Ele não se importava muito com o prazer da parceira e isso era lamentável. Embora fosse uma mulher sexualmente ativa, estava disposta a abrir de mão de bons orgasmos por aquele homem, pois, o amava desesperadamente.
— Isso foi muito bom... – Kj pronunciou-se e ela assentiu.
— Quando vamos assumir que estamos juntos? – Era tudo o que ela mais queria. Gostava daquele homem desde que o havia conhecido, aos cinco anos de idade.
— Já conversamos sobre isso – ele levantou-se.
Era sério que já iria embora? Toda aquela situação começava a tornar-se exaustiva. Ela parecia ser a amante de um homem que sequer tinha um compromisso com alguém. Por qual motivo eles não poderiam aparecer juntos? Ele teria vergonha dela? Barbara era uma mulher extrovertida, bonita e inteligente, qualquer homem daria de tudo para tê-la, exceto o único que realmente queria.
— Eu não entendo.
— Barb, querida, eu não consigo me envolver emocionalmente com uma mulher, não depois de tudo o que passei. – Barbara estreitou os olhos confusa.
O que ele havia passado? Kj nunca tinha se envolvido emocionalmente com uma mulher, como uma poderia ter partido o coração dele. Ele olhava-a com tristeza e isso partia-lhe o coração. Não o queria triste, faria de tudo para colocar um sorriso no rosto do homem que tanto amava.
— Lili. Passei anos vivendo em função dela, esperando que me olhasse e percebesse que eu estava ali. – Barbara observou lagrimas escorrerem pelo rosto do homem. – Ela está toda feliz vivendo a vidinha dela, mas me destruiu sabe? Não consigo me abrir para outra mulher.
— Eu sempre disse que ela nunca iria te amar ou valorizar, não como eu.
Barbara observou um misto de emoções passarem pelos olhos do moreno e ficou confusa. Ela observou um vislumbre de ódio surgir nas írises castanhas dele. Kj não tinha gostado do que ela havia dito, mas era a pura verdade. Lili nunca o tinha olhado durante toda a sua vida e não olharia agora que estava casada e feliz com a sua família.
— Você sempre me amou, não é? – Ele lhe lançou um sorriso e ela derreteu completamente.
Kj voltou para cama, inclinou-se sobre a mulher e beijou-a demoradamente nos lábios, a língua dele deslizou para dentro da boca dela e explorou todos os cantinhos em um beijo intenso e selvagem. Ele apertou todo o corpo dela com as mãos grandes e pressionou-se contra ela, mostrando que já estava pronto para outra. Ela riu contra a boca dele.
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christmas reconciliation ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ ❜.
FanfictionO natal, para os franceses, é sinônimo de perdão e recomeço, mas será que todos estão dispostos a perdoar e recomeçar? Depois de pegar o marido, Cole Sprouse, na cama com a sua melhor amiga, a única coisa que Lili Reinhart quer dele é distância. Eng...