𝟕𝟏| 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨

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• 𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐊𝐫𝐚𝐦𝐞𝐫 •

Mick vê a minha mensagem e não responde, o que é estranho porque ele nunca me deixa em vista. Ignoro e começo a arranjar-me para ir tomar o pequeno-almoço no restaurante do hotel com o meu pai e irmão. Hoje é o aniversário de Hugo, e tínhamos algumas coisas planeadas para a noite. Liam, Hugo, Gina, eu, Mick e mais algumas pessoas iriamos celebrar numa discoteca popular e difícil de entrar em Marselha, e com a ajuda de Mick nós estaríamos na área VIP.

Enquanto escolhia a roupa alguém bate à porta freneticamente, vou até ela e abro-a revelando um Mick sem ar e com a mão no peito.

– Mick? – Falo confusa. – O que estás a fazer aqui?

– Eu... disse... que... estava... a... caminho. – Ele fala pausando a cada palavra ainda tentando recuperar o ar.

– Oh não, era isso que querias dizer? – Mick entra e senta-se num dos sofás. – Vieste a correr?

– Quase isso. – Ele levanta-se e bebe um copo de água, enquanto eu tento conter o riso. – Mas agora que estou aqui, deixas-me encaixar a peça que falta ou não?

O seu sorriso safado faz a minha intimidade contorcer-se. As suas mãos encontram a minha cintura e os seus lábios o meu pescoço, fazendo com que o meu corpo perca qualquer vontade própria e fique à vontade do alemão.

– Eu não posso, tenho que ir ter com o meu pai e o Hugo. – Lembro-me.

– Eles podem esperar um bocadinho. – Os seus lábios sugam a minha pele deixando um pequeno chupão.

– Mhm Mhm, quer dizer não. – Tento acordar do transe.

– Quanto tempo tens? – Ele pergunta juntando os nossos lábios e começando a desapertar o nó dos meus calções do pijama.

– Talvez 15 minutos. – Falo olhando o relógio.

– Então é melhor avisares que vais chegar atrasada, porque o que eu te quero fazer vai demorar mais do que 15 minutos. – Ele fala com um sorriso travesso e puxando-me para sim enquanto me toma num beijo cheio de vontade e prazer.

Escusado dizer que cheguei atrasada ao restaurante, 30 minutos para ser precisa. Quando me desculpei que tinha adormecido o meu pai pareceu acreditar, mas o meu irmão olhava-me diferente. No momento que ficamos sozinhos, porque o meu pai decidiu ir buscar mais sumo, descubro porquê.

– Podes me contar a verdade. – Ele começa fazendo-me quase engasgar com o croissant que estava a comer.

– Que verdade? – Recomponho-me e pergunto tentando permanecer forte.

– Eu vi o Mick a ir-se embora quando entraste. – Ele fala esboçando um sorriso sarcástico.

– A sério? Mas ele nem... – Hugo interrompe-me.

– Não, mas esse chupão foi feito há pouco tempo e ele era a única pessoa plausível que o podia ter feito.

– Nota-se assim tanto? – Tento olhar o meu reflexo numa das colheres vendo se era verdade.

– Um bocadinho. – Hugo começa a rir-se.

– Este sumo de laranja é fantástico. – O meu pai fala chegando perto de nós e sentando-se no seu lugar. – O que foi? – Ele pergunta porque Hugo continuava a rir-se sem controlo.

– É a idade pai, já lhe está a afetar. – Falo e Hugo ignora-me completamente continuando a rir-se. – Nós sempre suspeitámos que ele era um bocadinho doido.

– Pois isso é verdade. – O meu pai fala concordando e fazendo Hugo para de rir e olhá-lo.

– Ei, isso não é verdade, eu sou completamente normal. – Ele retruque.

– Está bem maninho, nós acreditamos em ti. – Falo pondo a minha mão por cima da sua fazendo o meu pai rir.

É neste momento que me distancio um pouco aproveitando cada momento da risada do meu pai assim como a do meu irmão. Lembro-me de como estes últimos meses tinham sido memoráveis, não só pelas coisas más, mas pelas boas. Ter acabado o meu curso e conseguido o meu trabalho de sonho era tudo o que eu queria, e eu tinha conseguido.

Estava a trabalhar perto do meu pai e irmão, que me fizeram conhecer pessoas extraordinárias, e tenho que dever tudo a eles, por acreditarem em mim. E claro que para terminar, eu estava feliz com Mick, e tudo parecia ficar cada vez melhor à medida que o tempo ia passando.

Eu tinha o meu trabalho de sonho, estava rodeada das pessoas que eu mais amava neste mundo e eu estava feliz, mais feliz do que eu alguma vez pensei que fosse estar. São em momentos como este que eu gostava que a minha mãe estivesse aqui, para eu poder partilhar tudo com ela, mas eu sei que ela está lá em cima a olhar por mim orgulhosa do que eu me tornei.

Pick-up Lines || 𝐌𝐢𝐜𝐤 𝐒𝐜𝐡𝐮𝐦𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora