Capítulo 3

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  Jungkook

Abri a porta pro meu bolinho de feijão que sorriu todo lindo como agradecimento, ajudei ele a entrar e passei o cinto pelo belo corpo, depois de verificar se não estava o incomodando eu fechei a porta e dei a volta.

Entrei e já tive o décimo colapso do dia, meu bebê estava com os olhinhos fechados e com um biquinho muito fofo na boquinha

-O que é isso? -Sorri tocando sua bochechinha

-Bitoquinha Kookie, vamos -Sem relutar eu dei, dei três selinhos na boca bonita e beijei sua testa também -Te amo.

-Eu te amo muito mais -Esperei ele se acomodar e dei partida, como sempre andando com calma pois meu baixinho morre de medo, se ele pudesse iria caminhando todos os dias apenas para não entrar ou subir em algum automóvel -Quer comer onde, hum?

Ele me olhou e mostrou que estava pensando, assim que parei em um sinal vermelho tive minha atenção voltada pro meu amor.

-Na faculdade.

-Na faculdade mesmo? -Ele assentiu, Jimin começou na faculdade esse ano e ainda não se acostumou, nem com a intensidade das aulas e nem com a comida que tem lá, ele está tendo bastante dificuldade.

Dificuldade e medo, medo de alfas sem noção que ficam o cercando quando não estou por perto, a cada cinco passo que damos dois alfas dão em cima de nós, principalmente do meu namorado por causa da fofura dele.

Hoje em dia é raridade achar alfa quer liga pra sentimentos, eles querem apenas um ômega com uma boa aparência, que seja inocente e submisso, é isso que procuram, mas eu nunca deixariam que tocassem um dedo sequer em meu baixinho.

Posso ser mais perigoso do que imaginam quando se trata dele.

Minutos depois eu estava estacionando, assim que fiz notei meu pequeno acanhado, parecia tristinho.

-O que foi meu amor, conta pro seu ômega o que está acontecendo? -Segurei sua mãozinha entrelaçando nossos dedos.

-Kookiezinho eu não queria ir hoje -Ele me olhou ainda mais triste -Hoje tem aula dela.

Dela, a alfa dos infernos que não consegue deixar meu amor em paz, quando não é chamando sua atenção por absolutamente nada é jogando frases de duplo sentido pra cima dele.

-Escuta amorzinho, a aula dela é a primeira lembra? Não vamos pra sala ainda, você precisa comer.

-Então eu não vou ter aula com ela hoje? -Seus olhinhos chegaram a brilhar.

-Não, não vai -Ele sorriu e me abraçou -E não se preocupe hum? Da próxima vez que ela for desrespeitosa com você nós vamos dar um jeito -Aí ele sorriu ainda mais me dando vários selinhos.

Para eu fazê-la ser expulsa é daqui pra li, ela que não trate meu bebê direito não pra ver, eu faço da vida dela um verdadeiro inferno.

[...]

-Finalmente chegou, achei até que não viria -Hoseok falou assim que eu entrei na sala.

-Teve problemas na casa do meu anjo hoje e ele veio sem comer -Falei puxando uma cadeira e me sentei relaxando a postura.

-Problemas na casa do ômega? -Agora Seokjin e Namjoon também me olhavam.

-A avó dele está lá.

-Ah, aquela jararaca -Ele rosnou e eu tive que sorrir -Falou merda sobre o relacionamento de vocês de novo?

-É a única coisa que ela sabe fazer -Bufei, aquela ômega foi enviada pra atormentar a mim e ao meu bebezinho.

-Velha louca, por que não deixa vocês em paz logo?

-Não faço ideia, ela podia dar pelo menos um tempo, meu Jimin fica tão mal -Suspirei, essa velha ainda vai me fazer perder a cabeça.

-É uma mal amada, por isso quer arruinar o relacionamento de todo mundo -Concordei. Depois de contar mais ou menos o que havia acontecido fomos prestar atenção na aula, claro, antes mandei mensagem para o meu namorado perguntando se estava tudo certo com ele e sim, estava tudo na maior paz até aquele momento.

Agradeço por isso.

As aulas seguiram chatas como sempre e logo era hora do intervalo, sai da sala querendo socar a cara de meia dúzia de alfas e fui buscar meu ômega, esse que encontrei encolhido na cadeira enquanto tinha dois alfas conversando com ele.

Meu Deus é todo dia isso, será que não podem dar um pouco de paz pro meu namorado não?

Caminhei irritado até eles que sorriam enquanto falavam coisas nojentas pro meu feijãozinho, segurei no capuz da blusa de um deles e puxei pra trás fazendo ele se desiquilibrar e bater as costas na quina da mesa.

-Qual é o seu problema? -Ele rosnou achando que iria me afetar e eu sorri.

-Se eu fosse você não se aproximava do meu namorado novamente ou eu faço questão de quebrar suas pernas -Falei bravo e dei uma olhada para o outro que estava calado desde que seu amigo foi puxado por mim.

-Está falando o que ômega? Acha que intimida alguém com.. -Ele se calou e começou a resmungar quando eu segurei seu dedo e virei sua mão com força.

-Não aponta essa merda pra mim -Virei ainda mais vendo ele começar a chorar mesmo percebendo que ele tentou muito manter a marra, só não quebro o pulso dele agora mesmo porque não quero assustar meu feijãozinho -Se aproxime dele novamente que eu farei questão de terminar o que comecei -O soltei e acabei de chegar no meu anjinho, ele me olhou e seus lindos olhos brilharam -Vamos vida.

-Vamos meu amor -Ele sorriu e grudou em meu pescoço, me abaixei na sua frente e fiquei alisando suas costas, o coraçãozinho do meu ômega estava disparado.

Esses otários de merda, acham que vão intimidar meu namorado e vai ficar por isso mesmo?

Até parece. Sai da sala com meu pequeno bebê grudado em meu braço até a mesa de nossos amigos, esses que como sempre que nos atrasamos já havia comprado lanche pra nós também.

-Chega pra lá -Hoseok falou para um dos namorados assim dando espaço pra que eu me sentasse com meu ômega, esse que ainda estava muito grudado em mim.

-O que aconteceu amor? Eles disseram mais alguma coisa? -Ele fez que sim com a cabecinha -Então me conta, hum?

-Eles disseram que na saída iam me levar pra um motel, que nós três íamos nos divertir -Ele levantou a cabecinha, respirei fundo tentando me acalmar e trouxe meu pequeno pro meu colo que se aconchegou em meu corpo começando a ronronar quando passou a cheirar meu pescoço.

-Ninguém vai te levar pra lugar nenhum, não se preocupe sim? -Meu amor assentiu e começou a alisar meu braço -Eu nunca deixaria meu amor,

-Você é o meu herói -Ele sorriu todo fofo e começou a esfregar o rostinho em meu peito, meu namorado sempre faz isso quando quer carinho e quando está se sentindo muito confortável.

-Eu te amo bebê.

-Eu também te amo kookiezinho, muito muito -E enfiou o belo rosto quase que embaixo do meu braço ficando bem quietinho ali.

Meu bebê não tem que ficar ouvindo tantas coisas nojentas, ele é tão bonzinho pra todo mundo e ainda sim as pessoas fazem ele ficar triste e acanhado.

Meu amor merece o mundo, mas o mundo não o merece.

Um amor que vale a penaOnde histórias criam vida. Descubra agora