𝟏𝟔| 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨

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• 𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐊𝐫𝐚𝐦𝐞𝐫 •

Acho que ainda não me tinha caído a ficha de que estava a falar com o Mick Schumacher de uma forma tão casual. E agora que penso bem, será possível ele mesmo conhecer o meu pai?

Sei que ele já falou com Mick algumas vezes, sempre com Sebastian Vettel do lado, mas será ao ponto de se lembrar dele?

Tento não responder já e deixo as notificações no topo para não me esquecer. Agora estávamos a caminho do circuito onde sigo o meu pai, Oliver e alguns outros trabalhadores até ao Motorhome da Aston Martin, que ficava mais ao fundo do paddock.

Assim que entramos o meu pai cumprimenta algumas pessoas e segue até uma mesa no pátio, onde estavam 4 homens. Eles pareciam ser importantes.

– Bom dia, preparados para mais um dia? – O meu pai pergunta alegre e os homens esboçam um sorriso quando o ouvem.

– Bom dia, Handel. Sempre preparados, presumo que seja a tua filha? – O homem de cabelos cinzentos e de óculos pergunta, olhando-me.

– Sim, Maya, este é o Mike Krack, o novo chefe de equipa. O Kevin, Liam e George já conheces. – O meu pai apresenta-nos.

– Olá, prazer e muito obrigada pela oportunidade. – Falo esboçando um sorriso simpático.

– Sempre que quiseres é só pedir. Ouvi dizer que andas à procura de trabalho na parte da Comunicação e Relações-Públicas? – Mike fala ajeitando-se na sua cadeira de metal.

– Sim, já terminei o estágio e vou receber o diploma na próxima semana.

– Fazemos assim. – Mike faz uma pequena pausa, passando os seus dedos pelos seus lábios, pensativo. – Vou marcar uma entrevista com o chefe do departamento para depois da corrida em Miami. E aliás até podes vir connosco para essa corrida, vês como as pessoas da parte da Comunicação trabalham e se estiveres interessada vais à entrevista. O que achas?

Olho para o meu pai, incrédula com a proposta e ele devolve-me um sorriso orgulhoso.

– Sim, seria ótimo. Muito obrigada. – Respondo tentando conter o meu entusiasmo.

– Se fores tão fantástica como o teu pai fala, nós é que iremos agradecer.

Deixamo-los para trás e vamos para a garagem onde já estavam algumas pessoas de volta dos carros.

– Como está a ir a montagem? – O meu pai pergunta e algumas pessoas apenas lhe respondem com os polegares para cima em sinal de aprovação. – Muito bem.

Sigo-o novamente até a uma parte da garagem cheia de ecrãs, eu percebia alguns dos números das conversas entre o meu pai e Hugo, mas havia outras coisas que pareciam uma língua completamente diferente. O meu pai entrega-me uns auscultadores sem microfone ligado a um rádio para poder ouvir o que eles falavam.

– Handel! Onde tens andado? – Ouço alguém chamá-lo, mas não ligo e fico a olhar os números que passavam no ecrã pondo os meus conhecimentos à prova.

– Maya. – Ouço a voz do meu pai e um toque no ombro.

Volto a minha atenção para ele tirando os auscultadores das minhas orelhas. Os meus olhos cruzam com os de Sebastian Vettel sorridente, com o braço do meu pai sobre os seus ombros.

– Seb. – Dou um abraço no piloto, que devolve apertando-me.

– Como estás? Já ouvi dizer que vens trabalhar para a equipa. – Desfizemos o abraço ficando frente a frente.

– Ainda não, primeiro tenho que ir à entrevista. – Retruco olhando para o meu pai que já andava a dizer que a filha ia trabalhar na mesma equipa que ele.

– Isso é apenas uma formalidade. Talvez até sejas tu que vais substituir o Spencer, ele vai ser promovido. – Sebastian volta-se para o meu pai que esboça um outro sorriso. – Se assim for, eu faço questão que fiques comigo.

– Obrigada! Como estão a Hanna e as meninas?

– Estão bem como sempre. Foi bom falar contigo e sempre com bom gosto. – Sebastian fala apontando para o meu cap (chapéu) da Aston Martin que tinha o seu número.

Vejo ele afastar-se e aviso o meu pai que vou dar uma volta ao Paddock, aproveitar enquanto não está na confusão que costuma estar durante o fim de semana.

Pick-up Lines || 𝐌𝐢𝐜𝐤 𝐒𝐜𝐡𝐮𝐦𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora