𝟑𝟒| 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨

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• 𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐊𝐫𝐚𝐦𝐞𝐫 •

Passo o cartão no leitor da minha porta e ela abre-se. Entro no quarto e sigo para minha cama onde me deixo cair. Os lençóis macios abraçavam o meu corpo como uma nuvem e...

– Não Maya, assim adormeces logo. – Ouço a voz de Mick ecoar no quarto e a ouço porta a fechar-se interrompendo os meus pensamentos.

– Só 5 minutos. – Falo baixinho e sinto as mãos do piloto envolverem o meu corpo levantando-me.

– Agradeces-me depois. – Ele fala pondo-me na sua frente, enquanto as suas mãos descansavam na minha cintura.

Reviro os olhos e Mick devolve-me um sorriso, agarro em tudo o que preciso e vou tomar banho.

Depois de alguns minutos tomo banho e visto o meu pijama, que consistia numas calças e uma camisola de manga cumprida cinzentas com o padrão estrelas num tom mais escuro. Envolvo o meu cabelo numa toalha e saio da pequena divisória.

– Hum, cheira tão bem! – Falo inspirando o cheiro que invadia o quarto.

– Chegou agora mesmo. – Mick fala tirando as pequenas cúpulas de cima dos pratos revelando uma massa italiana.

– Vou só pentear o cabelo. – Falo enquanto procurava na minha mala a minha escova e os produtos para pôr no cabelo.

Enquanto comíamos falávamos em como tinha sido o nosso dia. Eu batalhava comigo mesma para manter os meus olhos abertos durante a nossa conversa, mas o cansaço era enorme. Depois de jantarmos deito-me na minha cama enquanto Mick ligava a TV e senta-se do meu lado.

Eu agarro-me à minha almofada já tapada pelos cobertores e tento permanecer acordada e prestar atenção no que Mick estava a ver, mas era praticamente impossível e deixo os meus olhos fecharem-se.

– Maya. – Ouço o que parece a voz de Mick chamar-me.

– Mhm. – Respondo continuando abraçada à minha almofada.

– Eu vou-me embora, boa noite. – Ele continua e eu apenas assinto o que ele tinha dito. – Até amanhã.

– Adeus. – Falo sentindo-me ser aconchegada na roupa da cama e um beijo ser depositado na minha testa, seguido de um leve carinho no meu cabelo seguindo para minha bochecha.

Acordo com o meu despertador e encontro-me com Spencer na entrado do restaurante Buffet onde ele me apresenta os planos para hoje, enquanto Sebastian estaria ocupado com os treinos livres.

– Bom dia. – Sebastian justa-se a nós.

– Bom dia. – Eu respondo em coro com Spencer.

– Preparados para mais um dia? – O piloto pergunta enquanto tomava um golo da sua chávena.

– Claro.

– Sim. Aqui está o que tens planeado para hoje. – Spencer mostra o tablet a Seb que olha o conteúdo cuidadosamente.

– Parece-me bem.

Depois de algum tempo já estávamos no paddock, como o primeiro treino livre era só depois do almoço, Seb decidiu que queria fazer mais uma volta ao circuito antes de entrar no carro.

Acompanho-o com a sua equipa enquanto Spencer tratava de alguns assuntos na Motorhome. O circuito tinha 5 longos quilómetros, o sol estava forte e não corria uma única brisa para refrescar do calor que estava.

Cerca de 1 hora depois já estávamos de volta ao Motorhome da Aston Martin, enquanto Seb fica com o seu PT e ia-se preparar para a sessão de treino livre eu tentava encontrar Spencer para saber se ele precisava de ajuda.

Apesar de ainda ter acompanhado Sebastian por algumas entrevistas, o resto do dia foi tranquilo e não tão cansativo como anterior. Despeço-me dos meus colegas na Motorhome, incluindo Spencer e vou até à garagem procurar o meu pai.

– Sr. Kramer. – Chamo com uma voz mais grossa assim que chego à garagem.

– Estou aqui. – Ele fala procurando de onde vinha a voz e assim que os seus olhos me encontram um sorriso forma-se nos seus lábios. – Maya filha, pensava que já tinhas ido embora.

– Só acabei agora, estava a pensar jantarmos juntos hoje, mas estou a ver que ainda tens trabalho por fazer. – Falo vendo alguns dos engenheiros e mecânicos de volta dos carros.

– Desculpa filha, hoje não vai dar. Que tal amanhã ao pequeno-almoço? – Ele fala agarrando a minha mão.

– Claro, sem problemas. Vou ver se o Hugo está livre. Bom trabalho. – Despeço-me do meu pai com um beijo na bochecha e vou até à garagem da Haas.

O caminho até lá não era longo e apesar de já ser tarde ainda havia muitas pessoas a correr de um lado para o outro. Chego à garagem da Haas e entro calmamente.

– Vais ir à festa que estão a organizar para as equipas e pilotos amanhã à noite?

– Não sei, talvez. – Reconheço a voz do meu irmão. – Tenho que ver se a minha irmã vai, ela provavelmente vai querer companhia.

– Ela está a trabalhar com a Aston certo?

– Sim, esta é a primeira corrida oficial dela. – Vejo um sorriso enorme surgir no rosto do meu irmão.

– Achas que... – A outra pessoa com quem ele estava a falar começa, mas Hugo interrompe-o.

– Maya. O que estás aqui a fazer? – Ele vem até mim abraçando-me.

– Vim ver se ainda aqui estavas e se estavas livre para jantar.

– Não, desculpa, vamos ter que ficar até mais tarde hoje. – Ele afasta-se voltando para perto do homem com quem ele falava. – Oh Maya este é o Liam, Liam é a minha irmã. – Ele apresenta-nos e Liam vem até mim cumprimentando-me com um beijo na bochecha.

Liam era alto como o meu irmão e os seus cabelos castanhos estavam curtos e a sua barba era bem aparada. Os seus músculos subtis sobressaiam no seu uniforme da equipa e algumas veias eram visíveis nos seus braços fazendo-me olhá-los sem me aperceber.

– Prazer. – Liam fala tirando-me dos meus pensamentos inapropriados.

– Sim, prazer. Também és engenheiro? – Pergunto forçando a minha atenção para os seus olhos verdes cintilantes.

– Não sou mecânico. – Ele dá uma leve gargalhada que enche a garagem e apanha-me despercebida com o meu corpo a arrepiar-se e os meus pensamentos divergirem. – O teu irmão disse que estavas a trabalhar com a Aston, como está a correr até agora?

– Está a ser fantástico e estou muito feliz por aqui estar. – Confesso deixando um sorriso tomar conta dos meus lábios.

– Ainda bem que estás a gostar. – Os seus olhos encontram os meus deixando-me hipnotizada.

– É um sonho tornado realidade. – Respondo tentando quebrar o feitiço que ele tinha posto sobre mim.

– Olá, o meu nome é Hugo Kramer e eu ainda estou aqui. – O meu irmão fala que captando a nossa atenção.

– Ah, é melhor eu ir, foi bom conhecer-te Liam.

– Igualmente Maya.

– Adeus, Hugo Kramer. – Olho o meu irmão devolvendo-lhe um sorriso sarcástico e saindo da garagem.

Pick-up Lines || 𝐌𝐢𝐜𝐤 𝐒𝐜𝐡𝐮𝐦𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora