𝟑𝟑| 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨

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• 𝐌𝐚𝐲𝐚 𝐊𝐫𝐚𝐦𝐞𝐫 •

Andávamos de um lado para o outro com Seb para entrevistas e reuniões. Ajudei ambas as equipas de RP, onde conheci Lance pela primeira vez. Foram todos muito atenciosos comigo, mais do que eu alguma vez pensei que eles fossem ser.

Sento-me numa das cadeiras disponíveis da Motorhome da Aston e encosto-me inclinando a cabeça para trás e fechando os meus olhos. O meu corpo já tinha esgotado toda e qualquer energia que tinha disponível e eu podia sentir que ele ia desligar-se a qualquer momento.

Respiro fundo tentando descansar um pouco antes que alguém me encontrasse e precisasse de mim. Sinto algo tocar-me no ombro e como mecanismo de defesa abro os olhos abruptamente endireitando-me na cadeira.

– Calma Maya, sou só eu. – Os meus olhos encontram-se com os do meu pai que esboçava um sorriso enorme.

– Ah pai és tu! – Falo voltando à mesma posição que estava fechando os meus olhos de novo.

– Como correu o dia? – Ouço-o puxar uma cadeira para junto de mim.

– Foi ótimo, aprendi imenso. – Falo suspirando cedendo ao meu cansaço novamente.

– Muito bem, quando voltas para o hotel?

– Quando Spencer e Sebastian forem. O Sebastian está só a terminar uma chamada e depois vamos. Acho eu. – Respondo um pouco confusa.

– Muito bem, queres que te espere para jantar?

– Não vai ser preciso, eu assim que chegar ao hotel vou para a cama, não tenho forças suficientes para ter de comer. – Respondo suspirando mais uma vez.

– Está bem linda. Estiveste muito bem hoje, estou muito orgulhoso de ti. – O meu pai fala depositando um beijo na minha testa e indo se embora.

Um sorriso toma conta dos meus lábios com as suas palavras. Não sei quanto mais tempo passou, mas tenho quase a certeza que adormeci por alguns momentos, porque não dei pelo tempo passar.

– Maya! – Ouço alguém chamar-me e endireito-me na cadeira procurando a voz.

– Estou aqui! – Respondo e vejo que era Spencer.

Voltamos para o hotel, saio do carro e despeço-me deles entrando no lobby do hotel e seguindo até ao elevador. Encosto-me à parede à espera de que as portas se abrissem quando sinto umas mãos suportarem o meu corpo.

– Ias caindo. – A voz de Mick apanha-me de surpresa e eu acordo imediatamente procurando a sua figura.

– Mick, olá. – Respondo e as portas abrem-se, ambos entramos.

– Como foi o teu dia?

– Cansativo, o teu? – Encontro-me a uma das paredes de metal.

– Também, vais para que andar? – Mick pergunta perto dos botões.

– Quinto e tu?

– Oitavo. – Ele carrega nos andares e junta-se a mim. – Não estamos assim muito longe um do outro. – Apenas respondo com um aceno de cabeça. – Vais jantar ao restaurante?

– Não, os meus planos são chegar ao meu quarto, deitar-me na cama e só acordar no dia seguinte. – Respondo e sinto o corpo de Mick tocar no meu e como reflexo deixo a minha cabeça apoiar-se no seu ombro.

– Tens de comer alguma coisa ou amanhã acordas maldisposta. – O piloto fala acariciando a minha mão. – Pelo menos pede serviço de quartos.

– Não tenho energia nem para abrir os olhos, achas que vou ter para pedir serviço de quartos? O mais provável é que eu adormeça enquanto os espero. – Respondo procurando os seus olhos e depois desviando-os. – A não ser que queiras pedir por mim.

– Maya Kramer, estás a convidar-me para o teu quarto? – Consigo perceber o sorriso na sua voz.

– Talvez. – Olho-o dando uma leve mordida no meu lábio inferior.

As portas do elevador abrem-se e eu saio indo na direção da porta do meu quarto, sem saber se Mick se juntaria a mim, ou não.

Pick-up Lines || 𝐌𝐢𝐜𝐤 𝐒𝐜𝐡𝐮𝐦𝐚𝐜𝐡𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora